TARDE DE SÁBADO

Estou aqui sozinha nesta tarde de sábado, no apartamento ao lado uma música que fala de solidão, parece feita para mim, uma vontade quase irresistível de correr pelas ruas como se pudesse escapar dessa angústia que me oprime dia e noite, gritando ao destino toda a injustiça feita a mim, parece que meu peito foi trespassado por lanças, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto chegam a meus lábios, com sabor de saudade, a felicidade parece estar fora do meu alcance, meus braços abertos para agarrar o futuro que teima em escorregar pelos dedos, minhas esperanças parece que foram escritas na areia que o mar levou, olho para o céu rogo a Deus, por favor, deixe-me viver meu grande amor, mesmo que por um breve momento, para quando eu chegar ao fim da vida possa levar boas memórias.