um bárbaro tesouro

Era uma data de solfejos de alegria, de risos e gargalhadas. Da chegada sempre tão esperada à concorrida companhia, momentos disputados de palavras afáveis e sinceras, de gestos simples de complacência, de alguém que somente a presença era suficiente.

Agora, debruçados nas janelas do acaso - o mesmo acaso que nos fustigou há dois anos - em momentos de introspecção, fragmentos de dor preenchem o silêncio que assola a casa a cada momento em que, outrora, um bárbaro tesouro se fazia presente. A cada vez que a lembranças vivas tornam e insistem em permanecer.

Rastros de episódios surgem em enseadas de emoção, lembranças do clamor por mais um dia, dos sussurros inefáveis de amor, recheiam essas horas convexas de um luto perene, de um porque inexplicável.

Saudade é a palavra, sinônimos não há! Saudade, apenas saudade...

JC

Jucarvalho
Enviado por Jucarvalho em 06/03/2011
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