RECORDAÇÕES DE UMA BELA INFÂNCIA
Quero viver as recordações de minha infância,
onde vivia sem me preocupar com o dia vindouro.
O crescimento nos traz à realidade da vida...
A de que temos que adquirir responsabilidades
das quais nem mesmo possuíamos conhecimento.
O doce brilho futurístico que iluminava meu semblante,
com o sonho e esperança de uma vida semelhantemente plena,
se apagou ao se deparar com as dificuldades impostas
para o meu amadurecimento.
As barreiras que impedem o alcance da satisfação
tornam-se fantasmas de proporções gigantescas,
incrivelmente maiores do que quando as via por volta de meus 8 anos.
Todas as proporções se aumentaram à medida que a ingenuidade
e pureza desvaneceram-se dentro de mim.
Na verdade, muitas das soluções de nossos problemas “maduros”
encontram-se na solução que dávamos aos problemas “infantis”.
Recorda-se como agias, quando criança,
ao se deparar com alguma dificuldade?
Eu apenas me desviava...
É... quando julgava ter um “grande” problema,
eu chorava tanto, mas resolvia brincar...
ia pular amarelinha pra esquecê-lo e, quando dava por mim,
já tinha me desvencilhado dele e o mesmo, por si só, se resolvia.
Complicamos demais a vida com nossa inútil análise
de que podemos dar jeito em tudo se pensarmos bem nas saídas...
Mas enxerguei que minha dificuldade de hoje não se tornará maior
se a “pular” por uns instantes.
(Risos) A receita está aí...
Precisamos readquirir a pureza e a inocência
de quando éramos apenas crianças...
Precisamos voltar a viver
as recordações de uma bela infância.