Quantos Livros deixados
Ao relento no terraço lá do morro.

Dentro deles um monte de ossos
E uma vaga lembrança dos nossos momentos afins
Rodeado de pedras a encadernação é esmerada.

Nem a chuva consegue destruir
Apenas os adereços de flores murchas de plásticos
E sem vida são as companheiras fiéis.

Mas quem ali se sentar e olhar em direção ao crepúsculo
Verão cores, fortes feito encarnações vermelhas e amarelas
Serão os tons que por momentos num azul infinito
Mostrarão por onde seguiram aquelas almas em direção as estrelas.

Elas brilham na sombra da noite
E no pratear da lua
Nós sentamos ao lado do caminho
E ali ainda sentimos os perfumes caros que freqüentemente usavam.

Nas poucas lágrimas caídas ao chão
Saciamos a nossa sede
E fortalecemos com elas a nossa alma
Nos acordes desta Saudade
Que sentimos de tantos que nos acordaram pelas manhãs.

Sabes que se nada pudeste levar
Um pouco de Ti
Já era parte de nós...
Robertson
Enviado por Robertson em 02/11/2012
Reeditado em 02/11/2012
Código do texto: T3964489
Classificação de conteúdo: seguro