Oh minha vó...

Não penses que eu te esqueci, não penso que estás longes de mim, minha querida vozinha, a saudade é grande aqui dentro no lado esquerdo em meu peito e invade o meu pensamento. Parece que foi ontem que eu estava em tua casa, conversando e sorrindo... Quanto tempo passei ao teu lado, foram 17 anos de tanto amor e gratidão, de tantas histórias vividas e inventadas, tu que me destes tanta força para eu estar onde eu estou, como não lembrar de ti vovó? Como não lembrar de uma mãe que tive a mais, de quem me acolhia sempre que eu brigava com os meus pais, que me fazia mimo, que me amava. Como não lembrar dos momentos de aflição que passei ao teu lado, das noites que te via chorando e a senhora forte mulher que era, fingia que nada acontecia, o quanto que sofrestes mulher, o quanto que lutou contra o tempo e nessa vida, o quanto que lutou, quantas cirurgias foram feitas... Quantas noites em hospitais... Quantas lágrimas derramadas... Quantas vezes te abracei e te falei que te amava, quantas vezes te abracei e gritei para te proteger, calei, me ofendi, fiz as massagens para aliviar a dor, ouvia os seus suspiros, mas a partida teve que chegar e que dolorosa que foi, era e ainda sou muito jovem para entender, não é aceitável assim tão fácil saber que não estás mais aqui de forma física, mas sei que espiritualmente estás ao meu lado, sei que está me vendo agora escrevendo para ti, sei que está em um bom lugar, ou está ao meu lado, mas sei acima de tudo o quanto eu sinto falta, o quanto que eu queria voltar agora a ser criança e estar em teu colo te abraçando, rindo, chorando...

Eternas lembranças que, o tempo apagará jamais, saudades eternas!

Taísla
Enviado por Taísla em 19/11/2014
Código do texto: T5040625
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