À Juventude

Quando reviramos o emaranhado da existência, e olhamos o que houve sob as cores sobrepostas dos dias atuais, percebemos que há mais que saudade, por vezes nestes recantos, reencontramos aqui e ali as pétalas que compuseram conosco a flor da juventude...

E naqueles dias de poesia, de caderno de confidência, das elegantes calças boca de sino, dos saraus , dos carnavais , dos jograis nas escadarias do Colégio , da intempestiva e rebelde juventude, não voltaremos jamais, senão, pelo abraço de um reencontro, pelo eco conhecido de uma voz amiga ou no silencio introspectivo de uma saudade...

A vida é assim, e estas lembranças são aquarelas que só amealharão valor quando os pigmentos antigos lhe pousarem na face, quando nossa alma viajora buscar estes instantes perdidos no tempo, para justificar uma lágrima contida, ou um aperto inexplicável e saudoso no nosso coração...

Acreditem, não haverá um tempo como o da juventude, para sonhar, para restaurar no dia a dia a capacidade de ser feliz, e para enriquecer o arquivo da vida, de dias aos quais nos lembraremos por toda nossa existência, numa verdadeira homenagem a vida que nunca termina, e que guarda para sempre o melhor de nós...

Edilson Souza

Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 20/05/2016
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