Quando a saudade dói

Foi assim, num dia como esse de hoje que está nascendo agora, 14 de maio de 2014, que recebi um telefonema da saudosa amiga Kathleen Lessa, a qual eu a chamava apenas de “K”. Com a rouquidão da voz que lhe era peculiar, ela me disse:

- Tom, a Merô morreu!

O mundo desabou sobre mim. Sabia que ela estava doente, internada, mas sequer imaginava que estivesse à beira de nos deixar. Todos os dias eu ligava para a padaria da família para saber notícias e todos eram otimistas.

Merô, batizada Maria Olímpia de Melo, de Lavras, Minas Gerais, era uma criatura doce, carinhosa, atenciosa, e a primeira vez que estive no RL ela era só atenções para mim. Resenhou um livro meu e um conto cibernético, resenhou um livro de crônicas do meu irmão lançado pela editora mineira Leituras, escreveu vários textos comentando o que eu escrevia e assim a nossa amizade crescia dia a dia.

Hoje faz cinco anos que ela se foi. E sinto uma saudade imensa de nossas conversas.