O que faz a solidão


Ah! Quanta coisa sonho dentro da noite...
Fechado dentro do meu quarto
E de mim mesmo.
Falo a estas linhas que são suas,
Tudo quanto comigo se passe.
Proclamo em grito pelas ruas,
Que apenas tenho de você desprezo.
Mas que importa,
Tenho outras boas que acatam meu beijo.
Tenho braços que me apertam.
Em minha alcova, dorme agora uma donzela,
Vou deitar-me junto dela;
Afagarei seus cabelos;
Depois... Acordarei para não macular sua pureza.
Acenderei um cigarro,
Verei a fumaça ir subindo, subindo,
Até o teto azulado.
Tudo agora se confunde,
A donzela com a fumaça
E você com meu o passado.