Os Bens Terrenos e o Amor

Que adianta ao homem ganhar o mundo que é passageiro e depois perder a sua alma que é eterna? O que é o mundo, se não uma passagem! Passa o tempo deste mundo e chega à morte. Desce o pano, fecha-se o cenário e tudo está terminado.

O que será este mundo para um cristão? Aquelas jóias de prata ou ouro, aquele carro bem equipado, aquele tesouro amontoado, aqueles moveis preciosos e inúteis. Tudo será deixado na passagem para o outro mundo.

Santa Tereza diz: “Não há porque fazer caso do que se acaba. Procuremos aquela fortuna que não passa com o tempo”. Certamente, de que vale ser feliz por poucos dias? Admitindo que possa haver felicidade sem Deus? A felicidade com Deus é para sempre.

Todos os bens terrenos, diz Davi, na hora da morte valerão tanto para nós como o sonho para quem acaba de despertar. Que pena não sentirá quem sonhou ser rei e ao acordar se vê pobre como antes!

Na hora da morte o cristão não se consolará com os cargos honoríficos que exerceu, nem com as riquezas e diversões gozadas, muito menos com os pontinhos de honra sustentados, só poderá o consolar o amor.

Salomão dizia que todos os bens deste mundo são apenas vaidades e aflições do espírito, porque quem mais possui, mais sofre. Não pense que o viver depreendido de tudo é o mais triste viver. Porque não há profunda alegria na vida do que uma alma que ama a pobreza e aos pobres. Cristo, certamente se acha presente em meio à deles.

A vaidade seduz o homem em seu caminhar que almejar riquezas e reconhecimento. Basta a um homem o reconhecimento de Deus se este procurar em sua jornada terrena ter amor por seu semelhante.

Todo homem precisa de dinheiro para seu sustento, necessita de trabalho para adquiri-lo, e o sucesso é muito bem vindo aos homens, porém, que isto não lhe suba a cabeça fazendo esquecer do principio, o amor.

Que o trabalho seja realizado para o sustento e que o sustento seja adquirido pelo dom do trabalho honesto. Que as boas realizações na vida sejam feitas com amor e por amor.