Só há trevas onde não há luz - I

Contos,

Mensagens,

Palestras,

Preces,

e Versos

MAURILIO SAMPAIO CARVALHO

Título:

SÓ HÁ TREVAS ONDE NÃO HÁ LUZ

Autor:

Maurilio Sampaio Carvalho

E-Mail: msc@intelmarq.com.br

Revisão ortográfica:

Prof. Wilson Silva e Santos

Revisão evangélica:

Ivanize Valença Sampaio

Diagramação:

Weydson Clenio Guedes da Silva

Capa:

Leonardo José Rocha Sampaio Carvalho

Impressão e encadernação:

PERGRÁFICA

1ª Edição : Setembro/2005 - 600 exemplares

SÓ HÁ TREVAS ONDE NÃO HÁ LUZ

1ª Edição

Salgueiro 2005

Direitos reservados: Federação Espírita Brasileira

Prefácio

O autor dessas páginas edificantes vem recebendo das esferas espirituais, um constante estímulo superior que é sempre concedido às criaturas de boa vontade e de esforço positivo, para que possam melhorar-se, moralizar-se e progredirem, difundindo os conhecimentos adquiridos, que são de notável utilidade na senda evolutiva do ser humano.

É louvável a posição que sustenta na luta pertinaz e destemida contra preconceitos religiosos de familiares e amigos, colocando acima de tudo, o amor à verdade, compreendendo a importância de permanecer distante dos conflitos que geram desarmonia, dando continuidade na busca dos bens espirituais, que lhe outorga a invejável alegria íntima de conhecer o verdadeiro Cristianismo sem dogmas, sem mistérios, sem símbolos, sem milagres, sendo necessário apenas determinação, estudo e vontade firme.

Procura focalizar o tema da reencarnação de maneira expressiva, oportuna, enfatizando a necessidade de compreender a Justiça de Deus, como um ato de amor, onde o castigo permanente é substituído pelo aprendizado que promove a reconciliação entre a criatura e o Criador. E através de cada estágio, a visão do reencarnante se amplia, para que possa descortinar novos horizontes, submissos às Leis Divinas, desatando as amarras que o prendem a seculares erros, arrebentando algemas que o acorrentavam ao desequilíbrio moral, impossibilitando o crescimento, pela estagnação dos vícios.

Ingressou no Centro Espírita Raios de Luz, um dos inúmeros educandários de Jesus, como um discípulo humilde, sem ostentar títulos de sabedoria, embora, já tivesse sua bagagem de intelectualidade no setor da cultura.

Foi envolvido por novas emoções, onde a dor, as indagações, as dúvidas, surgiram como lâmpada maravilhosa que o fez descobrir através dessa claridade, os caminhos almejados por sua alma ansiosa por conhecimentos científicos e filosóficos dessa doutrina alimentada pela moral do Cristo, cujas lições fortalecem a fé, removendo os corações do pântano das misérias milenares.

Na escolha dos temas que estão abordados no conteúdo de seu livro, teve a inspiração oportuna de mencionar o aborto delituoso, com todo o seu percurso trágico, dilacerando almas, trucidando vidas, violentando as leis da natureza e deixando cicatrizes inapagáveis, no corpo, no espírito e no perespírito das mães invigilantes, por muitas e muitas reencarnações.

Que a constituição e o código civil brasileiro continuem coerentes, respeitando a formação espiritualista do seu povo.

Nosso confrade, concluiu o trabalho, inundado de luz, tornando transparente sua paz interior pela tarefa cumprida. E no ápice de sua sensibilidade, deu expansão a sua veia poética, herança de seu pai, deixando que a alma extravasasse através da rima, seu imenso amor pelos familiares e amigos.

Deduzimos que os Contos, Mensagens, Palestras, Preces e Versos, corresponderam com fidelidade ao título: “SÓ HÁ TREVAS ONDE NÃO HÁ LUZ”.

Salgueiro-PE, 28 de julho de 2005.

Ivanize Valença Sampaio.

Preâmbulo

Meus caros leitores.

Quando me propus a escrever esta singela obra, fi-lo com o intento único de levar aos adeptos da doutrina espírita, alguns contos, mensagens, preces, palestras e versos, através dos quais, desse o meu testemunho, a quem a lesse, da necessidade premente de estarmos em constante sintonia com o Criador e que juntos, refletíssemos sobre a importância das leis divinas.

Outro não foi o meu ideal, senão o de colaborar com as obras assistenciais desenvolvidas pelo “CENTRO ESPÍRITA RAIOS DE LUZ”, do qual me honro de ser um pequeno obreiro e um humilde membro da sua diretoria.

Motivado por esta modesta iniciativa, quero deixar patenteado perante o público leitor, que todos os direitos autorais deste trabalho, serão totalmente revertidos em obras altruísticas, destinadas a comunidade carente da minha cidade-lar, a acolhedora Salgueiro.

Só uma coisa lhes peço: se gostarem dos caracteres dos quais me utilizei tentando repassar para vocês algo que julguei ser proveitoso para nossos espíritos em desequilíbrio, que indiquem para mais três pessoas do seu melhor relacionamento.

Se ao contrário, não lhes tocar os sentimentos e julgarem que a obra é desprovida de interesse para os nossos espíritos em desalinho, em busca de reforma íntima, mantenham-na no anonimato, pois, assim se posicionando, estarão dando uma valiosíssima contribuição com os nossos irmãozinhos carentes do alimento corporal e do espírito.

Em face da minha insipiência na doutrina espírita, se porventura utilizei frases ou textos de outrem, peço humildemente desculpas e permissão aos legítimos autores, para adicioná-las a este escrito e, se de fato isto tenha acontecido, os imploro que façam vistas grossas, pois, não agi deliberadamente.

No entanto, despretensiosamente irei oferecer uma leitura mais agradável a quem se propuser a dedicar seu precioso tempo folheando estas páginas. Para mim, será uma grande honra tê-los como parceiros, colaboradores e co-autores desse humilde trabalho, que visa única e exclusivamente o bem estar das pessoas necessitadas de espiritualidade.

Estarei pegando uma carona nas asas da sabedoria, de espíritos em plena evolução intelectual e moral, o que somente contribuirá para valorizar e enriquecer este insignificante acúmulo de palavras;

Outrossim, quero registrar meus sinceros agradecimentos a minha amada esposa Silene Maria Rocha Sampaio Carvalho, que apesar de ser católica, jamais se opôs a minha opção religiosa, sempre presente ao Evangelho em nosso lar e uma secreta colaboradora com as obras assistenciais do “Centro Espírita Raios de Luz”; a minha querida irmã consangüínea e espiritual Marilene Sampaio Gentili, que sempre foi um esteio na minha caminhada espírita; a minha querida mestra, amiga e cultora da doutrina espírita, Ivanize Valença Sampaio, talentosa e abnegada obreira da causa espírita, pelo seu constante incentivo e por prefaciar esta reunião de folhas; ao irmão, amigo e Presidente do “CENTRO ESPÍRITA RAIOS DE LUZ”, Cezar Mário de Sá, o qual reputo como um dos mais valorosos integrantes de uma elite de obreiros da seara do Senhor; ao professor Wilson Silva e Santos, renomado professor do nosso idioma da língua-mãe, o latim, que gentilmente se propôs a fazer a revisão ortográfica deste opúsculo; ao companheiro de trabalho, amigo e mestre em informática, Weydson Clenio Guedes da Silva (O gordo da Delta Construções S.A.), que além de organizar os caracteres que me fiz valer para consecução desse objetivo, os gravou em CD, facilitando sobremaneira as correções evangélicas e ortográficas, para a impressão final deste trabalho; ao meu filho Leonardo José Rocha Sampaio Carvalho, que me auxiliou na escolha e confecção da capa deste compêndio espiritista; a PERGRÁFICA, nas pessoas dos meus estimados amigos Ânderson Alves Freire Filho e José Roberto dos Santos, sem os quais, seria praticamente impossível a impressão deste livro; a Maria Cristina Viana Rodrigues dos Santos, que colaborou na leitura e revisão final desta pequena coleção de peças; ao amigo Luiz Clédio Monteiro Filho, que não tenho dúvidas já o conhecer de tempos pretéritos. Um evangélico autêntico, que o Divino Mestre me reapresentou, para que este com a imensidão do coração que é possuidor, se propusesse a doar o papel suficiente par a impressão de 300 exemplares deste singelo escrito e a todo aquele que contribuiu com o seu estímulo, oportunizando-me a concretização de um sonho que tanto ansiava.

Da mesma forma, agradeço também a todos que me desestimularam com críticas, as quais, em vez de destruírem meu objetivo, me fizeram compreender o quanto somos imperfeitos.

Que Deus ilumine a cegueira de que nossos espíritos são dotados, abençoando-nos e fazendo-nos enxergar as maravilhas das suas obras.

A todos, meu fraternal abraço de carinho e paz.

O autor.

SUMÁRIO

CONTOS

As Marias Madalenas da modernidade 15

Dois caminhos, um destino 17

Eu era infeliz e não sabia 19

Exemplo de caridade e amor ao próximo 20

Homem de pouca fé 24

O louco sano 27

Jesus e o suicídio de Judas 29

O nascer de um novo dia 33

Onde errei 35

Sonho de criança 37

Um dia serei de família real............................. 39

Uma noite de meditação 41

Uma ave pousou no meu caminho.................. 43

Morte: Porta da libertação 45

O fruto da dor.................................................. 51

MENSAGENS

O fiel da balança espiritual 53

A boa semente 55

A caridade 57

A informática espiritual 59

A se eu pudesse 61

A volta dos que não foram 63

Eu aprendi 65

Fazer o bem é fazer a paz 67

Jesus na minha vida 68

Lamparina a gás 70

Mãe 72

Nada, não 75

O certo e o errado 76

O espiritismo na ótica de um pecador 79

O orgulho 82

O projeto homem 84

O silêncio é de ouro, a palavra é de prata 87

O tempo 89

O passar do tempo 90

Paremos de pedir a Deus 91

Só há trevas onde não há luz 93

PALESTRAS

Abortamento 98

O homem de bem . 120

PRECES

Obrigado Pai 136

No recanto silente da oração 137

Pedi e obtereis 140

Perdoa-me Pai 142

S.OS. Pai 143

Uma luz no fim do túnel 145

VERSOS

A droga é uma droga 150

Boca calada 151

Confissão de fé 152

Desabafe 153

Escorei Nossa Senhora com um bacamarte

Na mão 154

Fragmento 155

Homenagem a Allan Kardec 157

O pecado 158

O remorso 159

Meditando 160

Súplica 161

Pós-morte 162

Prisão carnal 163

Reforma íntima 164

Sentimento maternal 165

Nasce uma flor.................................................. 166

CONTOS

AS MARIAS MADALENAS DA MODERNIDADE.

Ao homem dão-se dois caminhos na vida a serem percorridos: primeiro, o caminho que o leva à porta estreita, do bem-proceder, da caridade, da humildade, da honestidade, da obediência aos ensinamentos do Cristo.

O segundo é o da porta larga. É o que a maioria dos seres prefere percorrer, por ser o mais fácil. É o das coisas erradas pelo qual grande parte da humanidade é induzida pelos espíritos inferiores a trilhar e que a conduz à prática das coisas malévolas.

No entanto, Deus outorgou ao homem para que use o livre arbítrio na sua deliberação.

Infelizmente, a maioria dos jovens, por falta de experiência e de conhecimento da doutrina evangélica, prefere trilhar o caminho da porta larga.

Hoje, a filha de um amigo, ao saber que sua mãe ia levá-la a uma médica para um exame ginecológico, resolveu espontaneamente revelar, que há mais de um ano, fora desvirginada.

Indagou-lhe a aflita mãe: você ama o rapaz com quem manteve relações sexuais? A resposta foi negativa.

Por se tratar de uma menina com apenas 13 anos de idade, restou aos pais pedir a Jesus que a perdoasse, vez que aquela adolescente não foi a primeira, nem a última a cometer semelhante delito espiritual.

Há milênios, casos semelhantes aconteceram. É só fazer uma consulta a bíblia.

Após longa conversa, os seus genitores mostraram-lhe o erro que havia cometido contra si.

Não obstante, fizeram-lhe enxergar o caminho que deveria percorrer a partir de então, visando reparar a falta cometida perante si e o Criador.

Na oportunidade, citaram-lhe o exemplo de Madalena, quando disse-lhe Jesus: “ide e não pequeis mais”.

Que este conto nos sirva de lição e nos faça enxergar que nossos filhos não nos pertencem e sim a DEUS, a quem compete julgá-los. A nós, apenas orientá-los.

Que as adolescentes que tenham os espíritos envolvidos por sentimentos impuros, sejam desviadas do caminho tortuoso e que o Divino Mestre as conduzam na estrada seguida pelos espíritos felizes.

DOIS CAMINHOS, UM DESTINO.

Dois homens nasceram e viviam numa cidade “A” e resolveram fixar morada numa cidade“B”, que segundo se sabia, era uma lugar onde o homem, após incontáveis processos de desencarnação e após o seu espírito atingir um estado moral bastante evolutivo, adquiria o direito de escolher morar, simultaneamente, tanto na cidade “B,” como em qualquer outra morada celestial, gozando nelas de uma verdadeira paz e felicidade espiritual.

Para se chegar a esta cidade, era indispensável seguir alguns regulamentos instituídos por um jovem homem, de cabelos e barbas longas, muito sábio, de coração e bondade sem limites e que aos doze anos de idade já discutia com os doutores da lei, dando-lhes verdadeiras lições de sabedoria, caridade, modéstia e amor.

Os dois varões tinham duas alternativas para atingir a cidade “B”. O primeiro optou seguir por uma estrada larga, em perfeitas condições de trafegabilidade, bem asfaltada, projetada e construída dentro dos padrões exigidos pelas normas vigentes à época, com um volume médio diário de transeuntes acima do normal, a qual devido ao fácil acesso, era preferida pela maioria. Esta é a estrada dos prazeres materiais, das coisas fúteis, do orgulho, dos vícios, do desrespeito, da falta de amor, de caridade e das desigualdades sociais. É a estrada que leva o homem à porta larga. É por ela que se corre muito, porém, jamais se alcança a cidade “B”, face aos obstáculos impostos pelas nossas fraquezas e desobediência aos preceitos e regulamentos instituídos pelo Divino Mestre, os quais nos fiscalizam e nos notificam diuturnamente pelos erros em demasia cometidos.

Portanto, jamais o usuário que por esta trafegar, chegará ao destino para si reservado.

O segundo homem, por se tratar de uma pessoa humilde, de coração imenso, caridoso a toda prova, desprovido da maledicência e praticante dos atos condizentes com as leis instituídas pelo jovem de cabeleira e barba nazarenas, optou pela estrada estreita, repleta de crateras, de difícil acesso, intransitável.

No entanto, é a estrada que, considerando-se os inúmeros obstáculos nela existentes, é trafegada por aqueles que obedecem aos postulados transmitidos, pelo mais belo e sábio Rabi da Galiléia.

É a estrada que nos conduz à porta estreita.

Por este motivo, guiado pelo filho de José e Maria, esta é a estrada que nos leva a cidade “B”, aonde todo aquele que lá chegar, gozará do convívio eterno do PAI, sendo-lhe facultado o direito de fazer morada em infinitas outras cidades, onde gozará de felicidade celestial indefinível.

Por isso caros irmãos, nem sempre a estrada boa é a que nos leva ao destino desejado.

Saibamos, pois, escolher a estrada certa e, boa viagem

EU ERA INFELIZ E NÃO SABIA

Quantas vezes, embora consciente, eu agia errado. Como um cego, recusava-me a enxergar as maldades que cometia contra os meus semelhantes e contra mim mesmo. Quantas vezes o orgulho me avassalou o espírito e julguei-me superior aos meus irmãos. Quantas vezes na euforia do gozo das coisas materiais, preocupado apenas comigo, esqueci milhares de criancinhas pelo mundo a fora, seres humanos mais dignos e merecedores da misericórdia divina do que eu, morriam de inanição, enquanto acintosamente eu jogava ao léu o resto da minha mesa farta. Quantas vezes a vaidade me subiu à cabeça e me fez humilhar criaturas espiritualmente superiores a mim. Quantas vezes com palavras e gestos, fiz infelizes, aqueles que tanto me amavam. Quantas vezes deixei de reconhecer que os outros estavam certos e que o errado era eu. Quantas vezes por falta de um simples aperto de mão, de visitas a enfermos, detentos, de um rotineiro bom-dia, boa-noite, boa-tarde, como-vai, deixei de praticar um dos maiores atos de caridade, que tanto alivia as dores e conforta um irmão solitário e carente. Quantas vezes os vícios levaram-me a praticar o mal contra mim mesmo, meus familiares e meus amigos.

Hoje, graças ao meu Deus, acordei de um sonho utópico, de ilusões, percebendo que eu era infeliz e não sabia.

Que Jesus, meu Mestre e Guia, jamais me permita voltar a trafegar pela estrada que não me conduzia a lugar algum.

EXEMPLO DE CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO

(Interpretação de uma palestra proferida por Ivanize Valença Sampaio, no Centro Espírita Raios de Luz).

Certa vez, o saudoso médium Chico Xavier, em entrevista concedida a Hebe Camargo, com a participação de Nair Belo, na noite de 20 de dezembro de 1985, em rede nacional, na TV Bandeirantes, foi-lhe perguntado: Existirá significado especial no nome de JESUS?

Você poderia citar, para todos nós, um fato pessoal do seu conhecimento?

A resposta do virtuoso homem fora afirmativa, passando a narrar o seguinte fato: por volta de 1953 até 1959, quando nos mudamos para Uberaba, fomos procurados por uma senhora conhecida por D. Laura, pedindo-nos para visitar uma sua irmã que havia se tornado hemiplégica e muda.

A moça tinha uns 40 anos e chamava-se Valéria.

Chico foi visitá-la e todos os sábados, durante uns seis anos, revezando com um amigo e uma amiga, iam fazer uma prece e sempre a presenteava com um fatia de bolo e algumas balas, o que faziam com muito amor e carinho.

Como Chico Xavier era um exemplo de bondade e amor, por um longo período passou a ajudá-la e sempre acompanhado, além dos amigos e de espíritos superiores, culminando sempre com a aplicação de um passe, objetivando oferecer-lhe alívio aos seus sofrimentos e paz ao seu espírito angustiado.

Decorrido algum tempo, Valéria foi acometida de uma forte pneumonia, o que a deixou bastante debilitada.

Em todas as suas visitas, Chico lhe rogava que ela lhe falasse as palavras: “Deus ou Jesus”. Apesar do esforço sobrenatural, a mulher nada conseguia falar.

Chico, possuidor de uma fé inabalável, desejoso de amenizar o sofrimento daquela irmã, pediu a ela que com muita fé, se concentrasse no nome de JESUS e tentasse pronunciar sequer, uma palavrinha. Ela entendia tudo, mas, não conseguia. Sua língua, como que enrolada, nada conseguia falar.

Preocupado com a situação da moça que a cada dia piorava, Chico passou a visitá-la diariamente.

Em meio a várias tentativas, certo dia, ao solicitar que a mesma falasse, Deus ou Jesus, mostrando-lhe que Jesus curou tanta gente e por certo a curaria, com um esforço incomum e com o coração cheio de fé, Chico ouviu sair dos seus lábios à palavra JO-SU-SU, dizendo: eu falei!

Chico, de imediato fez uma prece a DEUS, ocasião em que lhe agradeceu pela bênção alcançada, dizendo: Meu Deus, que alegria, Valéria falou o nome de Jesus!

Chamou a irmã da enferma e pediu que esta repetisse a palavra que acabara de pronunciar.

Mais uma vez, com muito esforço ela balbuciou: JO-SU-SU.

A jovem, apesar de muita febre, ficou satisfeita falando: JO-SU-SU! JO-SU-SU!

No dia seguinte, D. Laura deu a notícia que Valéria havia falecido, desencarnado.

Chico Xavier, depois de longos anos, mudou-se para Uberaba e, em 1976, foi vítima de violento infarto.

Certa ocasião, ao fazer suas orações diárias, Chico percebeu em seu quarto, uma luz de intensidade fora do comum e viu a imagem de uma bela jovem adentrá-lo. Em voz alta ele falou: Faça o favor de sentar.

Ele sempre trazia perto da cama uma cadeira vazia. Ela perguntou-lhe: Você não está me conhecendo? Respondeu Chico, que motivado pelos problemas circulatórios, que estava com a memória deficiente, por isso não se lembrava de quem se tratava. Mas, era uma simples desculpa. Realmente não se lembrava.

Depois de dizer-lhe que o médico lhe proibira de fazer esforços mentais, insistiu, e ela disse que não iria dizer o seu nome, acrescentando: quero ver se você se lembra. Eu sou uma amiga de São Leopoldo. A jovem permaneceu calada, aproximou-se dele e num tom inconfundível pronunciou a palavra JO-SU-SU, impondo suas mãos sobre seu peito e a dor de que era acometido, desapareceu como por encantamento. Na ocasião, Chico mostrou a entrevistadora o significado especial da palavra Jesus.

Apesar de viver o resto da vida com uma angina, herança do enfarte, sua vida era feliz, sem maiores problemas ocasionados por este mal.

Que esta história acontecida na cidadezinha de Pedro Leopoldo, nos sirva de lição, mostrando-nos e ensinando-nos, que é dando que se recebe e que sem a caridade não haverá salvação.

Pratiquemos sempre a caridade e o bem ao próximo como se fosse a nós mesmos.

Estes são os principais ensinamentos que JO-SU-SU nos deixou, possibilitando-nos a oportunidade de nos aproximarmos Dele.

HOMEM DE POUCA FÉ

Conta-se, que havia numa pequena cidade, um homem conhecido por João-sem-fé, pelos seus atos de rebeldia contra as coisas sagradas.

Tratava-se de um ser infeliz, por desconhecer os ensinamentos deixados por JESUS.

De tudo reclamava. Dizia-se de pouca sorte. Um infelizardo.

Apesar da saúde aparentemente perfeita, o seu espírito era desassossegado, desditoso. Nada lhe deixava satisfeito. Considerava-se ser um desprotegido de DEUS.

Certo dia, ao perambular pelas ruas, passando sob um prédio em construção, eis que lhe cai sobre o ombro um tijolo que um operário involuntariamente, apesar da destreza empregada, deixara escapar do carro-de-mão, que se chocara com um pedaço de madeira que se encontrava no seu caminho.

João-sem-fé, de imediato começou a se maldizer: sou mesmo um azarado! Um marcado pelo destino! Esse tijolo achar de cair sobre mim, por que? Tanto espaço para ele cair e escolher logo o meu ombro! É muito pé-frio! Esquecia o incrédulo, que para ele pior seria se ao invés de um tijolo houvesse sobre ele ter despencado a carroça com os vinte tijolos nela conduzidos, ocasionando-lhe um acidente nefasto, ou talvez fatal.

O operário, ao ver o que involuntariamente acabara de cometer, rapidamente desceu as escadas e foi ter com o acidentado. Ao cumprimentá-lo, pediu-lhe humildes desculpas e tentou mostrar-lhe tratar-se de um acidente-de-trabalho, sendo de pronto, furiosamente agredido com palavras e gestos.

Mansa e calmamente, o operário, que naquela ocasião, estava ali desempenhando uma função divina, após insistentes apelos, conseguiu convencê-lo, que acabara de escapar, milagrosamente da morte, graças à intervenção do Todo Poderoso, que lhe dava mostras do amor que tem por seus filhos, mesmo por aqueles que lhes são rebeldes e descrentes da sua infinita misericórdia.

Dizem que aquele obreiro era um fervoroso adepto de Allan Kardec. Deveria agradecer a graça alcançada, de ter escapado da morte ou de ficar paraplégico por longo tempo ou por toda a vida. Que como filho de DEUS e irmão de JESUS, cumpre-lhe a partir daquele dia, dar glórias ao SENHOR pela bênção alcançada e parar definitivamente de reclamar da vida, procurando conhecer os ensinamentos contidos no evangelho.

O homem, ao refletir as palavras proferidas por aquele espírito iluminado, pôs-se a orar e após as instruções recebidas, começou daquele dia em diante a se modificar moralmente. Passou a ser um crente em DEUS e a seguir os ensinamentos de JESUS. Renasceu para a vida. Transformou-se. E esse apelido “João-Sem-Fé”, desapareceu como por encantamento, pois o seu semblante antes constrangido assumia a serenidade, a calma e mansuetude, que são traços peculiares apenas, dos homens portadores da fé.

E assim, o operário, que na ocasião era um representante de JESUS, retornou ao seu labor, com o coração transbordante de felicidade, por haver conseguido com a queda involuntária de apenas um simples tijolo, mudar completamente o modo de viver de João, que a partir daquele momento, passou a enxergar uma luz que o ilumina até hoje.

O LOUCO SANO

Após longos anos freqüentando não assiduamente a religião católica, da qual, apesar de admirador, sempre fiz restrições em relação a alguns conceitos pregados e admitidos por ela.

Um belo dia tive o privilégio de receber o iluminado convite de uma prima, da qual sempre admirei os predicados e bom comportamento no meio da comunidade, para que sem nenhum compromisso, eu e a minha esposa visitássemos o CENTRO ESPÍRITA RAIOS DE LUZ, do qual ela era presidente.

No primeiro domingo, após o convite recebido, sozinho, sem a companhia da esposa que se recusara a ir, por motivos que me reservo o direito de não citá-los, mas, na companhia de DEUS, me dirigi àquela casa, cheio de dúvidas e incertezas, tamanha era a desinformação que eu era possuidor da doutrina ali pregada.

Com pouco tempo de freqüência, no entanto, com incessante estudo da doutrina codificada por Allan Kardec, defendida e divulgada pelos que fazem parte daquela abençoada associação, fui tachado de louco, por amigos e familiares pela atitude tomada.

Fiquei a imaginar e a fazer-me as seguintes indagações: será que pelo fato de freqüentar uma casa onde se estuda o ensinamento deixado por JESUS é ser louco? Será que aprender que sem a caridade não haverá salvação é ser LOUCO? Será que aprender que devemos amar ao próximo como a nós mesmos é ser LOUCO? Será que procurar ajudar os irmãos mais necessitados do que nós é ser LOUCO? Será que aprender a fazer o bem sem olhar a quem é ser LOUCO? Será que aprender a dar com a mão direita sem que a esquerda veja é ser LOUCO? Será que aprender que o vício é nocivo a saúde do corpo e do espírito é ser LOUCO? Será que aprender que aquela casa é comprovadamente um hospital para os espíritos enfermos é ser LOUCO? Será que aprender que somos todos iguais perante DEUS é ser LOUCO? Será que divulgar a palavra de JESUS é ser LOUCO? Será que respeitar as demais religiões é ser LOUCO? Será, enfim, que se crer que a doutrina espírita é uma ciência que trata desde a matéria, até a criação do homem é ser LOUCO? Então amados familiares e caros amigos podem-me conduzir a uma casa destinada a alienados mentais, pois, graças a DEUS enlouqueci e agradeço por esta bênção.

Hoje, apesar do mal que quiseram me atribuir, sou feliz e vivo em paz.

Se tudo isso que narrei é ser LOUCO, só tenho que agradecer a minha querida prima, por me ter ajudado a ser condecorado com tão honroso título. Que DEUS a abençoe e a todos que fazem parte do “Centro Espírita Raios de Luz”, da minha querida cidade-la

JESUS E O SUICÍDIO DE JUDAS

Desde a sua criação, o homem, mormente a liberdade que lhe fora dada pelo Criador, quais sejam: o de fazer o bem ou o mal, conscientemente, as mais das vezes, opta adotar o segundo, por ser este, consoante o seu entendimento, o mais fácil.

Há aproximadamente vinte séculos, conta a história, a preparação do sinédrio hebráico, resultando deste, o envio de Jesus Cristo a Pilatos, onde ocorreu o desempate entre o procurador romano e o rei Herodes.

Nesta ocasião, Pilatos cedeu, lavando as mãos, e pediu ao povo para escolher entre Jesus e Barrabás. Então, se inicia a flagelação do Mestre.

Neste momento, começa o maior sofrimento a que um homem, até o século presente, foi submetido.

Resignadamente, sem alardes nem lamúrias, fatigado pelo peso de uma trave de 50 quilos que lhe impuseram às costas e pelas chibatadas infligidas pelos soldados romanos, percorreu cerca de 600 metros, nesta caminhada de sofrimento e dor, rumo ao calvário.

JESUS entra em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pelo rosto. O único evangelista que relata este fato é o médico Lucas e o faz com a precisão de um clínico.

O suar sangue, ou HEMATIDROSE é um fenômeno raríssimo. É produzido, segundo a medicina, em condições excepcionalíssimas. Para que esse fenômeno ocorra, é necessária que uma

fraqueza física de grande intensidade, acompanhada de um abatimento moral violento, de uma profunda emoção e um grande medo.

Porém, a maior angústia de Jesus, foi sentir-se condenado por aqueles que ouviram dos seus lábios a boa-nova da salvação. Isto acarretou o esmagamento do coração do Messias, expondo-o à extrema tensão, o que, por certo, produziu o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, oportunizando a mistura do sangue ao suor, concentrando-se sobre a pele e escorrendo até a terra.

A pele, surrada cruelmente pelos carrascos, se dilacera; o sangue jorra e Jesus suporta, sem reação, aquele terrível sofrimento.

Suas forças começam a se esvair. Um suor frio lhe cobre o rosto e sua cabeça gira em uma vertigem de náusea. Calafrios lhe envolvem o corpo.

Não satisfeitos, os algozes colocam-lhe sobre a cabeça, uma coroa de espinhos mais rígidos que os de uma acácia. Segundo a ciência médica, o couro cabeludo é o tecido mais susceptível de sangramento, à medida que lhe batem com a coroa na cabeça, os estrepes penetravam cada vez mais, comovendo à turba.

Após todo este martírio, Pilatos mostra aquele homem dilacerado e indefeso e o entrega a multidão enfurecida para ser crucificado.

Os carrascos o despem, mas, como sua túnica está colada nas chagas, arrancá-la estupidamente, produz dor atroz. O sangue começa novamente a jorrar em borbotão, provocando a laceração das terminações nervosas, postas em descoberto pelas chagas que as chibatadas lhes provocaram.

Os carrascos, impiedosos, cravam sobre os pulsos e pés de Jesus, longos pregos pontiagudos e de forma quadrada, sobre duas traves de madeiras em formato de cruz, estrangulando-lhe o nervo mediano.

Jesus é acometido de fortíssima dor lancinante e agudíssima, que se difunde pelos dedos, espalhando-se pelos ombros, contraindo todo o corpo até lhe atingir o cérebro.

Esta, segundo a medicina, é a dor mais insuportável que um vivente pode provar.

Cristo tem sede e lhe dão de beber vinagre ao invés de água.

A respiração, pouco a pouco se torna mais difícil. Seu rosto se transfigura, muda de cor.

O Salvador é envolvido pela asfixia. Seus olhos saem da órbita.

Eis que de repente, com um esforço incomum, suspenso pelos cravos das mãos e dos pés, Jesus se ergue e diz: “meu Deus, meu Deus, tende piedade de mim!”

Tudo está consumado.

Num grande brado diz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” E morre.

E hoje o que vemos? Em plena semana apelidada de santa, em que o cordeiro imaculado a sofrimentos inigualáveis, na mais pura ignorância e maldade, transformamos estes dias em festas profanas, com intermináveis libações alcoólicas, mesas fartas de bacalhau e outros apetitosos pratos, numa herética e pecaminosa bacanal.

Para extravasar nossos sentimentos, colocamos a culpa em Judas. Aquele que traiu o Messias e suicidou-se, enforcando-se.

Por que em vez de malhá-lo, não nos lembramos de orar por quem, como nós, num momento de fraqueza, cometeu lastimável erro contra o Criador?

Não nos compete nenhum tipo de julgamento.

Sejamos mais solidários com nossos irmãos mais carentes!

Cumpramos os ensinamentos daquele que tanto sofreu por nós. E Ele, que é exemplo de amor e caridade, apiede-se de nós e nos conceda a oportunidade de repararmos as faltas, ao longo dos tempos por nós cometidas.

Que nos conscientizemos que continuamos, anos após anos, martirizando àquele que Jesus humildemente perdoou e que já teve o privilégio de passar por várias reencarnações expiatórias e por amar muito o Messias, após esse processo evolutivo, hoje trabalha na esfera espiritual superior.

Não nos esqueçamos de que o Rabi da Galiléia na sua infinita misericórdia perdoou a Judas, quando pronunciou do alto do calvário: “PAI, PERDOA-LHES POR QUE ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM”.

Que Jesus abençoe a Judas e a todos nós.

O NASCER DE UM NOVO DIA

Numa bela manhã de verão, encontrava-me a caminhar na praia. Era próximo das 6:00 horas, quando vislumbrei o nascer do Sol no horizonte, por trás do ponto onde o mar verde e azulado faz sua curvatura.

Os raios solares refletindo cintilantes no contraste das cores das águas límpidas, formavam uma bela imagem que me encantava e me enchia a vista, tamanha era a sua beleza.

Naquele instante, não tive a menor dúvida tratar-se de mais uma obra do onipotente Criador.

Continuei minha caminhada.

Mas, de repente, ao olhar a trajetória que eu fazia, notei que havia dois pares de pegadas na areia fina e úmida.

Surpreso, senti que o meu coração fora acometido de forte disritmia e no lugar por ele ocupado tomava lugar um Ser Superior, que me dizia: “filho, estou aqui. Não temas. Sou o teu protetor e te sigo em todas as tuas caminhadas. Continues trilhando o caminho que te ensinei e, por certo, terás a recompensa”.

Senti-me maravilhado e o coração transbordante de alegria com aquelas palavras e continuei a caminhada.

Eis que surge, repentina e surpreendentemente, à minha frente, uma bela e atraente jovem, de corpo escultural, que se fazia acompanhar de uma linda criança.

Momentaneamente, o sentimento deu lugar ao instinto, ainda arraigado aos prazeres inferiores e pus-me a desejá-la e, em pensamento, cometi deplorável adultério.

Tive o impulso de olhar pra trás e tamanha foi a minha decepção! Em vez de dois pares de pegadas, apenas um me acompanhava.

Refleti e vi o mal que contra mim mesmo cometi naquele momento.

Acabara de desrespeitar um dos ensinamentos da lei de DEUS que diz: “NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO”.

De imediato, pedi perdão pelo meu ato de fraqueza e o sublime Companheiro, com sua misericórdia infinita, me concedeu mais uma oportunidade de gozar do conforto do Seu convívio.

Isso ficou comprovado, quando mais uma vez olhei para trás e verifiquei que as quatro pegadas estavam a nos seguir.

Dei graças pela ventura alcançada e confortado, retornei para casa com o coração aliviado.

Este é um dos exemplos da bondade de DEUS para conosco. Ele nos mostra que mesmo errando, dá-nos nova oportunidade de reparar nossas faltas.

Que esta narrativa sirva de exemplo para os que têm o coração vazio, pela ausência da fé e da esperança.

Esta dúvida ocupa a mente daqueles que por orgulho não despertaram para conhecer a essência do Evangelho Segundo o Espiritismo e continuam na inércia e na indiferença, distanciados da grande verdade, que reside nos ensinamentos deixados por Allan Kardec, o missionário.

ONDE ERREI?

Hoje, ao amanhecer, quando meu espírito retornou, meu subconsciente insistentemente me perguntava: será que cometestes contra teus entes mais queridos algo que os desagradaste?

Será que este descontentamento, se existe, diz respeito aos teus escritos?

Será que pelo fato de tentares transmitir os ensinamentos deixados por Cristo aos teus irmãos, os incomoda?

Será que o nome de Deus é enfadonho às pessoas?

Por que todos te esqueceram?

Será que os prazeres dos festejos natalinos e de final de ano são mais importantes para eles do que tu?

Será que teus irmãos ignoram que este período é aquele do qual devemos mais nos aproximar, por ser comemorativo do nascimento do nosso Mestre Jesus?

Meus entes amados será que os seus computadores e telefones, de repente, foram acometidos de problemas mecânicos, ou suas mãos e mentes tiveram paralisia temporária?

Por que não mais me mandaram nenhum tipo de correspondência, de noticias?

Se errei, mostrem-me onde.

Se o que está me acontecendo for egoísmo, perdoem-me. Se assim ajo é porque a solidão me machuca e eu os amo em demasia.

SONHO DE CRIANÇA.

É dezembro. É Natal. É o mês do nascimento daquele que nos ensinou o caminho da salvação.

É o mês das mesas fartas em muitos lares.

É o mês da abundância, da luxúria, do champanha, dos excessos, dos shows pirotécnicos, do Papai Noel dos ricos, que aumentam cada vez mais às suas polpudas contas bancárias, iludem as mentes das crianças abastadas e humilha aquelas que nada têm.

Enquanto isso, no quartinho de uma pequenina casa de taipa da periferia de uma cidade interiorana, uma criança sozinha, com apenas três anos de idade, chora faminta, sem a menor chance de receber a visita de Papai Noel, com um brinquedinho para fazê-la esquecer àqueles momentos de infelicidade, tristeza e solidão, visto estarem os seus pais desempregados, sem meios de proporcionar ao filho amado, a dignidade e o direito ao mínimo de alimento de que necessita.

Na euforia das festividades e sob o efeito do excesso de champanha, whisk e comidas as mais variadas, esquecemos que milhares de irmãozinhos nossos que neste Brasil a fora, choram por nada terem para saciar seus desnutridos e pequeninos estômagos vazios.

E nós, em nosso egoísmo e falta de dignidade e consciência, fazemos-nos alheios a tão brutal realidade e no fim da festa, jogamos no lixo toneladas de alimentos, deixando a chorar nossos irmãozinhos tão merecedores, perante DEUS, dos mesmos direitos que nós outros.

Sejamos mais solidários com nossos semelhantes.

Lembremo-nos o que está escrito: “Os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados”.

UM DIA, SEREI DE FAMÍLIA REAL.

Há bem pouco tempo o meu consciente era obscuro e como um cego, não enxergava um palmo à frente do nariz, as coisas belas e boas que a vida me oferecia.

A minha preocupação maior era com as coisas materiais, as quais me alucinavam e por não consegui-las, meu ser era intensamente atormentado.

Eis que, de repente, como um piscar de olhos, surge a bendita oportunidade de conhecer o Evangelho Segundo o Espiritismo.

Como que uma luz que dissipa as trevas, meu cérebro foi iluminado e passei a analisar as coisas fúteis e pueris com maior rigor e disciplina, colocando em primeiro plano, as necessidades espirituais.

O apego aos interesses materiais, foi minimizado e passei a compreender que precisamos de limitações, a fim de que os excessos não venham causar danos e comprometimento ao nosso campo espiritual.

Tal qual uma gota d água, que ao bater, constante e insistentemente, num mesmo ponto de uma rocha, faz coisas com as quais ficamos surpresos, embebeci-me e fiquei igualmente atônito e bastante feliz, por descobrir com os ensinamentos sagrados, que JESUS CRISTO é nosso Irmão Maior e que DEUS é nosso Pai.

Deste dia em diante, minha vida mudou. Revesti-me de humildade e passei a conduzir meus passos em sua direção, objetivando tornar-me uma pessoa melhor.

Julguei-me importante e aprendi que o mais sublime é amar ao próximo como a nós mesmos.

É fazer caridade sem esperar recompensa material.

É dar uma palavra de conforto a quem dela precisar.

É sermos irmãos em Cristo.

É cumprirmos os seus ensinamentos e repassarmos àqueles que o desconhecem.

A partir de então, mesmo preocupado com minha transformação moral, continuo pequenino, diante da grandeza de DEUS.

Hoje, à custa de muito esforço, enfrentando tropeços e quedas, tento a construção do reino de Deus no coração, para que um dia, depois dos sucessivos períodos reencarnatórios, enfrentando os milênios, eu possa pertencer a “FAMÍLIA REAL”, tendo no Soberano JESUS CRISTO, a minha suprema majestade.

Para que isto aconteça, terei que percorrer a escala das várias “Moradas da Casa do Pai”, quando destituído de todas as imperfeições.

UMA NOITE DE MEDITAÇÃO

Certa noite, na escuridão do meu leito, subitamente acordei e meu intelecto foi questionado com a seguinte indagação: quem sou? De onde vim e para onde vou?

Tentei, obstinadamente, mas, diante da minha pequenez, era em vão uma resposta que satisfizesse a minha curiosidade.

Inesperadamente, uma luz que emanava de todos os recantos do meu aconchego, iluminou minha mente ignorante e no meio daquela claridade, ouvi uma voz que em tom suave, calma e branda, me dizia: tu és um dos meus filhos amados.

Vieste do limo da terra.

Foste como uma semente que lá depositei há milênios e quando julguei conveniente, te irriguei e com o adubo da minha sabedoria te fiz germinar, crescer e, tal qual uma árvore frondosa, te fiz dar frutos.

Estes frutos ficarão a teu critério. Serão bons, ou maus, sujeitos ao teu livre arbítrio. Compete a cada um o direito de escolher o caminho a percorrer: o do bem ou o do mal.

Os frutos do bem são semelhantes a uma estrada estreita, uma minúscula vereda, de difícil acesso. É o caminho que te conduzirá até onde estou. Para isto, faz-se necessário seguir e transmitir aos outros, os meus ensinamentos, o que de certo, não será fácil, porque terás pela frente pedras e espinhos a transpor.

O segundo, é o caminho do mal, cujos frutos, também colhidos, assemelham-se a uma estrada nova e larga e o teu acesso até mim, será impossível, face aos exemplos que te serão dados pelos espíritos inferiores, que te induzirão à prática contrária aos meus ensinamentos.

Vieste, com o objetivo de cumprir ao longo dos tempos, teus processos expiatórios e tuas provas.

Tamanho é o meu amor, que dar-te-ei tantas quantas forem necessárias as oportunidades para atingires a tua perfeição moral, reparando as faltas cometidas no passado.

Como te disse, filho meu, encontrarás pela frente inúmeros obstáculos. Mas, tende certeza, acreditando verdadeiramente em mim e seguindo rigorosamente os meus ensinamentos, certamente encontrarás a felicidade em sua plenitude. Quando despojado das aniqüidades e torpezas, Cristo estará de braços abertos à espera desse momento.

E assim, a luz suavemente desapareceu e eu dei glórias ao Senhor meu Deus por aquela noite de elevação.

UMA AVE POUSOU NO MEU CAMINHO

A luz do Sol-nascente, como que perfurando as fendas do telhado do meu lar, penetrava em meu aconchego e na penumbra cinza do vaivém dos raios, não mais que de repente, acordei.

Intuído por algum espírito moralmente realizado, tive a sensação de que aquele seria um dia especial.

Como de costume, tomei os cuidados rotineiros com o meu envoltório carnal e preparei-me para sair para a minha faina diária.

No trajeto da minha casa ao trabalho, que não é longo, comecei a sentir meu espírito se influenciar por uma força superior. Sem delonga, compreendi, que o traçado de vida que eu estava trilhando, não era reto. Pelo contrário, era longo, sinuuoso e sem retorno. É aquela estrada que nos leva a lugar nenhum.

Hoje, como espírita, não mais admitindo o fator coincidência, asseguro que a partir daquele instante, passei a ter meus passos vigiados e orientados por Jesus.

Comecei a olhar pelo retrovisor da vida e verifiquei quanta bobagem fiz e deixei pra trás.

Eu não entendia que o perdão é a arma dos fortes. Que a vingança é um míssil que destrói quem o lança contra um irmão. Que a humildade remove as montanhas das nossas imperfeições morais e que o amor é o mais nobre dos sentimentos. Que o ódio nos desvia do caminho que nos leva ao Pai.

Naquele dia em que os raios solares me acordaram, fui despertado para as coisas espirituais, quando, graças a Deus, tive a feliz oportunidade de conhecer o “CENTRO ESPIRITA RAIOS DE LUZ”.

Ao adentrar naquela abençoada instituição, minha vida tomou outro norte orientador.

Através do estudo sistemático do Pentateuco Kardecista, aprendi o caminho mais curto que nos leva ao Messias.

Não mais me incomoda o que pensam ao meu respeito os irmãos com os quais ontem, partilhei o pão da iniqüidade.

O que me incomoda é à busca da minha formação interior. O bem-estar do meu companheiro de jornada. Apaziguar-me com meus inimigos. Ser mais útil à seara do Senhor.

Como sei que o ESPIRITISMO foi um oceano de luz que se abriu no meu coração dilacerado pelas facilidades das coisas fúteis, só me resta agradecer ao Arquiteto do Universo e dizer-lhe: Pai, naquela manhã uma “AVE REFULGENTE POUSOU NO MEU CAMINHO”.

MORTE: PORTA DA LIBERTAÇÃO.

Analisando-se a morte dentro da visão espírita é constrangedora a situação de cumprimentarmos os familiares do desencarnado, com o indefectível: meus pêsames.

É comum ouvir-se nestas ocasiões, pessoas externando os seguintes pontos de vistas: sofreu muito! Finalmente, descansou! Coitado! Tão bom, morreu!

Com relação aos que morrem em tenra idade: os bons morrem cedo! Idéia nada lisonjeira aos de idade avançada.

A ignorância em torno do assunto é generalizada, inspirando temores terríveis nos que partem e causando angústias insuperáveis nos que ficam.

Há pessoas que parecem incapazes de tornar à normalidade, quando falece um ente querido, principalmente se em circunstâncias trágicas.

Pessoas angustiadas, em virtude do desencarne de entes amados, buscam o centro espírita.

Procuram não apenas a cura para sua dor, mas, sobretudo, uma mensagem de conforto e esperança que lhes restitua a vontade de viver.

A doutrina espírita tem muito a nos oferecer nesse sentido, sendo notório o comportamento mais tranqüilo dos espíritas diante da morte.

Por que? Seriam, porventura mais evoluídos os profitentes da doutrina espírita? Evidente que não! Ocorre que o espiritismo oferece-nos uma visão mais objetiva, eliminando fantasias que fazem da morte algo terrível, tético, assustador, como se fosse o que de pior pudesse acontecer à criatura humana.

Sob a ótica espírita, não há por que dizer meus pêsames aos familiares do morto.

Seria o mesmo que oferecer condolências ao prisioneiro de uma penitenciária, cujo companheiro de cela, após cumprir sua pena, ganhou a liberdade.

A morte é a nossa porta de libertação.

Em tempo oportuno, na infância, juventude, madureza, ou velhice, segundo os programas de Deus, no instituto das experiências necessárias a nossa evolução, deixamos o corpo denso, pesado, que limita nossos movimentos, que inibe nossas iniciativas, que restringe nossas percepções e retornamos a amplidão, à vida em sua verdadeira plenitude.

Mesmo aceitando a imortalidade da alma, há pessoas que se desesperam ao sentir a perda de um ente querido. Segundo suas concepções, eles permanecem distantes, fazendo parte de mundo celeste, ou nos tormentos infernais.

Para essas pessoas, o espiritismo tem excelentes notícias, demonstrando que nossos entes amados continuam ligados a nós. Eles nos vêem, nos visitam, nos estimulam, nos sustentam nos momentos difíceis e, sobretudo, nos esperam. E tanto mais feliz será a hora desse reencontro.

Ante o conhecimento espírita é uma impropriedade afirmar, a guisa de conforto, que o falecido descansou. Isto sim seria terrível, em perturbadora estagnação.

Para sua felicidade, ele continuará a movimentar-se em novos planos, em múltiplas experiências, trabalhando, estudando, adquirindo conhecimentos, sofrendo, sonhando, vivendo, enfim, nos caminhos da evolução.

A vida é eterna, alternando-se o plano físico e espiritual, de conformidade com nossas necessidades evolutivas.

Temos a fórmula ideal para enfrentar nossa própria morte: vivamos cada dia, como se fosse o último.

Imaginemos todo o bem que praticamos e todo o mal que evitaríamos, se aprouvesse a Deus chamar-nos amanhã.

Vamos agora receber algumas sugestões da doutrina espírita: habitue-se à idéia de que estamos em trânsito pela terra. A morte não nos assustará se a considerarmos como mero passaporte para a espiritualidade, na viagem eterna da vida. Encare o fato de que mais cedo ou

mais tarde, ver-se-á as voltas com o seu falecimento e de familiares.

Admitindo essa fatalidade, ficará mais fácil aceitar a separação, quando chegar à hora.

Ante o afeto que partiu, cultive submissão aos desígnios Divinos.

Revolta, desespero, inconformação, desequilíbrio, só nutrimos quando não confiamos

Naquele que é a causa primária de todas as coisas – DEUS.

MENSAGENS

O FRUTO DA DOR

Dedicado aos meus netos: Kamila, Cristiano, Maurilinho, Humbertinho, Emersom, Pedro Henrique, Vinícius, Yasmim, Tayná, Taynara e a minha bisneta Emylle, que fazem parte do meu clã familiar.

A misericórdia de Deus é tamanha, que chega ao ponto de propiciar aos seus filhos, tirar proveito até nas coisas que os levam ao sofrimento.

Quantos, resignadamente, sem alardes, enfrentam os dissabores que os revezes da vida lhes impõem.

E estes, intuídos pelo Divino Mestre, transformam as horas de infortúnio, em momentos de evolução espiritual.

No parto, por exemplo, tanto mãe, como filho, sofrem, após lágrimas, dores choros e instantes de tormentos, momento de felicidades, por que, em vez de um, dois espíritos se unem em busca da felicidade plena.

Parece que o trauma provocado pelo nascimento aumenta esse laço de afetividade.

Partindo deste raciocínio lógico, vê-se que o bom da dor é quando esta está chegando ao fim.

Existe sensação melhor que vermos uma dor lancinante chegar a bom termo?

Esta sensação contagia até quem apenas acompanha um irmão em processo de sofrimentos e vê-lo ultrapassar as barreiras da dor.

Quantas vezes, atônitos e maravilhados, assistimos um familiar ou um amigo, livrar-se, por exemplo, das dores atrozes de um câncer?

Isso patenteia o infinito amor que Deus devota aos seus filhos.

Ele nos dá mostras, que é pela dor que atingiremos o ápice da nossa reforma interior.

Fica claro, que evolui não só quem enfrenta diretamente a dor, mas, também, aquele que sofre junto, dando força ao irmão para superar esse mau.

Quem de nós já não teve a oportunidade de agradecer ao Pai, por nos livrar de uma simples dor de cabeça?

Por isso, com muita propriedade repetimos, que o bom da dor é quando ela está chegando ao fim e quanto maior, melhor o seu final.

O FIEL DA BALANÇA ESPIRITUAL

Deus, com sua bondade ilimitada, concede ao homem, independente da sua personalidade espiritual, a certeza da felicidade plena.

Uns, com mais rapidez, atingem o ápice dessa bem-aventurança, por seguirem, a risca, os seus mandamentos.

Outros, por adentrarem a porta por onde Jesus sequer pisou a sua soleira, padecem, deliberadamente, por cumprirem parcialmente os ensinamentos que o Cristo lhes ministrou.

Estes, infelizmente vivem num constante desequilíbrio espiritual.

Ora encontram-se em paz, ora em desarmonia consigo mesmos, função do cumprimento das determinações emanadas da espiritualidade superiora.

Esta inconstância de procedimento, propicia ao espírito, momentos alternados de felicidades e dissabores.

Quando coloca em prática o aprendizado das aulas recebidas do grande Mestre, o fiel da sua balança espiritual, centra-se e, momentaneamente, permanece estático.

Porém, intuídos por espíritos malquerentes, que o conduzem à prática de atos malévolos, o fiel da sua balança, perde totalmente o controle e como um pêndulo desequilibrado, mantem-se num vaivém constante, deixando-o em desarmonia com o seu interior. Como Deus tem pelos seus filhos um amor ilimitado, estará indefinidamente guiando os seus passos adicionando às suas balanças, o contrapeso suficiente para que estes atinjam a felicidade plena.

Este contrapeso é similar as oportunidades que o Onipotente nos dá, de quantas forem necessárias às reencarnações para que nossos espíritos, criados simples e ignorantes, alcancem a plenitude moral.

Quando, enfim, o espírito houver complementado a sua reforma íntima, estiver em total sintonia com o Criador, então, com total certeza, “o fiel da balança espiritual”, terá conseguido a estabilidade que o Pai nos prometeu e passaremos a gozar de uma felicidade indefinível.

A BOA SEMENTE

Vivamos intensamente o presente.

Sejamos disseminadores de sementes, mas, que estas sejam lançadas em solos férteis.

Que colhamos de cada grão plantado, uma infinidade de grãos salutares. Que o resultado desta colheita sirva de alimento para nossas vidas presentes e futuras.

Colheremos amanhã, o que plantamos hoje.

Todos seremos medidos pelos atos praticados, nesta etapa da vida. Se plantarmos a semente do bem, em solo fecundo, cujo adubo seja o nosso amor, a semeadura será consistente.

Se ao contrário, plantarmos a semente em solo pedregulhoso, entre espinhos, ou entre ervas daninhas, faltar-nos-á o adubo do amor e as sementes, apesar de germinarem, não produzirão os frutos de que tanto necessitamos.

A escolha do solo é da competência do nosso livre arbítrio.

Jesus está ao nosso lado, cotidianamente, ensinando-nos, guiando-nos, orientando-nos, na escolha das sementes sãs e dos solos férteis a serem por nós utilizados.

O seu amor imensurável irriga toda a lavoura dos nossos sentimentos. Então, o tamanho e a qualidade da colheita só depende de nós.

A sua intensidade é função da nossa fé e fruto dos ensinamentos do Nosso Irmão Maior.

O nosso futuro está intrinsecamente atrelado ao nosso presente. Tudo dependerá da escolha do solo a ser preparado.

A nossa felicidade futura será proporcional à decisão que tomarmos no presente.

Pelo visto, não vacilemos: Sigamos os ensinamentos do Cristo e, boa safra!

A CARIDADE

Ao amanhecer, agradeçamos a Deus por mais uma oportunidade que ele nos dá para repararmos as faltas que cometemos no dia anterior.

Façamos uma reflexão dos males por nós cometidos no dia de ontem e agarremos com unhas e dentes esta nova chance que Ele nos está dando hoje e não vamos decepcioná-Lo mais uma vez. Isso O deixa triste.

Quem somos nós para fazer sofrer quem tanto nos ama? Quem nos presenteou, fazendo-nos a sua imagem e semelhança?

Conscientizemo-nos que Ele nos criou para praticarmos o bem e que o mal é conseqüência do mau uso que fazemos das Suas orientações.

Compete-nos o agradecimento diário das bênçãos que constantemente recebemos Dele.

Ao invés de pedirmos que Ele esteja sempre ao nosso lado, principalmente nas nossas horas de dores, vamos propor-lhe, mesmo nas horas de infortúnios, irmos ao Seu encontro, espontaneamente. É nosso dever e obrigação. O façamos de coração aberto. Buscando simplesmente agradá-Lo.

Para isso basta cumprirmos os Seus ensinamentos.

Isso nada mais é do que darmos mostras do nosso intento de prosseguirmos com a nossa caminhada em busca da tão almejada reforma íntima.

Para melhorarmos moralmente, basta praticarmos a CARIDADE, que é irmã gêmea do AMOR. E o amor é a cara do Pai.

Cego é aquele que não enxerga que sem CARIDADE não haverá salvação.

Ao apertarmos a mão de um amigo em desespero, ao visitarmos os detentos, os que se encontram enfermos, ou na solidão, ao dividirmos nosso pão com aquele que se encontra faminto, ao darmos de beber a quem tem sede, ao vestirmos quem sofre os tormentos de uma noite ao relento, ao beijarmos e acariciarmos uma criança desamparada estamos exercitando o ato da CARIDADE e fazendo feliz e sorridente, Aquele que nos deu origem: “DEUS”.

A INFORMÁTICA ESPIRITUAL.

Fazendo-se uma analogia entre o nosso espírito e o computador, conclui-se, que possuímos um arquivo, onde todo o nosso proceder, durante a nossa vida espiritual, presente e passada, encontra-se nele guardado e que os nossos filhos, através da internet espiritual, se interligam e se comunicam conosco, porque usamos deste meio para trocarmos as informações ali armazenadas.

Estas informações são absorvidas e transmitidas através do nosso e-mail, que, conscientemente, nosso espírito cataloga em nossos computadores imaginários.

Se assimilarmos e armazenarmos no nosso arquivo os exemplos deixados por Cristo, com certeza os nossos filhos irão acessá-lo, salvá-lo no seu arquivo, tirando deles as informações que lhes servirão para o seu adiantamento moral.

Se ao contrário, o nosso arquivo está contaminado pelo vírus da maledicência e nele digitamos as coisas contrárias aos ensinamentos do nosso Mestre, nossos filhos podem acessá-lo, mas terão o livre arbítrio, para salvar e fazer uso ou não, das informações nele contidas.

Se assim agirmos, estamos incorrendo em erro, tanto quem digitou, como quem a ele teve acesso, vez que pelo nosso livre arbítrio, desrespeitamos a palavra Daquele que morreu para nos ensinar o caminho da salvação.

O mais sensato e correto é enviarmos estas mensagens malévolas, para a lixeira.

Ao manusear nosso computador, procuremos sempre clicar os ícones onde encontremos as coisas boas: aquelas que nos aproximam de JESUS, que nos fazem mais úteis aos nossos semelhantes, ensinando-nos que a fé é a mãe da esperança e da caridade.

Nunca deixemos de guardar no HD do nosso computador imaginário, os exemplos deixados por JESUS.

Lembremo-nos de que ao abrir uma janela em nossos computadores, só devemos fazer uso dela se a orientação nela contida for do nosso interesse, e que nos propicie tirarmos dela proveito para os nossos espíritos tão empobrecidos e nos ajude na nossa transformação espiritual.

Por estes motivos, devemos programar as nossas ações, para que somente armazenemos em nossos arquivos o que servir de bons exemplos para nós e para os nossos filhos.

Deletem toda e qualquer informação que contrarie os ensinamentos deixados pelo Messias.

Procedendo desta forma, estamos nos aproveitando da evolução da ciência e tecnologia, para que tanto o nosso espírito como o dos nossos filhos, avance em direção ao nosso tão almejado aperfeiçoamento moral.

A SE EU PUDESSE!

Mostrar aos homens que a prática do amor dignifica, enquanto a guerra destrói os sentimentos inatos de irmandade;

Aniquilar a miséria do mundo;

Enxugar as lágrimas dos olhos de uma criança abandonada;

Ver a humanidade sorrir de alegria, a chorar de fome;

Ter a luz para iluminar os caminhos por onde haverei de percorrer;

Enxergar com olhos do espírito os meus grandes defeitos morais, antes de ver com os olhos do corpo o pequeno problema de que o meu semelhante é portador;

Convencer os cépticos que Deus existe;

Ser mais útil àqueles que necessitam de uma palavra de conforto;

Fazer os outros distinguirem trevas, de escuridão;

Fazer-me entender que surdos são aqueles que se negam a ouvir a palavra do Cristo;

Entender que luz, não é apenas para tornar o escuro claro. Mas, sim, luz é o meio de que a divindade se utiliza para clarear nossos bons sentimentos;

Que ser rico é saber dividir o pouco de que dispomos, com quem nada tem;

Fazer os ricos entenderem, que dinheiro, ouro, pedras preciosas, não compram saúde, felicidade e paz, nem propiciam a ninguém a glória celestial, pois, as riquezas materiais, o vil-metal, só fomenta o vício e suas graves conseqüências.

Fazer entender aos descrentes, que a prece é o meio mais fácil de nos comunicarmos, de nos aproximarmos e de nos elevarmos diante do Criador;

Transformar minhas maldades em atos benéficos;

Transmitir ao mundo, que à vontade de Deus deve prevalecer, não a dos seus filhos;

Gozar da bênção de ter JESUS eternamente ao meu lado.

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM

O homem, em sua sã consciência e que pratica o verdadeiro Cristianismo, tem plena convicção da imortalidade do espírito, da pluralidade da existência e da vida eterna.

Em nosso interior reside um ser orientado pela sabedoria divina, o qual será medido pelos atos praticados no presente e em suas vidas pretéritas.

O Usuário do termômetro que aferirá esta medição é rigorosamente imparcial e possuidor do mais alto grau de precisão, honestidade, bondade e justiça.

Esta é a pedra basilar em que a Espiritualidade Suprema apoiar-se-á, para dar seu veredicto.

Aquele que procurou o caminho traçado pelo Messias, terá a premiação merecida e com certeza, alcançará um lugar de destaque entre os seus eleitos.

Não nos reta a menor dúvida, que espíritos da estirpe de Allan Kardec, Chico Xavier, Madre Tereza de Calcutá, irmã Dulce, Dom Hélder Câmara, João Paulo II, Ghandi, Buda, Aristóteles, Sócrates, Platão e tantos outros que integram a elite de espíritos em fase evolutiva, já fazem parte das equipes mensageiras do bem;

Então, por certo estes espíritos não se foram. Eles continuam auxiliando, diariamente, a todos nós espíritos que nos encontramos no intróito do aprendizado das leis divinas.

Mas, diante da nossa incomensurável ignorância e ingenuidade, devemos buscar a todo custo, a nossa reconstrução mística.

Então, todos, sem exceção, encarnados e desencarnados, não partiremos para a última morada, em definitivo.

Este vaivém constante, este trem que nos leva e traz, é parte das leis supremas, que oportuniza ao espírito gozar de uma vida eterna de felicidades, função do somatório dos seus atos praticados ao longo dos tempos.

Mesmo os espíritos puros, não se acomodam em definitivo a uma única pátria espiritual, porque estarão indefinidamente cumprindo a nobre missão que Deus lhes confiou, que é a de auxiliar seus irmãos que ainda se encontram em débito com as leis morais.

Por este fato, brindemos ao Arquiteto do universo, pela “volta dos que não foram”.

EU APRENDI

Eu APRENDI que fazer o BEM é um exercício que nos ajuda em nossa reforma íntima, não custa nada e vale tudo;

Eu APRENDI que fazer o MAL é um exercício que leva o nosso espírito a um abismo profundo e de difícil saída;

Eu APRENDI que a CARIDADE nos salva e é fundamental para o progresso da nossa restauração moral;

Eu APRENDI que a FÉ raciocinada remove nossos sentimentos de maldades, tornando-nos seres mais úteis e felizes;

Eu APRENDI que só devemos desejar aos outros, aquilo que desejamos para nós mesmos;

Eu APRENDI, que perante DEUS, independentemente das diferenças sócio-estruturais, somos todos iguais e a Ele semelhante;

Eu APRENDI que o ORGULHO corrói nossos bons sentimentos e que a VAIDADE é um sentimento de pobreza espiritual;

Eu APRENDI que o ÓDIO é o avesso do amor e que este, a CARIDADE e a FÉ, formam o alicerce que dá sustentação à nossa paz transcendental;

Eu APRENDI que não sou dono do mundo, mas, sou filho do Dono;

Eu APRENDI que o sorriso de uma criança, abranda os sentimentos de maldade do mais rude e irascível ser humano;

Eu APRENDI que os bens materiais são perecíveis, enquanto os espirituais são indestrutíveis;

Eu APRENDI que o homem colhe o que planta;

Eu APRENDI que a HUMILDADE torna o ser humano mais rico, espiritual e moralmente;

Eu APRENDI que desacreditar da existência de DEUS é pôr em dúvida a nossa própria racionalidade;

Eu APRENDI que DEUS está acima de tudo e nos ama intensamente;

EU APRENDI que em qualquer situação, deverá sempre prevalecer à vontade de Deus, não a nossa;

Eu APRENDI que por DEUS me amar, sou feliz e nada me faltará.

FAZER O BEM É FAZER A PAZ

Se por ventura você se sentir feliz por algo que tenha feito, esqueça este ato e procure realizar outros, sem, no entanto, buscar neles qualquer recompensa.

Jamais espere elogios pelos atos praticados.

Não se envaideça do bem que fez ontem. Pelo contrário, pense no mal que praticou contra alguém e procure não repeti-lo.

Exercite diariamente a prática do bem. Você e a pessoa beneficiada sentir-se-ão realizados.

O bem que praticamos é o melhor remédio para o nosso espírito doentio.

Seremos avaliados pelo Espírito Superior, de acordo com as nossas realizações.

Impossível sermos felizes, termos a paz-de-espírito enquanto guardarmos no coração ressentimentos de mágoa, de desamor, de melindre, de inveja e tantos outros males, atributos que só empobrecem nosso ser.

Fazer o bem não custa nada a ninguém. O faça de graça, porque é uma graça, dada de graça, por Deus. Esta graça é uma benção divina, que só nos enriquece moralmente. É o exercício sincero da nossa reforma íntima.

Quando todos compreenderem que o bem é sinônimo de amor, os homens verão que amar é bem melhor que a violência que atormenta o mundo.

Por isso, vivamos em paz com a nossa consciência e com todos aqueles que nos rodeiam.

JESUS NA MINHA VIDA

Verseiro
Enviado por Verseiro em 09/07/2008
Reeditado em 19/07/2008
Código do texto: T1072604