A vida nos ensina que
D evemos aprender de
M aneira consciente e
I nteligente lidar com
N ossa limitações e
I ncentiva-nos a buscar
S ocorro para assim
T ratar e com isso
R eceber ajuda na
A
rea em que afeta o
R elacionamento com o irmão.

P ossamos mostrar
E lidar no que se
R efere a perda
D e pessoas ou coisas.
A ssim estaremos
S eguros que o caminho

A seguir nos
F ará fortes.
E estaremos
T rabalhando o consciente
I nteiro neste epsódio
V alorizando mais
A s pessoas que
S ão a razão de nosso viver.

COM CARINHO
ANGELICA GOUVEA


Formação - cancaonova.com






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Administrar perdas afetivas

As coisas se resolverão em Deus e não segundo seu desejo
 

A palavra perda, por si só, já causa certo mal-estar. Trabalhamos, batalhamos, buscamos conservar, enfim, nos aplicamos tanto nessa vida que, quando ocorre perda, certamente, ela nos causa dor. Ainda que o futuro revele que aquele fato contribuiu para o nosso bem, no momento em que ele acontece, sofremos e nos lamentamos.

 

Algumas perdas nos causam apenas incômodo. Perder o horário, o jogo de futebol, a vaga na garagem, o cartão de crédito ou algum outro objeto são privações momentâneas que, dê alguma forma, estamos condicionados a quase, instantaneamente, buscar uma solução ao prejuízo causado. Há uma reação que dá curso ao seguimento da vida.

 

Já quando nos deparamos com uma perda na área afetiva, como o namoro (a) que terminou, o esposo (a) que se foi, um familiar que morreu ou até mesmo quando o afeto envolve algo material – casa, móvel de estimação, automóvel –, essa tomada de atitude nunca é de pronto, pois fica mais difícil administrar. Os sentidos ficam atordoados e pensar com coerência nem sempre é o que acontece. Há quem aja até esquecendo-se do amor próprio e da liberdade que o outro tem; procedendo, às vezes, de forma infantil. A razão não admite o desfalque e busca um modo irreal de alimentar a crença de que tudo voltará a ser como era antes.

 

Mas o que fazer nessa hora?

 

Devemos admitir que a perda é real; aconteceu. Isto quer dizer que não adianta ficar contando com algo que possa acontecer para reverter a situação.

 

A vida prossegue do ponto e nas condições em que você está. É preciso agir com a razão; não segundo a voz do coração em desespero. A pergunta a se fazer é: "O que posso fazer agora?" E não: "Como será minha vida?". A forma diferente de se questionar inspira atitudes determinantes. Enquanto a primeira provoca uma reação, a última demonstra a prostração perante o fato. Agir com a inteligência também é respeitar a escolha de quem já não quer um compromisso com você. Não prometa que você vai mudar radicalmente (diferente de admitir um erro), não se anule enquanto pessoa para ser como o outro quer, porque você não será feliz e não conseguirá fazer o outro (a) feliz.

 

Saudosismo também não resolve.

 

Enquanto houver sentimento, procure não se encontrar ou, pelo menos, não prolongar-se muito tempo na presença do (a) ex. Qualquer progresso alcançado em levar sua vida adiante pode ir por água a baixo por causa de um comentário ou um olhar da outra parte que seja mal interpretado por você. Não se esqueça de que seu coração ainda quer acreditar.

 

Busque com o que se distrair. Uma boa conversa com os amigos, um ambiente diferente lhe fará bem. Não fique só pensando o que estaria fazendo na companhia dele (a) ou nos lugares que costumavam frequentar juntos.

 

Queira reagir. Decida-se por prosseguir seu caminho. Pessoas que passaram por nossa vida, deixaram-nos cicatrizes boas ou ruins e não há como apagá-las. Fique com o que foi bom. Uma pequena manifestação de querer se livrar do pesar que lhe causa dor, lhe trará mais alegria e outras pessoas vão se aproximar de você, pois a alegria as atrai.

 

Enfim, a esperança não pode ser uma expectativa fechada. As coisas se resolverão em Deus e não segundo seu desejo no momento. Dê tempo ao tempo! Até mesmo em casos em que, realmente, há uma volta, uma reconciliação ou que você volte a ter o que perdeu, atitudes como essas ajudam no processo e no tempo em que você se desprendeu.

 

Tenha em mente que “Tudo concorre para o bem daqueles que amam Deus". (Rm 8,28). O Senhor pode e tem poder de tirar algum benefício de tudo o que é ruim.

 

Se algo lhe foi arrancado, ainda que violentamente, não quer dizer que você nunca mais será feliz. Ainda há no seu interior a capacidade de amar e aparecerá alguém que se identifique melhor com sua forma de expressar todo esplendor dos sentimentos que habitam o seu ser.

 

Deus o abençoe.

 

 

Sandro Arquejada - Missionário Canção Nova