Oficinas de Oração e Vida XLII

Por: Egídio Garcia Coelho

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Oficinas de Oração e Vida XLII

Aos leitores é importante frisar que sem ler

a primeira edição, esta não fará muito sentido.

O Fracasso de Jesus

Passados seis (6) anos, sendo hoje 16 de abril de 2006, já não lembro do texto a seguir, quantas das palavras são minhas ou do Frei Inácio Larrañaga. O que sei é que estão no meu velho caderno “Em Busca do Tesouro” nas páginas 81, 82 e 83 e as escrevi durante ou logo após ouvir em fita K7 uma palestra do Frei sobre o tema, retratado segundo as escrituras do Novo Testamento.

Jesus teve na íntegra experiências humanas. Submeteu-se a todas as rejeições que normalmente sofremos quando resolvemos seguir as orientações divinas. O que mais tememos que é o fracasso, também Ele sendo o Filho de Deus experimentou. O que tornou ainda mais difícil de ser aceito por se tratar de alguém que dizia estar cumprindo determinação do seu Pai.

Viveu a triste experiência de ser rejeitado por seus parentes, sua comunidade, autoridades religiosas e até seus discípulos. Chegou a ser perseguido por multidões que queriam agredi-lo pelas suas afirmações de que estava fazendo a vontade de Deus.

O estranho é que numa perseguição, Jesus primeiro correu dando a impressão a todos de que estava com medo, fazendo com que todos o seguissem com a intenção de pega-lo. E de repente Ele parou e voltou-se na direção dos perseguidores e sem dizer uma palavra, parou entre eles e ninguém teve coragem para agredi-lo por tamanha demonstração de segurança e serenidade.

Jesus se convenceu de que não seria este o local adequado para persistir com seus ensinamentos, pois, estes queriam sempre novidades e não praticar o que já haviam ouvido D’ele. Estavam cansados de tê-lo como profeta. Foi dura a perseguição dos inquisidores, das autoridades religiosas que lançaram impiedosamente uma campanha para desprestigia-lo. O que levou a população local a abandona-lo.

O que estavam esperando era um messias político, um rei para governar com poderes. Tanto que no episódio dos pães e peixes, quando Jesus alimentou misteriosamente cinco mil (5000) homens, todos se empolgaram para elegê-lo como rei. Mas, Ele quando percebeu o que estavam tramando, escapou de mansinho, deixando-os indignados e sem o sonho de poder contar com Ele para reinar.

Apesar de tudo que Ele se submeteu a passar como homem, nunca reagiu com violência e com amargura. Aceitou e compreendeu tudo com naturalidade, numa demonstração de que assim deveremos agir diante das coisas que se nos apresentam fora das nossas previsões. Quase sempre reagimos prejudicando nossas atitudes que na calma e serenidade certamente poderiam ser melhores...

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Abril/1999.