Os Fioretti

O primeiro nome dessa obra foi “Actus Beati Francisci et Sociorum Eis” (Feitos de São Francisco e de seus Companheiros). Posteriormente fora denominado Os Fioretti.

Essa obra foi composta entre os anos de 1331 a 1337, seu autor, frei Hugolino de Montegiorgio, portanto um frade que está numa distancia histórica de mais de cem anos após a morte de São Francisco.

A palavra Fioretti significa, literalmente, ramalhete de flores. Disso decorre que, em um contexto religioso de Idade Média no qual as “flores” da vida de alguém evocava tanto as suas heróicas virtudes, bem como as sua intervenções milagrosas, essa reunião de “flores” continha uma intenção previamente demarcada. E, tal intenção, era a de fornecer uma interpretação espiritual da vida de Francisco de Assis e de seus primeiros companheiros.

Para tanto, essas “flores” foram distribuídas no decurso de cinqüenta e três capítulos. Esses cinqüenta e três capítulos serão apresentados sucintamente ao longo das demais publicações desse Informativo procurando colher as mais belas flores desse imenso jardim da vida que São Francisco de Assis soube colher e semear de maneira ímpar em toda a tradição da Igreja.

Então, leião essas “fontes” com os “olhos do espírito” e a inteligência do coração para, a semelhança de São Francisco de Assis, o serafim de Deus, saber semear flores no jardim da criação a qual Deus nos prodigalizou em sua infinita bondade.

Em nome do Senhor Jesus começa a vida do glorioso pobrezinho de Cristo, São Francisco e de alguns santos gloriosos, seus companheiros

Em todos os atos de sua vida Francisco se assemelhou a Cristo. Assim como Cristo escolheu doze apóstolos, Francisco escolheu para viver a altíssima pobreza doze companheiros. Da mesma forma que Judas abandonou a Cristo, um dos doze companheiros, por nome João Capella, abandonou a altíssima pobreza. Isso serve como avertência exemplo para o servo de Cristo, pois que deve segui-lo em espírito de humildade e temor apoiado na sua graça, caso contrário, abandona-o facilmente.

Frei Egídio possuía a estatura espiritual à semelhança do apóstolo Paulo; Frei Filipe Longo possuía tão altas e odoríferas palavras que se dizia ter sido tocado nos lábios por algum serafim à semelhança do profeta Isaías; Frei Silvestre, assim como Moisés, se entretinha em longas e profundas conversas com o Santíssimo Pai Celestial; Frei Bernardo, de tão humilde, interpretava as Sagradas Escrituras com a mesma subtilidade do Evangelista João; Frei Rufino tinha tanta doçura de Deus no coração que se sobressaía na gentileza.

Dranem
Enviado por Dranem em 03/05/2009
Código do texto: T1573119