LITURGIA DA PALAVRA (Missa do próximo domingo dia 21 Junho 2009

LEITURAS QUE SERÃO PROFERIDAS NO MUNDO TODO NAS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS NO PRÓXIMO DIA 21/06/209

FONTE: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

Irmãos e irmãs, a liturgia de hoje nos incentiva a con­fiar em Jesus, que acalma o mar e domina as tempestades, pois ele é o Filho de Deus. É com esta mesma fé que nos preparamos para o encerramento do ano paulino, no próximo domingo, às 15 horas, na Catedral da Sé. Como o Apóstolo Paulo, confiemos no Cristo, que tudo pode.

Deus tem o poder de dominar o mar e manter a sua barca, isto é, a Igreja, inabalável diante dos ventos contrários. Ouçamos com atenção:

PRIMEIRA LEITURA (Jó 38,1.8-11)

Leitura do Livro de Jó

1 O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse:

8 Quem fechou o mar com portas, quando ele jorrou com ímpeto do

seio materno, 9 quando eu lhe dava nuvens por vestes e névoas

espessas por faixas; 10 quando marquei seus limites e coloquei

portas e trancas, 11 e disse: ‘Até aqui chegarás, e não além; aqui

cessa a arrogância de tuas ondas?’”

– Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

SEGUNDA LEITURA (2Cor 5,14-17)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios

Irmãos:

14 amor de Cristo nos pressiona, pois julgamos que um só morreu por

todos, e que, logo, todos morreram.

15 De fato, Cristo morreu por todos, para que os vivos não vivam

mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e

ressuscitou.

16 Assim, doravante, não conhecemos ninguém conforme a natureza

humana. E, se uma vez conhecemos Cristo segundo a carne,

agora já não o conhecemos assim.

17 Portanto, se alguém está em Cristo, é uma criatura nova.

O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo.

- Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO(= faixa 7, CD “Liturgia VII”)

Aleluia, Aleluia, * Aleluia, Aleluia! (bis)

Jerusalém, a teu Deus, o teu louvor, * sobre este chão sua Palavra ele enviou, * Jerusalém, a teu Deus, tua louvação * Sua palavra enviou sobre este chão!

EVANGELHO (Mc 4,35-41)

P. O Senhor esteja convosco.

T. Ele está no meio de nós.

P. Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

T. Glória a vós, Senhor.

35 Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse a seus discípulos:

“Vamos para a outra margem!”

36 Eles despediram a multidão e levaram Jesus consigo, assim como

estava na barca. Havia ainda outras barcas com ele.

37 Começou a soprar uma ventania muito forte e as ondas se

lançavam dentro da barca, de modo que a barca já começava a

se encher.

38 Jesus estava na parte de trás, dormindo sobre um travesseiro.

Os discípulos o acordaram e disseram: “Mestre, estamos perecendo

e tu não te importas?”

39 Ele se levantou e ordenou ao vento e ao mar: “Silêncio! Cala-te!”

O ventou cessou e houve uma grande calmaria.

40 Então Jesus perguntou aos discípulos: “Por que sois tão medrosos?

Ainda não tendes fé?”

41 Eles sentiram um grande medo e diziam uns aos outros:

“Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?”

– Palavra da salvação.

T. Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIO

Segundo uma articulação geográfica de São Marcos, o nosso trecho faria parte do evangelho de Jesus ao redor do lago de Genesaré (Mc 3,7–6,6a), que expressa dramaticamente a atividade de Jesus em parábolas e sinais diante da cegueira do mundo. Um grupo de milagres ao redor do lago formam a seção 4,35–5,43: vem primeiramente o Jesus mestre do mistério-parábola do reino (4,1-34); em seguida, a apresentação de Jesus taumaturgo (cf. 1,1–3,6). Palavras e fatos de Jesus não são comuns, são prodigiosos e densos de mistério.

O poder misterioso de Jesus certamente perpassa todo o sentido da narrativa. O próprio Jesus toma a iniciativa, Ele é o destinante e o herói da narração. Assim aparece mais claro o contraste com a tempestade que vem em seguida, que parece querer impedir esse projeto de Jesus. A conclusão reafirma a validade e superioridade da sua decisão inicial, que se realiza apesar da oposição do ambiente (o mar), que Ele deve atravessar. A oposição não vem de pessoas, de um adversário: Jesus deve contar também com uma oposição “natural” aos seus projetos. Se o “mar acalmado” é já um tema essencial à narrativa (cf. o A.T., Paulo, os rabinos, etc.), o tema fundamental e novo também para tais narrativas (e é isso que aqui tem importância) é a preservação da fé, da confiança, da vida (dos discípulos) entregue a Jesus. Esse é o propósito do narrador, indicado pela interrogação da fé (quem é este?) com a qual culmina toda a narrativa. Os dois temas já estão juntos na pessoa de Jesus e desde o início: “Deus, que não abandonou os seus”, se torna “Jesus que não abandona os seus”, inclusive quando eles são incrédulos e vis. Jesus, para acalmar a tempestade, não invoca a Deus. A fé que Ele exige não é somente em seu poder, mas também na particular relação com os seus discípulos, que não é interrompida pela falta de preparo deles.

A interrogação dos discípulos, uma pergunta sem sentido, descreve bem o sentimento de medo (cf. v. 38).

No versículo 39, parecem palavras de quem não está cochilando e são as mesmas que Jesus dirige aos endemoninhados, como se a tempestade fosse obra do demônio.

A resposta de Jesus coloca ao mesmo tempo vileza e incredulidade e recorda meses de vida juntos, ligando biograficamente esta narrativa às anteriores (cf. v. 40).

FONTE: www.miliciadaimaculada.org.br

Do livro Homilias (Temas de pregação dos padres dominicanos)

Do livro Celebrando a Palavra (Padre Fernando Armellini)

Antônio Oliveira
Enviado por Antônio Oliveira em 14/06/2009
Reeditado em 14/06/2009
Código do texto: T1649017