INVENTÁRIO MORAL: UMA CRISTÃ EM RECUPERAÇÃO

Oi, eu sou a Debora, uma cristã em recuperação.

Quando faço um retrospecto da minha vida, penso em várias possibilidades de tudo ter sido diferente do que foi, mas ao mesmo tempo fico maravilhada com a graça e a misericórdia de Deus no propósito de me restaurar.

Nasci numa família conservadora, rígida, fechada, católica por tradição e sem nenhum relacionamento com um Deus pessoal. Por eles serem assim, aprendi a me proteger muito cedo, omitindo e mentindo sobre minhas experiências pessoais.

Minha infância foi perfeita, só tenho ótimas lembranças, fui uma criança feliz, gostava de dançar, cantar, brincar de boneca, correr na rua, enfim, foi muito bom.

Minha adolescência foi traumática. Usei óculos. Tive uma miopia galopante. Fiquei gordinha. Cortei os longos cabelos e fiquei muito feia. Tornei-me diferente de quando criança: solitária, quieta, introspectiva. Não tenho lembranças felizes dessa época.

Na juventude fiz cirurgia de miopia e astigmatismo e troquei os óculos de 7 graus por óculos de descanso com meio grau. Foi um alívio. Fiquei muito feliz. Voltei a ser magra e os cabelos cresceram novamente. Minha auto estima começou a voltar.

Fiz amizades, tinha uma turma grande e estávamos em todas as festas. Sempre viajava de férias, conheci muitos lugares e a vida parecia boa. Entre os amigos um sucesso, mas em termos de relacionamento afetivo um verdadeiro fracasso.

Comecei a namorar com 17 anos, mas com a nossa imaturidade não soubemos lidar com os problemas. Depois, tive outros relacionamentos, mas todos fora da direção de Deus. Fui ficando frustrada e decepcionada com a minha vida, com os homens e com Deus. Voltei a ficar introspectiva, triste, negativa, deprimida, com um sentimento de derrota comecei a pensar em suicídio. Simulei várias tentativas de acabar com a minha vida. Comprei remédio, escondia arma de fogo em meu armário esperando uma oportunidade de estar sozinha para usá-la. Trancava-me no quarto e fingia estar dormindo sempre que chegava alguém em casa.

Um dia, aceitei o convite de uma amiga para visitar a Igreja Batista. Fui bem recebida. Eles pareciam mesmo se importar com a minha vida. Senti-me bem naquele lugar. Os louvores eram lindos. O coração ficou apertado. Uma vontade de chorar foi nascendo dentro de mim. Eu me perguntava porque aquelas pessoas que mal me conheciam me abraçavam e sorriam para mim. O pastor pregou dizendo que tudo que pedimos a Deus se crendo Ele o faria. Então, eu pedi que o Senhor me levasse, porque minha vida era um fardo pesado demais para mim. Eu tinha sonhos que não se realizavam. Sonhava com um casamento. Queria minha família, filhos e naquele ano esperava ser contemplada num consórcio que pagava ha alguns anos.

A partir desse dia minha vida mudou. No mesmo mês comprei o carro, no outro mês viajei de férias para praia e em seguida reatei o namoro com quem se tornou meu esposo alguns anos depois.

Deus mudou minha vida, e eu tenho entendido muitas coisas a respeito Dele.

Entendi que queria as coisas do meu jeito e não do jeito de Deus.

Fazia planos, mas não eram os planos de Deus.

Tinha pressa, mas há um tempo determinado para todas as coisas.

Hoje estou em recuperação, porque espero no tempo do Senhor por um filho que ainda não tive, mas é promessa do Senhor.

A ansiedade, a pressa e a preocupação com o futuro e com coisas materiais ainda rondam minha mente. Mas, é bem diferente do passado, porque hoje tenho um Deus vivo e pessoal, um amigo com quem posso conversar, compartilhar, orar.

Agradeço a Deus por este Ministério, agradeço a minha madrinha Telma por me ouvir, agradeço a todos vocês e a Igreja Batista Filadélfia, por esta oportunidade de celebração de cura. Amém

Deboraperes
Enviado por Deboraperes em 21/07/2009
Reeditado em 19/01/2015
Código do texto: T1711790
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