ESTUDO BÍBLICO - MÓDULO XXXV

NOVO TESTAMENTO

 
EVANGELHO SEGUNDO LUCAS (continuação)

CAPÍTULO 18 -
PARÁBOLA DO FARISEU E DO PUBLICANO
Jesus verdadeiramente vê além das aparências. Ele combate a todo instante o preconceito - o conceito antecipado - , os julgamentos, e o faz para enviar uma mensagem àqueles que se julgam superiores aos demais. A parábola é sobre um fariseu (membro da seita judaica, respeitado, e um publicano, tido por muitos como impuro, por pertencer à classe dos cobradores de impostos): “10 Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano. 11 O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. 12 Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. 13 O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! 14 Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.”

CAPÍTULO 19 -
A HISTÓRIA DE ZAQUEU
Zaqueu, um rico cobrador de impostos, soube que Jesus viria a Jericó. Ficou com muita vontade de conhecê-lo e decidiu que não perderia esse momento por nada. Havia, contudo, uma barreira: o Mestre arrastava multidões e, Zaqueu, por ser de baixa estatura, teria dificuldade para enxergá-lo no mar de seguidores. Conta o evangelista: “4 Ele correu adiande, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali. 5 Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa. 6 Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente. 7 Vendo isto, todos murmuravam e diziam: Ele vai hospedar-se em casa de um pecador.8 Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo. 9 Disse-lhe Jesus: Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão. 10 Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido.”
 
COMENTÁRIO
Há uma canção evangélica muito bonita – Como Zaqueu - cuja letra conta exatamente essa passagem bíblica. E nós, quando iremos nos expor como o fez Zaqueu para tocar Jesus? Será que teríamos coragem de assumir publicamente nossos erros? Devolveríamos tudo o que tiramos do outro? Devolveríamos a paz, a alegria, daríamos o perdão, o nosso tempo precioso para o irmão? E devolução material pelas vantagens injustas que tivemos? Esse é mais um exemplo de como um publicano – pecador – pode preceder um fariseu no Reino dos Céus.

CAPÍTULO 22 -
PAIXÃO E RESSURREIÇÃO DE JESUS
Na Santa Ceia Jesus exortou a Pedro que vigiasse e orasse, pois ele estava prestes a cair estrondosamente. Pedro, que não tinha consciência da própria fragilidade, declarou: “Senhor, estou pronto a ir contigo tanto para a prisão como para a morte. Jesus, porém, com o olhar nublado pela tristeza assegura: “ Digo-te, Pedro, não cantará hoje o galo, até que três vezes hajas negado que me conheces.” Somente no Evangelho de Lucas, talvez por ser ele médico, é relatado o alto estresse emocional de Jesus, que o leva a suar sangue, fenômeno explicado pela medicina em situações extremas de angústia. Relata Lucas que ao final do dia, após a Santa Ceia, Jesus dirige-se ao monte das Oliveiras, seguido dos seus discípulos. Como deve ter sido difícil para o Mestre percorrer esse caminho consciente de que em breve seria protagonista da mais pungente história de abandono, traição e injustiça. Ainda assim, esquece-se de si e exorta aos que em breve irão abandoná-lo: “Orai para que não caiais em tentação.” Em seguida Ele viveu momentos de extrema agonia. Pediu socorro ao Pai. Porém, foi um valente guerreiro como nunca houve na história da humanidade ao permitir que fosse feita a vontade do Pai, ainda que isso significasse dilacerar a sua alma e seu corpo. Relata Lucas: “ 41 Depois se afastou deles à distância de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orava: 42 Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua. 43 Apareceu-lhe então um anjo do céu para confortá-lo. 44 Ele entrou em agonia e orava ainda com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra.”
 
Encerramos o Evangelho de Lucas. No Módulo XXXVI estudaremos o último dos quatro evangelistas – Evangelho segundo João.
 
Boa Leitura
 
Iara Mesquita
 
Domingo, 28 de junho de 2009 - Solenidade de São Pedro e São Paulo.