MARTINHO LUTERO - A MODERNIDADE LHE DEVE MUITO

Neste mundo da internet, bem como no mundo físico, sempre aparecem pessoas trazendo grandes revelações, mostrando, inclusive, fontes em links e literaturas sobre o que personagens importantes realmente não fizeram. Algumas dessas são as alegações católicas sobre Lutero, como as que vi que se ensina na cadeira de História da Reforma Protestante na universidade jesuíta que freqüentei. Assim como os nazistas, os revisionistas e o autoritário Mahmoud Ahmadinejad negam o holocausto nazista, a Igreja Católica, embora tenha pedido desculpas sobre suas atrocidades na Idade Média, não retratou-se por ter levado o mundo ao caos intelectual por aclamar-se superior a Bíblia, perseguí-la e destruí-la privado o povo cristão de seu acesso e orientação quanto a fé, a moral, a saúde e a vida em sociedade.

É certo que, como por bem mais de um milênio inventaram mentiras sobre os judeus, para os afastar dos cristãos que estavam sendo iludidos na fusão com o paganismo romano desde o quarto século, sobre os valdenses e os albingenses, para exterminar de vez a Bíblia e a autêntica religião de Cristo, sobre Joana D'Ark e sobre tantos que desafiaram o despotismo e a imoralidade papal, a Igreja romana também se encarregou de reinventar a vida, as palavras e a história de Lutero, que, como Wycliffe, João Huss, Jerônimo e tantos outros mártires, não foi apenas um gigantesco agente de salvação da parte de Deus para os protestantes, mas para a humanidade, para inteligência, para a coerência, para a sanidade, para a liberdade racional, para a consciência, para a individualidade e a coletividade, para os direitos humanos, para o respeito as pessoas, para o bem-estar, para a ciência, para a higiene das cidades e pessoas, para a saúde da população, para a razão, para a fé e para a modernidade, para o direito do Homem de estar em pé, bem como para a adoração do verdadeiro Deus, aquele que pode perdoar e o faz pelo mérito e graça do Sangue de Seu Filho vertido na cruz em lugar dos pecadores, não aquele homem do pecado (o papado e seus agentes) que mandavam pagar indultos (perdão pago em dinheiro) e ainda mandam pagar penitências para o perdão, prova de que eles não têm cacife (mérito-crédito-moral) para perdoar ninguém.

Com que moral homens pecadores podem receber confissão e conceder perdão as pessoas, se tais homens são adúlteros, glutões, mentirosos, cruéis, ingratos, profanadores da lei de Deus, etc..? E Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por Mim”. – João 14:6.

Se não fosse por pessoas como Martinho Lutero, a impiedosa "Santa Inquisição" poderia ainda hoje queimar a maioria dos membros do Yahoo Respostas, do Recanto das Letras, da internet em geral, das editoras, das igrejas protestantes, evangélicas, etc., bem como boa parte da população, só porque muitos, que tiveram os olhos abertos pela Palavra de Deus, se negam a ser conduzidos espiritualmente por papas e padres, "papais" que não são pais e tampouco Pai do Céu, mas são pecadores imorais, carrascos, que vivem na abastança e imoralidade as custas da extorsão, e eles igualmente carecem do sangue de Cristo para remissão de seus pecados, carecendo, porém, para isso que reconheçam, se arrependam e confessem ao pé da cruz do Salvador.

Como Lutero mesmo disse (conforme descrito em O Grande Conflito - CPB), seus perseguidores perseguiam mesmo era a Jesus Cristo, pois o trabalho de libertação do mundo, fazendo-o emergir do abismo intelectual produzido e imposto pelo autoritarismo e ignorância da Igreja romana foi trabalho de iniciativa de Cristo por misericórdia de Seu povo e da humanidade. E em Mateus 24:22 Jesus diz que Deus deu um jeito de interditar esse processo bestializador do povo imposto pela Igreja, abreviando o tempo de seu curso, porque diz que a famigerada Sé aniquilaria a todos.

Portanto, citações católicas contando a versão papal da história só pode impressionar os irracionais ou os cegos amantes do papado, como tem feito esse poder paquiderme que milhões ainda defendem, o qual atrasou a ciência e o progresso em 1260 anos.