O FIO VERMELHO QUE PERCORRE A BÍBLIA

O fio vermelho que cruza a Bíblia é exatamente o motivo pelo qual ela começa e pelo que termina. Tal fio vermelho é a razão do existir de toda a Bíblia, estando em cada uma de suas páginas e compondo cada uma de suas linhas e entrelinhas. A Bíblia é a expressão escrita desse fio vermelho, que é a salvação da humanidade. Por causa da necessidade de salvação da humanidade é que tornou-se necessário o fio vermelho. Tal fio vermelho é o sangue de Jesus Cristo vertido na cruz pelos pecadores e desde o Jardim do Éden Seu sangue tem sido espalhado sobre a humanidade com o intuito de salvá-la de suas obras desastrosas (que destroem a própria humanidade e a natureza em seu redor, acelerando cada vez mais a destruição da humanidade). A Bíblia é como tomamos conhecimento, tanto do porque do surgimento desse fio vermelho (a rebeldia de Lúcifer no céu estendida a Adão através de Eva), como do próprio fio vermelho em si (que é a solução dessa controvérsia). Toda a Bíblia (que é Jesus Cristo) é o manual de Deus para a salvação do ser humano, primeiro da morte individual e depois da morte coletiva, querendo dizer a morte da espécie, salvando-nos de sofrer o sofrimento inerente e decorrente dessas duas mortes. Na verdade a Bíblia é somente a salvação da humanidade e nada mais é do que isso, sendo que se deixar de ser isso não terá a menor razão de ser, pois nenhuma outra razão há para a Bíblia ter vindo a existir, ter existido e continuar a existir até o dia em que Cristo voltar, quando também deixará de existir, pois a Lei de Deus estará grafada nos corações dos que forem redimidos.

Portanto, sempre que distorcemos as palavras da Bíblia, desviamos (deformamos) sua razão de ser e, sendo assim, a tornamos completa e integralmente inútil, querendo dizer que quando distorcemos qualquer porção nenhuma outra tem utilidade. Logo, trata-se de hipocrisia pretender-se com autoridade para determinar o que é e o que não é válido na Bíblia, pois invalidando qualquer coisa nela invalidamos tudo, pois a pessoa que não se submete a uma coisa não se submeterá a nada, haja vista que é autoridade de si mesma. E, invalidando a Bíblia, invalida-se Jesus Cristo, pois se Ele não é o Jesus Cristo da Bíblia, onde Ele é integral e a razão de ter vindo é cumprir a Lei e morrer inocente por nossos pecados que produziram nossa morte individual e da espécie (porque Jesus Cristo como humano não entregou-se a vícios e fraquezas humanas, embora que também humano), – e se Ele não é esse Cristo da Bíblia, não é nenhum outro, pois Cristo com defeitos humanos seria nada mais do que meramente um ser humano pecador e merecedor da morte como castigo e consequência de seus pecados e a Bíblia diz que todos (nós humanos) carecemos da Glória de Deus, pois todos pecamos. – Romanos 3:23.

Portanto, qualquer um que concordar com a serpente do Éden, dizendo que ao morrermos continuamos vivos, põe por terra a razão de Cristo ter nascido, obedecido e morrido inocente, pois Ele fez isso (nasceu na condição de ser humano, viveu em obediência e morreu inocente) unicamente porque ao pecarmos desencadeamos a morte e jamais poderíamos voltar dela se não pagássemos o preço equivalente com nossa própria morte para sempre. Sendo assim, ninguém pode voltar à vida sem a morte de Cristo em pagamento pelos pecados da pessoa. E voltar à vida por essa morte (a de Cristo) só é possível se reconhecemos que pecamos, reconhecendo que o pecado produz nossa morte, a morte da natureza e da espécie, arrependendo-nos de pecar e produzir dano, pedindo perdão em reconhecimento de que por nenhuma de nossas ações alcançamos méritos para o perdão (que se daria somente por nossa inexistência para sempre, que é a morte eterna), então seremos perdoados e Jesus dirá: “’Onde estão os teus acusadores? Nem eu tampouco te condeno’. Eis a Lei de Meu Pai, ‘vai e não peques mais’”. - João 8:11. “Eis a Lei de Meu Pai” é acréscimo meu, pois para Jesus, um judeu observador da Lei, o não pecar somente poderia dar-se pela observância da Lei.

Portanto, o fio vermelho que cruza a Bíblia é a Criação da Terra e da humanidade perfeitos e, por isto, eternos, a queda do ser humano produzindo sua mortalidade e a solução (Jesus Cristo) de Deus para impedir a humanidade de exterminar-se. Sendo assim, o grande golpe de Lúcifer para impedir a humanidade de ser salva é convencê-la de que a conseqüência de suas ações inadequadas (desastrosas, destrutivas e exterminantes) não é o que Deus disse que é. Ou seja, a morte, que Deus disse que é deixar de existir, não é deixar de existir, pois continua-se existindo depois de deteriorar-se a vida até extinguí-la de um todo. Com isso, diz que não há necessidade do Herói da Bíblia, O que morreu em lugar dos que não conseguem retroceder de seu próprio extermínio por não conseguirem deixar de praticar ações exterminantes, pois são movidos por egoísmo. E com essa única tacada o inimigo de nossas almas impedirá o Criador de salvar a maioria de seus amados filhos, pelos quais Ele deu Sua própria vida. E o inimigo consegue esse feito unicamente porque com suas falácias venenosas cerca de irracionalidade o entendimento dessas pessoas que lhe permitem fazer isso. E o bom Pai somente dá a Seus filhos o que lhes é bom, permitindo que tomem posse por suas próprias forças do que julgam que lhes será bom, bem como que colham as vantagens de desvantagens decorrentes de suas escolhas. Sendo assim, Ele é mais do que justo, pois dá a todos ter os olhos desvendados para a realidade e Verdade, nos capacitando escolher entre o bem e o mal. Se não escolhemos bem não é por culpa de Deus, pois Ele nos dá todas as condições, mas unicamente por nossa culpa.