RÃS NO BALDE DE ÁGUA LIMPA

Alguém com muita sede, após grande procura sob um sol escaldante, encontra um poço de água potável, de cuja boca vê no fundo a água bem limpa. Ao lado do poço, tão propício, está um balde a indicar que tal água é usada comumente. Convenientemente amarrada ao arco do balde, a corda convida a tirar água e saciar a sede. E, com entusiasmo, os braços sedentes imprimem longas braçadas para suspender o balde cheio, que, ao chegar no topo, derrama preciosas gotas da água revitalizante.

Frente a um balde cheio de água fresca e cristalina alguém agora pensa em como saciar a sede antiga. A sua frente está a água, da qual precisa para viver, recém tirada, fria e cristalina; podia desfrutar do frescor dessa água, mas ela não será bebida, pois, embora seja límpida, está cheia de rãs, amimais rugosos, gosmentos, imundos e repugnantes.

Ora! Mas que mal há nas rãs?! Afinal, são comestíveis! Por quê tal preconceito, julgando como mal sem antes experimentar; sofrendo ainda com a sede quando há um balde de água limpa para beber.

Muitos pregadores têm transmitido a mensagem de Cristo da mesma forma – como água cristalina, mas com rãs a prejudicar-lhe a limpidez. São doutrinas de homens inseridas sutilmente nas mensagens de Deus, que os pessoas sedentas buscam no deserto tórrido, que é este mundo cheio de prazeres egoístas, saciados a custa do direito e bem-estar dos outros.

Como se poderá desfrutar do frescor da água que refresca, se dela se tiram as propriedades refrigerantes? De que forma beneficiar-se de ensinos sobre saúde mental e física, se ao profanar-se a mensagem se tiram as regras de boa saúde e descanso, além das orientações sobre o bem-estar com os semelhantes e com Deus? Não é por pouco que o mundo tem pavor de cristão, tendo a todos como corrompidos.

As doutrinas das igrejas têm se mostrado assim: negando aos crentes as regras de boa saúde, (que estão nas leis e nos cuidados do Velho Testamento), mas prometendo curas que contrariam as leis da natureza e da física. Como se pode curar a alguém cujos hábitos de vida e alimentação agridem-lhe a saúde? Isto é hipocresia. Prometer coisas assim, nada mais é do que conduzir a pessoa sega à doença fatal.

Em muitas igrejas conservadoras levam-se os crentes a usar certos tipos de vestimentas como demonstração do caráter cristão do indivíduo, mesmo que suas atitudes para com seu corpo, para com sua mente, seus familiares, amigos, colegas, vizinhos, da inteligência e do amor denunciem quão distante está do cristianismo de Cristo e quão próximo da inquisição e da intolerância ; mesmo que as músicas que ouve a todo volume querendo evangelizar os vizinhos sejam flagrante do quanto está mais próximo do bailão e da boate do que de Deus.

As músicas ditas evangélicas têm sido assim: letras que falam de Deus em melodias ancoradas no mundo, na velha vida dissoluta das noitadas, dos bailes, dos bares, das orgias, das bebedices e das drogas; das buscas sedentas por prazeres convulsivos, frustradas ao final de cada noite, quando se volta para casa com a sensação de que o dinheiro investido, as horas de sono desperdiçadas, os princípios esmagados, as ideologias deixadas de lado não valeram a pena.

Por impedir as pessoas de chegarem a Cristo, além de dar a Ele essa aparência profana, que deixa os não religiosos indignados, convencidos de que não há Deus, essas igrejas só podem ser qualificadas como um dos três espíritos imundos do Apocalípse 16:13, pois são espíritos de rãs, são os falsos profetas.

Profanas, é o se pode dizer das doutrinas e músicas das centenas de néo que se proliferaram nos últimos tempo, abrindo igrejas não muito diferentes das coisas do mundo para atrair multidões que não querem largar o mundanismo para se aproximar de Deus. Querem Deus pelo lado do benefício, mas não querem fazer a Sua vontade, que é o que produz os benefícios. De qualquer forma, as originais dessas neos já eram profanadas, embora que inquiridoras, determinando com leis humanas a vida de seus membros até mesmo na privacidade do quarto dos casais .

Profanar é mesclar as coisas santas, solenes, respeitáveis, com mundanismo, coisas comuns, coisas do dia-a-dia; é como ir-se numa festa chique com a roupa de estar em casa, de trabalhar, de bater todo dia; é como ir ao restaurante no final de semana para comer comida queimada, mal temperada, mal cozida, ou aquela comidinha que se come todo dia.

Quem poderá se saciar de tais mensagens e músicas, se é impossível engoli-las por causa das rãs? Quem poderá afastar-se do mundo que o fatiga, se sua mente permanece ancorada nas atrações mundanas? Porque beber água com rãs se a água limpa está logo ali, na Bíblia, no estudo descompromissado com os interesses dos pastores e seus caixas? Porque se afogar com água contaminada, morrendo ainda assim de sede, sem conhecer o verdadeiro Cristo, a água limpa e salutar, que vai dar a salvação eterna, mas prometeu fazer de sua vida um paraíso ainda aqui na terra, bastando apenas que você cumpra Suas leis preventivas e curativas.

Pense nisto. Será que vale a pena continuar engolindo rãs?

Fale então conosco.

Por Wilson Amaral

Wilson do Amaral Escritor
Enviado por Wilson do Amaral Escritor em 14/08/2006
Reeditado em 27/09/2006
Código do texto: T216497