LITURGIA DA PALAVRA (Missa do dia 01 agosto 2010

LEITURAS QUE SERÃO PROFERIDAS NO MUNDO TODO NAS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS NO PRÓXIMO DIA 01/08/2010

FONTE: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

18º Domingo do Tempo Comum

Irmãos e irmãs, iniciamos o mês de agosto, que é dedicado à oração, reflexões e ação nas comunidades sobre o tema das vocações. A primeira semana enfoca a vocação para o ministério ordenado de diáconos, padres e bispos; a segunda ressalta a família, a terceira destaca a vida consagrada e, por fim, a quarta, os ministérios e serviços na comunidade. Então, nesta semana elevemos nossas preces por todos os que exercem ou se preparam para os ministérios ordenados. Não nos esqueçamos de pedir ao Senhor da messe que envie santas e dedicadas vocações sacerdotais e diaconais para sua Igreja.

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A verdadeira riqueza está no amor a Deus e no serviço ao próximo: Ouçamos com atenção.

PRIMEIRA LEITURA (Ecl 1, 2; 2, 21-23)

Leitura do Livro do Eclesiastes.

2 “Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das

vaidades! Tudo é vaidade”.

2,21 Por exemplo: um homem

que trabalhou com inteligência, competência e sucesso, vê-se

obrigado a deixar tudo em herança a outro que em nada

colaborou. Também isso é vaidade e grande desgraça.

22 De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e

preocupações que o desgastam debaixo do sol?

23 Toda a sua vida é sofrimento, sua ocupação, um tormento.

Nem mesmo de noite repousa o seu coração. Também isso é

vaidade.

- Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

OBS: O Salmo Responsorial aqui publicado, pode não coincidir com o Salmo responsorial de outras Dioceses. Porém, as leituras e o Evangelho não serão diferentes

SALMO RESPONSORIAL89(90)

(CD XI - Fx 21)

Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós! (bis)

1. Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.

2. Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã, ela floresce vicejante, mas vem a tarde, é cortada e fica seca.

3. Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!

4. Saciai-nos, de manhã, com vosso amor e exultaremos de alegria, todo o dia! Que a bondade do Senhor e nosso Deus repouse sobre nós e nos conduza!

SEGUNDA LEITURA (Cl 3, 1-5.9-11)

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses

Irmãos:

1 Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as

coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus;

(2) aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres.

3 Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo,

em Deus.

4 Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós

parecereis também com ele, revestidos de glória.

5 Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra:

imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é

idolatria.

9 Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem

velho e da sua maneira de agir (10) e vos revestistes do homem

novo, que se renova segundo a imagem do seu Criador, em

ordem ao conhecimento.

11 Aí não se faz distinção entre grego e judeu, circunciso e

incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre, mas Cristo é

tudo em todos.

- Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (CD XI Fx19)

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!

Bem-aventurado quem é pobre diante de Deus. Dessa gente é o Reino dos céus!

EVANGELHO (Lc 12,13-21)

P. O Senhor esteja convosco.

T. Ele está no meio de nós.

P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

T. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, (13) alguém, do meio da multidão, disse a

Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança

comigo”.

14 Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de

julgar ou de dividir vossos bens?”

15 E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de

ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas,

a vida de um homem não consiste na abundância de bens”.

16 E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu

uma grande colheita.

17 Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho

onde guardar minha colheita’.

18 Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros

e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo,

junto com os meus bens.

19 Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa

reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’

20 Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta

a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’

21 Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas

não é rico diante de Deus”

- Palavra da Salvação.

T. Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIO

A liturgia deste domingo nos fala de partilha, mas não daquela partilha do jeito que Deus ensina. Fala de uma divisão gananciosa, fala de herança. Como se diz em linguagem jurídica, fala de divisão obrigatória, legal e de direito.

Onde quer que Jesus esteja sempre tem alguém ao seu redor pedindo alguma graça ou favor. Nesta passagem do Evangelho, Jesus é solicitado para resolver problemas de dinheiro. Jesus aproveita o exemplo destes dois irmãos para entrar no assunto que pretendia

Jesus não quis se envolver com problemas de herança, mas não perdeu a oportunidade para mostrar o valor da herança espiritual. Usou como exemplo o comportamento desses irmãos para mostrar para toda multidão que, não são os bens materiais que trazem segurança e felicidade.

São outros os tesouros que devem ser acumulados, diz Jesus. O tesouro que Jesus se refere, chama-se partilha, porém no seu verdadeiro sentido. Para Jesus, partilha vai muito além da obrigação e da lei dos homens. A verdadeira partilha é fruto do amor e, é espontânea, por isso traz mais satisfação para quem distribui do que para quem recebe.

A parábola narrada por Jesus mostra o comportamento de um homem avarento e ambicioso, que tem uma única preocupação; trabalhar para enriquecer ainda mais, pois já era rico. Seus celeiros estavam lotados e já não tinha mais onde armazenar o produto de sua colheita.

Pouco sabemos sobre ele, porém podemos concluir que não lembrou-se dos necessitados, nem quis saber dos miseráveis e famintos. Certamente sentia-se isento de culpa pela péssima distribuição de renda e não se achava responsável pelos desempregados e sem terras que, certamente, já existiam naquela época.

Nem sequer pensou naqueles lavradores que, em troca de um mísero salário, plantaram e colheram para ele. Considerava um desperdício vender a colheita a preço acessível e uma loucura doar parte dela. Nunca lhe passou pela idéia investir uma parte de seus bens para gerar empregos e amenizar a fome.

Esta parábola deve servir de alerta para cada um de nós. Ninguém está proibido de trabalhar e de poupar para o futuro, porém é preciso lembrar que o nosso tempo de vida não é proporcional ao volume de dinheiro e de bens que acumulamos.

Nada mais justo do que agradecer a Deus se hoje estamos radiantes de alegria e sem problemas de saúde ou financeiros. Agradecer também pelo dinheiro e pelos bens. No entanto, não é segredo que essa calmaria não é perpétua. Só temos uma certeza, sabemos que estamos vivos agora, mas nada sabemos sobre o próximo minuto, quanto mais do amanhã. Isso é válido para o pobre e para o rico.

O rico perante Deus é aquele que não acumula riquezas para si, mas sim para o bem do próximo. Trabalha de sol a sol para o bem comum, não é avarento e muito menos esbanjador. Sabe valorizar seus bens, porque são necessários para a sobrevivência e para uma vida digna.

O rico de verdade, sabe distribuir amor e, acima de tudo, sabe que basta manter seus celeiros transbordantes de boas obras, para garantir a sua parte na Herança Eterna.

jorgelorente@ig.com.br - 01/agosto/2010

Antônio Oliveira
Enviado por Antônio Oliveira em 25/07/2010
Reeditado em 29/07/2010
Código do texto: T2398767