Deus
Em nada o vejo,
Em tudo o sinto:
No aperto das mãos;
No pulsar do Coração;
No Sorriso da Criança;
Na espera, a Esperança;
Na realização do querer;
Nos planos fiando a mente;
No desabrochar da flor;
Na realização do querer;
Nas manhas que faz o Amor...
Como do nada surgimos,
É com nada que ficaremos,
Após nascer... Após morrer...
Nada vejo a minha frente,
Mas vou porque o sinto,
Chamando-me ao infinito:
Nos passos vacilantes;
Na dúvida do seguir;
No olhar indiferente;
Nos diversos sentidos;
Na Saudade do partir;
Na procura doravante...
Em terra aqui estamos...
De lá é que ele nos guia,
E nos mostra um caminho:
No conhecimento do adulto;
Nas festanças da Família;
No afago, por um Carinho;
Qual a Ternura de Maria;
No Sorriso pela Conquista...
E do nada... Nada vemos,
Do tudo... Tudo é nosso e sentimos,
É o Amor, o Amor lindo!
Cabendo para cada um
O Dom de dissolvê-lo,
Com a Paz, humanamente,
Fazendo do seu, o nosso,
O que é nosso, o seu,
Em harmonia... Igualmente,
Ao ensejo do nosso Deus...