A Ignorância a margem do Conhecimento!

Na noite do décimo segundo dia do décimo mês do ano de dois mil e dez da era do senhor Jesus Cristo, não sei se no corpo ou fora dele, às duas horas da manhã veio a mim um personagem vestido de branco. Suas vestes eram tão fina como seda que se podia ver seu corpo: Sua imagem tinha uma luz radiante como o sol e a voz era de ternura, entretanto forte. Percebi que nada vestia seus pés e não tocavam o chão. Olhou para mim e chamou-me por um nome que não era o registrado em batismo pelos meus pais nesta terra. Respondendo ao chamando perguntei o que desejava de mim e por que me chamava por aquele nome. Ele respondeu que aquele era meu nome e que de agora em diante seria chamando assim até mesmo após o juízo final. Achei graça no novo nome, pois era forte e lindo, meu coração sentiu-se regozijado e feliz. Então ele, dirigindo-se a mim, disse: levante que desejo te mostrar muitas coisas. Tocou minha mão e era como se eu tivesse adormecido ali e acordado em outro lugar. Estávamos acima da terra, não reconheci o lugar, mas havia pessoas lá e tinha uma dimensão imaginária, sendo impossível a contagem, porque eram como os grãos de areia, e todos estavam com vestimentas brancas tão finas e suaves que se podia ver além delas. Dirigindo-me ao personagem perguntei o que significava aquele lugar. Ele disse que era o salão das almas, onde os espíritos estavam aguardavam ansiosos para entrarem nos seus transportes para a vida eterna. Estranhei, mas ele me explicou que o transporte era o corpo que tinha sido dado a todos que escolheram o plano superior. E todos eram belos e esbeltos, não havia dor e nem tristeza, mas felicidade. Entretanto observei que alguns iam até um portal e voltavam. Então o personagem falou que eles não foram porque o portal foi fechado pela sua progenitora terrestre por escolha. Fiquei um pouco triste, mas o personagem explicou que era o livre arbítrio e que não se poderia interferir. Senti uma dor profunda na minha alma e chorei, porque percebi que a divindade era maior do que o homem na sua ignorância poderia supor.

Então ele tocou em mim novamente e quando dei por mim estava em outro lugar, e era como se fosse um coral, tinha muitas pessoas lá, e estranhei porque todos pareciam do sexo masculino e estavam todos vestidos de branco. Digo que pareciam, mas não vi o sexo deles. Estavam todos sentados em circulo e no centro havia tronos, três cadeiras iguais, mas ninguém estava nelas. E ao redor daqueles tronos existiam vários degraus em círculo, onde os personagens estavam sentados. Eles olhavam fixo para o centro e parecia que estavam cantando. Então perguntei por que eles estavam ali como num estádio. O personagem disse que aqueles eram pessoas escolhidas e que muitos disseram sobre eles, que seu número era cento e quarenta e quatro mil.

Novamente ele disse “vem” e, tocando minha mão transportou para um lugar bem alto. Estendendo o braço direito disse-me: olha. Ao olhar, meus olhos vislumbraram uma grande praça e milhares de pessoas ao redor de dois personagens. As pessoas não se vestiam como todos em minha terra, mas cobriam a cabeça e suas vestimentas eram longas. E parecei que da boca dos dois personagens do centro saía fogo e as pessoas caiam por terra e choravam. Fiquei um pouco assustado, mas não entendia o que significava aquilo. Então o personagem me disse para eu não temer porque aqueles eram escolhidos para trazer uma mensagem ao povo e estariam ali por mil dias, na contagem dos homens. Em lágrimas senti-me cansado, minha mente estava pesada e não sei como, quando olhei estava em minha cama. O personagem estava em pé olhando a minha pessoa. Disse-me que voltaria para mostrar muitas outras coisas. Perguntei seu nome, mas ele desapareceu antes de responder. Não consegui dormi enquanto a luz do sol não iluminou minha janela e os pardais começaram a cantar, como que reverenciando a aurora boreal.