ESPÍRITOS NÃO EVOLUEM

Conheço muito sobre espiritismo e espíritas. Conheço muitos espíritas. Fui inclusive, casado com uma espírita, mulher que muito amei, e tive contato diário com seu irmão que morava conosco e era ativo e militante kardecista, apesar de que também mandou fazer trabalho com sacrifício de bode para matar seu pai, além de outros tantos trabalhos do baixo espiritismo para diversos propósitos, até, por fim, se casar com uma mulher tão mau-caráter quanto ele e entrar com ação judicial contra seu pai e irmã para obrigá-lo a deserdá-la. Uma de suas ações mais marcantes enquanto compartilhávamos o mesmo teto consistia em atacar a Bíblia Sagrada, fazendo-a desaparecer sempre que a líamos eu e sua irmã e chegando ao ponto de pô-la certa vez como calço de sua cama.

Conheço muitos outros espíritas, entre os quais uma mulher que vive com o sobrinho do marido e sua ex-cunhada, agora sogra, que trata o esposo com impaciência, além que quase não lhe dá atenção, mas dedica-se intensamente a obra humanitária do centro espírita. Entretanto, muitas ações incompatíveis há também entre os crentes e a população comum.

Certa vez, num jantar de gala, fui apresentado a uma médica que, logo depois das falas introdutórias, me perguntou o que eu achava do espiritismo. Em resposta lhe perguntei onde estaria o efeito didático do sofrer na presente vida em punição a erros cometidos na vida passada se não sabemos quais erros cometemos em tal existência. Como poderiam os pais castigar o filho por erros que ele desconhece? Como, após castigado, ele evitaria um erro que não conhece?

Sim, porque sempre que se conhece um espírita ele logo dá-nos o diagnóstico de nossa vida passada, cientificando-nos de tudo que desconhecemos e até explicando o porquê de alguma cena que, ao viver-se, se tem a impressão e já a tê-la vivido, o que se chama dejavu. Somente assim se toma conhecimento de que se viveu uma vida passada e se cometeu maldades que jamais se teria cometido. Então a pessoa é constrangida a aceitar de boa vontade uma culpa que alguém lhe contou. Que justiça é essa? Onde está o didático aí?

No caso entre eu e a esposa espírita que tive, segundo o que nos contaram, fomos casados na Idade Média, membros da nobreza, mas eu a queimara em nosso castelo por ela ter me traído com não sei quem e por isso estávamos fadados a viver esta vida juntos.

Ora, fados! Eu a amava. Para mim sempre foi um prazer ser seu marido e estar em todo lugar com ela. Ela, porém, apesar de ser espírita, não fez conta de sua sina e me expulsou de sua vida.

Após tentar responder a pergunta que lhe fiz em resposta a pergunta que me fez, a médica me respondeu que jamais tinha pensado dessa forma; onde estaria o efeito didático da reencarnação.

Portanto, sendo conhecedor da Bíblia e do espiritismo, digo com propriedade que espíritos não evoluem. Aliás, é uma grande perda de tempo tratar de espíritos de falecidos, pois a Bíblia é redundante em dizer do início ao fim que não existe imortalidade da alma, que “ao Homem está determinado morrer uma só vez e depois receber o juízo”.

E os espíritos dos anjos caídos, que fazem essas curas, aparições e manifestações de alto e baixo espiritismo também não evoluem. Tanto é que antes de expulsos com Lúcifer em sua rebelião no céu eles eram perfeitos e hoje enganam pessoas com manifestações tão simplórias, de extremo baixo nível, como se vê no baixo e alto espiritismo, algumas dessas manifestações muito irracionais e bizarras, cheias de violência e descontrolado ódio, capazes de impressionar pessoas por seus medos e impulsos, além que intuem os indivíduos a cometer atos de tanta selvageria até contra seus próprios filhos, como presentemente se vê tornando-se cada dia mais comum.

Unicamente temos oportunidade de evoluir em vida, sendo esta a hora de conhecer a Deus em Sua Palavra e imitar o Seu caráter, recebendo depois a ressurreição para a vida eterna, de uma vez por todas na segunda vinda de Jesus.

Wilson do Amaral

Autor de Os Meninos da Guerra, 2003 e 2004, e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos, 2004.