O APOCALÍPSE !

APOCALIPSE!

A humanidade se arrasta

Em conflitos de emoções

Silenciando a verdade

Num marasmo de ineptos.

O desplante dos imorais

A pisotear a candura

É como ciscar de galinhas

No beiral da sepultura!

A escória do escol

Pratica ilícito... Legal!

Na negritude do dia,

Na penumbra do portal!

Recato dos humildes,

Pedintes de afagos,

Na decadência servil

Aprovam os tiranos.

No pernoite dos portais,

O penar dos arrependidos:

Com os ombros arqueados

Vêem santidade em bandidos!

No ápice dos monturos,

A elite dos delinqüentes,

Com o queixo proeminente

Defeca vil... Baboseira!

O espaço etéreo e sideral

Modifica as suas estrelas,

Tapa com mantos de nuvens

O arrastar de seres/répteis.

Na ilharga ampla da besta

Atolada no humo estercal,

O homem carrega sua coroa

De rei de todos os animais!

Uivar de cães!

Calor de respiração,

Miasma do corpo...

Seres em putrefação!

(Segunda Parte)

O esfacelar dos “brios”

E seqüestro dos direitos,

Trás desdita aos justos!

Agora, já manietados,

Mutilados pela fuga

Onde não há escape...

Só condenação da raça!

NÃO MAIS FUGIRAS,

ONDE ESTIVERES

SERÁS CASTIGADO!

Andarás em círculos,

Pedirás clemência,

Rangerás os dentes!

Olhos lacrimejantes,

Xingar xucro lançarás

Diuturno e intermitente!

Morrerás muitas vezes

Antes do ápice do fim.

Nada restará

Da tua carcaça,

Desmembrada,

Purulenta:

Orgasmo de luxúria!

DRENA O TEU SANGUE

ONDE NÃO HÁ... VAMPIRO!

Finalmente... Morrerás,

Indigente ser humano...

Mercador de Infâmias!

(TERCEIRA PARTE: CASTIGO E PRÊMIO)

Não voltarei à tua terra!

Senão, munido de poder,

Quando te visitei humilde,

Morri com toda infâmia!

Virei no soluço dos trovões,

Na secura dos desertos,

No sibilar dos vendavais...

Na amplidão dos mapas!

Tua calvície mental

Verá o revés da moeda.

Tuas lágrimas de resina...

Lacrarão os teus olhos!

Sentirás o odor da morte

No teu buço umedecido.

Tuas mandíbulas disritimadas

Massacrarão a tua língua!

Não terei compaixão piedosa

Com o gotejar do teu suor

Em tua baba asquerosa...

Escoarei a tua coragem!

Os teus órgãos aglutinarão

Sedimentados em tua carcaça.

Tu arrastarás como lesmas,

E saltitando qual minhoca!

Farei muros na ponte

Entre ti e a tua glória.

Terás o prêmio da morte

Que, porém... Será eterna!

Num rastro de nuvens,

Farei délivrance da lua,

Coberta com estrelas

No equilíbrio dos astros!

A boca da noite estrelada

Dará luz ao baixo relevo,

Dando penumbra aos sulcos

Da lama já... Coagulada!

ENTÃO:

Premiarei aos meus seguidores,

Na trilha da doce compensação,

À caminho do oásis venturoso

Em abandono da... Tempestade!

AO LONGE:

Um ranger de batentes

Em ferimento alastrante

No amém dos vencidos...

Acenando aos passantes!

PERTO:

A aragem tremula a folhagem no silêncio dos peregrinos desnivelados das infâmias:

PREMIADOS COM A DOCE VERDADE!

(S/A/Baracho)

conanbaracho@uol.com.br

Sebastião Antônio Baracho Baracho
Enviado por Sebastião Antônio Baracho Baracho em 30/10/2006
Código do texto: T277405