NO JUÍZO FINAL, COMO SERÃO JULGADOS OS QUE NÃO CONHECERAM O EVANGELHO?

Para definir o destino de cada um no Juízo final, Deus julgará os indivíduos com base no melhor que tiverem feito dentro do conhecimento que tiverem recebido sobre Deus. Deus jamais cobrará de alguém que cumpra o que não conheceu. Somente serão condenadas as pessoas que tiverem praticado o mal deliberadamente. Ou seja, somente serão condenadas as pessoas que tiverem sabido que estavam erradas e tiverem insistido em continuar erradas. E em todas as crenças e culturas existe o senso do certo e do errado, do justo e do injusto, do malvado e do bom, pois isso é intuído por Deus em todas as pessoas. Entretanto, em todas as culturas, por mais primitivas, pessoas insistiram em enganar, explorar, roubar, dividir mal aos bens, maltratar, escravizar, etc., e em todas as culturas as pessoas sabiam que isto está errado, pois o que sofre não sente-se feliz e o que causa sofrimento não gostaria que lhe fizessem o mesmo. É lei universal, conhecida, inclusive dos pagãos, que não se faz aos outros o mal que para nós não queremos e que se deve fazer aos outros o bem que desejamos que nos façam.

Um bom exemplo do senso de certo errado de todas as culturas e crenças é Cornélio, personagem de livro de Atos capítulo 2. Cornélio, o centurião romano para quem Pedro foi enviado pelo Espírito, era um homem piedoso como muitos que existiram entre os povos primitivos e civilizações anteriores a Cristo. Ele era uma pessoa sincera, que fazia boas coisas. Há conhecimento que entre os nativos das Américas sempre existiram pessoas assim. Inclusive descobriram-se tribos sul-americanas que guardavam a lei de Deus por terem ouvido sobre o sonho do cacique.

Como Cornélio, também sua família era de pessoas piedosas, que tinham uma boa concepção de Deus e do certo e errado. E assim também eram muitos outros romanos que não conheceram o cristianismo diretamente dos cristãos. E não foi diferente com pessoas que viveram muito distantes dos pais da fé, como foi o caso de Abraão que, embora tendo nascido, crescido e continuasse vivendo em meio a apostasia completa dos sumerianos (seus patrícios), imaginava que existia um Deus no céu que não era um astro, um trovão, um vulcão, etc., e que não tinha preferência por uma pessoa ou outra, por uma classe mais privilegiada, etc., como os deuses pagãos.

Assim era Cornélio. Por isso ele orava para o Deus verdadeiro, embora imaginasse que este podia ser alcançado através de alguma imagem. Cornélio, porém, falava com Deus diretamente e tinha consciência disso, pois se dirigia a Deus sem vans repetições e rituais decorados. O culto que Cornélio fazia era para Deus e o Senhor se agradava do ato de adoração de Cornélio. Entretanto, Deus não se satisfazia completamente com esse culto porque esse Seu tão nobre adorador estava se rebaixando a ignorância de um culto simplório, onde se fala com coisas depositando confiança e esperança nessas coisas inanimadas. Deus queria salvar a Cornélio, bem como outros seus compatriotas sinceros, assim como deseja salvar toda humanidade da fadiga e humilhação de fazer reverência e adoração a coisas que não são Deus. Por isto, e sendo que haviam nas proximidades pessoas instruídas na verdadeira adoração, capacitadas para ensinar Cornélio sobre o verdadeiro conduto à Deus, que é Cristo, Deus instruiu a Cornélio através de um anjo para que enviasse mensageiros a Pedro para que viesse ensiná-lo e ao mesmo tempo preparou Pedro para que fosse à Cornélio sem preconceito nem ressentimentos. Pedro foi e Cornélio, assim como toda sua família, tornou-se um conduto entre a razoabilidade do cristianismo de Cristo (a religião original de Deus) e outros romanos sinceros como Cornélio que seriam ensinados a praticar uma religião útil e honrada na circunvizinhaça, um pouco mais longe, distante e muito distante. E assim muitas outras pessoas deixariam de praticar a inutilidade, o vexame e a dominação mental de se curvar e obedecer a coisas, pessoas mal-intencionadas, espíritos de demônios e ideiais pobres. Dessa maneira o poder de Deus melhorou a vida dessas pessoas e a de muitas outras pessoas, bem como melhorou um pouco o mundo de imediato. Ou seja, ainda nesta vida eles usufruíram de uma vida melhor, além que se prepararam para serem melhores na eternidade.

Wilson do Amaral

Autor de Os Meninos da Guerra, 2003 e 2004, e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos, 2004.