O FALSO CRISTO

Jesus Cristo disse em Mateus 16: 27: “Porque o Filho do Homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras”. Percebe-se aí que o galardão de cada um será segundo as obras e não segundo a fé. Tal afirmativa concorda com a declaração do apóstolo Paulo de que as boas obras resultam da fé. Sendo assim, por elas é que se mede a fé. Se um médico formado em medicina pratica o que aprendeu, logo suas obras são segundo a medicina.

Não há dúvida de que o falso cristo, o dragão, a besta e o falso profeta operam sinais e prodígios, como os que se operam nas igrejas. Mas curas, sinais e prodígios eram as obras dos apóstolos após receberem o dom do Espírito Santo em Pentecostes. Como saber então se um pretenso Cristo operando sinais e prodígios é o falso ou verdadeiro?

Em Mateus 25: 31, 32 e 33, Jesus esclarece: “E quando vier o Filho do Homem em Sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então se assentará no trono da Sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dEle, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à Sua direita, mas os bodes à esquerda. Então (o Salvador) dirá aos que estiverem a Sua esquerda: “Apartai-vos de mim, para o fogo eterno’ (fogo que consome definitivamente) ‘preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro (gentio), não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; estando enfermo e na prisão, não me visitastes’. Então, eles também o responderão, dizendo: ‘quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou na prisão e não te servimos?’ Então, lhes responderá, dizendo: ‘Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim’”

Convém observar em primeiro lugar que ao referir-se à Sua volta, Jesus reitera que ela será retumbante, nada secreta, e todos os povos da terra estarão reunidos diante dEle. Portanto, a doutrina do arrebatamento secreto é falsa e logo o cristo que ela prega também é, pois o verdadeiro virá de forma espetacular e ninguém poderá ser iludido quanto a se Ele veio ou não, pois todos saberão quando vier. Além da doutrina do arrebatamento secreto, existem outras sobre a volta de Cristo. Entre elas, há uma da Nova Era que diz que Lúcifer e Cristo são amigos e estão preparando a volta do Salvador num disco voador, que será anunciada previamente e transmitida pelos canais de televisão. Jesus disse: “Mas o dia e a hora ninguém sabe, nem o Filho, senão o Pai”.

A doutrina da Nova Era garante que Ele estará entre nós justamente pregando a Era de paz, dizendo que a Lei de Deus foi abolida, por isto a paz. Jesus disse: “antes que se terminem o Céu e a Terra, nenhum til ou jota da Lei deixará de valer”. – Mateu 5: 17. Outra doutrina há dos Testemunhas de Jeová, em face do fracasso de tantas datas que marcaram para a volta de Cristo, dando conta que Ele já volto e já está entre nós há muito tempo. E Jesus disse: “Se te disserem eis que Ele está no deserto, ou dentro da casa, ou qualquer coisa, ñ dê crédito, pois assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra até o ocidente, assim será a volta do Filho do Homem”. – Mateus.

Ao recordar que os seguidores do falso cristo não se compadeceram dos sofredores, Jesus esclarece que não importa quão espetaculares sejam os milagres e prodígios que se operam em Seu nome, eles não são obras do Espírito Santo se quem os pratica não produz a misericórdia na vida diária, no trato com os de casa, com os parentes, vizinhos, amigos, colegas e conhecidos, pois o Espírito não opera para mera exaltação, mas para a harmonia, através da misericórdia de uns para com os outros, para cessar o sofrer, jamais para produzi-lo.

Eis um grande diferencial entre o falso e o verdadeiro Cristo: Em geral o falso profere palavras idênticas às do verdadeiro, entretanto, os milagres e curas de seus seguidores não implicam em desprendimento pessoal, tampouco visam cessar o sofrer, mas exaltar a si mesmos, ou alcançar méritos diante de Deus.

É certo que a maior das pregações dos seguidores do verdadeiro Cristo sobre Seu caráter está no ter misericórdia para com os pecadores, dispor tempo e recursos pessoais para saciar-lhes a fome, curar-lhes as doenças, vesti-los, abriga-los, não apenas amainar-lhes as dores da alma com palavras de conforto. Implica em visitar quem carece de bens materiais e pede o que não devolverá, carece de serviços que não pode pagar, aconchego e compreensão, que jamais retribuirá. Implica em sujar o carro com um ferido, cumprimentar a um mendigo na porta da igreja como a alguém da família, convidá-lo a assistir na companhia dos irmãos, tê-lo na comunhão e oferecer-lhe refeições à mesa, mostrando que Jesus “não se ressente do mal” pelo que ele poderá empolgar-se e buscar a Deus para vencer o desânimo e a miséria.

Aí entra novamente em operação o mandamento que resume os seis últimos do Decálogo, que diz “ama teu próximo como a ti mesmo (...)”.

Misericórdia. Eis um diferencial entre os seguidores do falso e do verdadeiro Cristo, mas não garantia de autenticidade, pois os seguidores do falso podem praticar caridade aparente, por isto Jesus insiste numa distinção mais marcante entre um e outro. Em Mateus 7: 21, 22 e 23, Ele diz: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! porventura não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? E então lhes direi abertamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vos que praticais iniqüidade”.

Na vinda de Jesus, os seguidores do falso cristo se apresentam ao Rei como tendo pregado o “Evangelho do Reino a toda nação, tribo, língua e povo”, conforme Mateus 24:14, operado milagres e prodígios, além de falado línguas, feito curas do corpo e da alma e caridades. Alguns mataram a fome de muitos e choraram as dores dos oprimidos, consolando-os, mas Cristo sentencia: “não os conheço, porque praticais a iniqüidade”.

Ora! Mas por quê?

É certo que suas práticas religiosas desviaram a adoração e obediência do povo a Deus para eles mesmos e suas obras espetaculares, para ídolos e imagens (Deuses estranhos que fazem curas superficiais), enfraquecendo a fé desse povo por torná-la incrédula e dependente de espetáculos mirabolantes como sinais e prodígios para crerem. Logo, hão de se iludir e seguir ao primeiro que fizer cair fogo do céu, pois se iludem com curas ambíguas.

Além do mais, esses seguidores do falso cristo perverteram a imagem do Criador, mostrando-O cruel e opressor ao pregarem que Sua Lei fora subtraída na cruz em vista de tanta severidade que continha, sendo impossível de ser guardada. Apregoaram assim a um Deus sem autoridade, governante de um povo desgovernado, de quem Ele não requer qualquer esforço, nem obediência, pois são todos incapazes em tudo, visto que primeiro criou uma lei impossível de ser guardada e depois a aboliu por ter ela na prática se mostrado inútil. Então inaugurou o governo do anarquismo, sem lei.

Neste ponto culminamos que a distinção crucial e única do verdadeiro Cristo é comprovar a Lei do Pai, Sua autoridade sobre toda Criação, desnudando o cristo adulador, que em vez de corrigir o pecador, dá-lhe a falsa segurança de estar sem culpa, não carente da misericórdia e sangue de Cristo. A Bíblia diz que os que conhecem a Jesus guardam os Seus mandamentos. – II João 2: 3 a 6.

No momento da volta de Cristo, os seguidores do falso cristo terão falado línguas e batizado em nome o Pai, do Filho e do Espírito Santo, como em Atos 2: 4, e curado, como em Atos 3: 6 e 7, mas mesmo assim, Cristo cobra-lhes as obras de caridade, o amor ao próximo, o perdão e a misericórdia que não tiveram para com os pobres, desgraçados e menos favorecidos, pois o muito que fizeram foi meramente por aparência, espetáculos impressionistas e aduladores para um povo acomodados e sem vontade de mudar. Suas obras de curas e caridade eram falsas e não tinham eficácia, pois não se pode curar quem não aprende as normas de boa saúde dadas por Deus na Bíblia. Se ensinassem a observar a obedecer a vontade de deus expressa em Sua Lei, com o que seriam curados ficando para sempre assim, não atrairiam tantos seguidores, pois as pessoas tendem q esperar que Deus faça por elas o que não estão dispostos a fazer. Logo, em Sua vinda, Jesus cobra-lhes a guarda dos mandamentos que eles pisaram, ou emendaram com tradições rabínicas e leis de igrejas, obrigando as ovelhas a guardar leis de homens, desviando-as das de Deus e usufruir dos benefícios da prática do que produz vida e saúde.

As curas em centros espíritas e igrejas são falsas, pois não prescrevem o afastamento do mal através da observância das leis de Deus. Ao contrário, afastam os crentes das recomendações do grande Médico. Logo, são do falso cristo, que contraria tudo o que é de Deus. Falta também a eles a prova de que “conhecem a Deus, quardando os “Seus mandamentos”, como diz o apóstolo João.

É possível identificar com antecedência o falso cristo por seus seguidores, sendo que a caridade que praticam não tem eficácia, pois a praticam negando sua regra fundamental, a Bíblia e seus mandamentos, querendo apenas alcançar glórias diante dos os homens, como se fosse diante de Deus.

Observe: Jesus Cristo é Deus, o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, onipresente, onipotente e onisciente. Oniciente: Ele sabe tudo que ocorre em todos os cantos do Universo, não somente agora, mas também no passado e futuro. Onipotente: Seu poder é exercido em todos os lugares ao mesmo tempo. Onipresente: Ele está em todos os lugares ao mesmo tempo. Apocalipse 1: 7 diz: “Eis que vem com as nuvens e todo o olho verá”. Já em Mateus, Jesus diz: “Assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, será a volta do filho do Homem”. I Tessalonicenses diz: “Porque o mesmo senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares”.

Aí estão o povo de Deus, a Sua Igreja triunfante, recebendo o verdadeiro Cristo que desce com grande alarido.

Em operações secretas tocam-se trombetas?

Só mesmo Deus para aparecer no ocidente e oriente do mundo ao mesmo tempo. Só mesmo Deus para preparar um espetáculo de proporções mundiais, que não precisa de televisão nem satélites para ser visto em todos os cantos. Porém, mais do que um mero espetáculo mundial, Deus preparou o maior espetáculo do Universo, a volta de Jesus, espetáculo aguardado com expectativa por todos os seres inteligentes fora da Terra.

Essa é uma grande diferença entre a volta real de Jesus e a simulação que o diabo está a preparar. O diabo não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, por isto não pode simular uma volta de Jesus em proporções mundiais, mas poderá aparecer aqui e ali, num lugar e outro fazendo, como seus discípulos (falsos cristos e falso profetas) sinais e prodígios e enganando a muitos, aos que não sabem como distinguir o falso do verdadeiro cristo, porque não estudam a Palavra de Deus, apenas dão ouvido a seus líderes e andam ensebando a Bíblia sob as axilas.

Como seres humanos não temos como verificar se Jesus apareceu em Nova Iorque no mesmo instante que na Terra do Fogo. Seria então que o Cristo que acreditamos voltar será mesmo o verdadeiro? Antes de mais nada é preciso conhecer a ordem temporal dos acontecimentos conforme descritos na Bíblia. Então precisamos de intimidade com o Livro Sagrado. É importante também estudar bastante os livros de Daniel e Apocalipse em conjunto com a História. Depois precisamos associar tudo isso, ordem temporal e o presenciarmos a vinda de Cristo ao testemunho da guarda dos mandamentos de Deus, os seguidores do falso não querem praticar, mas Jesus há de confirmar em Sua vinda. Em II João 2: 3 a 6 está a sentença: “aquele que diz que O conhece, mas não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso”.

Aparecerá no céu um cristo aparentemente autêntico e coroado de glória, fazendo milagres e prodígios, mas apregoando não ser mais necessário guardar a lei de Deus. Mas sobre esse tempo, Jesus preveniu que “quando disserem: há paz, sobrevirá tribulação jamais vista”. Então, ao ouvir a sentença de que não há necessidade de guardar a Lei, muitos seres humanos farão extravasar seus impulsos e não haverá restrição para o mal.

Jesus Cristo pode viajar de uma parte a outra do Universo a velocidade inimaginável para nós sem o auxílio de máquina. Deus ouve nossas orações no centro do Universo, ou qualquer outro ponto sem necessitar de telefone ou aparelho de televisão. Ele conhece nosso pensar e nos vê onde estivermos escondidos sem auxílio de raio X.

Em regra os seres humanos imaginam seres superiores com discos voadores, sendo que estão presos a conceitos limitados de superação de distância com máquinas. Todavia, um ser humano somente precisa de aparelho para caminhar se portar alguma deficiência física. Jesus não perdeu suas habilidades após o pecado, como nós, que nos atrofiamos e agredimos com maus hábitos e alimentos inadequados.

Em Atos dos Apóstolos 1: 9 e 11 está escrito: “ E, quando dizia isto, vendo-O eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o de seus olhos. Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir”. Apocalipse 1: 7 diz: “Eis que vem com as nuvens e todo olho verá.”

Jesus dissera que, se possível fora, os falsos cristos e falsos profetas enganariam até os próprios escolhidos. Por isto Ele diz que virá de um modo que ninguém mais pode imitar. Os escolhidos não podem ser enganados porque não dão crédito a boatos sobre a volta de Jesus, pois estão certo que quando Ele voltar todos o verão, “até mesmo os que o traspassaram.

Os escolhidos e maus estarão juntos quando Jesus apartará as ovelhas dos cabritos, conforme Mateus. O joio e o trigo crescerão juntos até a colheita, conforme a parábola do Joio e do Trigo, em Mateus 13: 30. Em Tessalonicenses Paulo fala da volta de Jesus com som de trombeta, para buscar Seus escolhidos. E, para reforçar que a volta de Jesus será notória, Mateus diz que a grande tribulação vem antes do arrebatamento. A Bíblia diz que “logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências do céu serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E Ele enviará os Seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma a outra extremidade do céu. Mateus 24: 29, 30 e 31.

Jesus mostra o cenário onde aparecem ao mesmo tempo os maus, que se lamentarão, e os bons (Sua igreja triunfante), os escolhidos, o arrebatamento com alarido de trombeta e mais um detalhe inconfundível: tal evento se dá após a grande tribulação.

A grande tribulação que os pentecostais falam que se dará depois da volta de Jesus já terá acontecido quando Cristo voltar. Trata-se dos 1260 anos que a Igreja perseguiu, insultou, torturou e queimou por heresia os verdadeiros cristãos, que não concordaram com a fusão da Igreja com o Estado romano em 321, mas que teve apogeu em 538, quando editada a hegemonia papal. Após cessar essa tribulação no século XVII, cumpriu-se a profecia de Jesus que diz que as estrelas cairão do firmamento, a lua se tornará em sangue e o sol não dará a sua luz. Os jornais norte-americanos do século XIX conformam esses acontecimento. Mas a grande tribulação se repetirá com a perseguição dos crentes tão logo seja decretada a obrigatoriedade do sinal da Besta, que é a transgressão da Lei de Deus, especialmente o Sábado, descrito da Bíblia de capa a capa como sinal de Deus. Porém essa tribulação será por pouco tempo, pois Jesus aparecerá no céu no momento mais tenebroso e salvará Seus escolhidos.

Em nenhuma das passagens aqui apresentadas sobre a volta de Jesus se pode perceber alguma tentativa de esconder Sua vinda. Em nenhum momento Jesus aboliu Sua Lei. Portanto, sinais e prodígios podem ser simulados, mas o falso cristo Jamais pregará a validade da Lei de Deus, reconhecendo Sua autoridade, pois o grande esforço do inimigo, foi e tem sido no sentido tomar para si a autoridade de Deus.

Portanto, ninguém pode ser enganado quanto à forma da volta de Jesus, bastando identificar os que pregam as doutrinas do dragão, da besta e do falso profeta.

Wilson Amaral

Wilson do Amaral Escritor
Enviado por Wilson do Amaral Escritor em 13/11/2006
Reeditado em 24/01/2007
Código do texto: T290516