NÃO HÁ INFERNO E JAMAIS HAVERÁ

Sem utilizar argumentos históricos e políticos sobre o surgimento do conceito inferno, desejo esclarecer em rápidas palavras que lugar de tormento não é uma doutrina bíblica, sendo completamente incompatível com o Plano da Salvação que Deus pôs em prática para estabelecer a plenitude para sempre; para garantir a eternidade para todos os seres criados.

Em primeiro lugar, quem examinar o livro de Apocalipse 20:14 verá que aí diz, referindo-se ao tempo além do tempo presente, que (após a volta de Cristo e translado dos salvos para o céu) "a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo, a segunda morte".

A passagem deixa claro que morte é definitiva, mas o lago de fogo serve apenas para consumir (como é comum ao fogo), durando apenas enquanto consume, pois em Mateus 4:1 diz que "não sobrará raiz nem ramo" do mal, que o "inferno e a morte" serão destruídos e, pelo que se entende, no hebraico a palavra inferno é nada mais do que sepultura.

Em segundo lugar, Ezequiel 18:4 diz que almas morrem, pois diz: "todas as almas são minhas, diz o Senhor, assim como a alma do pai, a alma do filho é minha e a alma que pecar, esta morrerá". E Romanos 3:23 diz que "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". Isto combinado com Eclesiastes 9:5 a 10 diz que a morte é exterminativa, cessação (extinção) da vida, sendo como um sono inconsciente e, portanto, não há inferno de tormento e, tampou, paraíso ou seio de Abraão antes da volta de Jesus, pois somente pouco antes da volta de Cristo haverá o Juízo de sentença e destino das almas (dos vivos) será decidido, se para a morte definitiva ou para a vida eterna. Nesse momento o destino das almas mortas já terá sido decidido desde a morte de cada uma delas, mas a execução, o Juízo executivo do lago de fogo de Apocalipse (a execução do extermínio do mal e seus agentes), terá lugar somente após a volta de Cristo, o translado dos salvos para o Céu, o milênio e a descida da cidade santa.

Logo, antes de tudo isso acontecer não há inferno nem mesmo no sentido do lago de fogo de Apocalipse a consumir de uma vez por todas e, muito menos há ou haverá inferno conforme o conceito pagão de almas a penar eternamente, a não ser o inferno do conceito hebraico de sepultura onde se dorme um sono inconsciente. E não haverá inferno de almas penando depois da volta de Cristo, a não ser a morte definitiva (extintiva da vida) após todos os eventos de retorno do Salvador, translado dos salvos, milênio e estabelecimento da Cidade Santa na Terra. E a Bíblia é clara e enfática em dizer que a morte é oposto da vida.

Quanto a tudo isso, a Igreja Adventista do Sétimo Dia é á muito clara, oferecendo estudos Bíblicos metodológicos pela internet, também oferecendo de graça a TV Novo Tempo e o programa Na Mira da Verdade. E esse dito de que os adventistas querem se salvar cumprindo a Lei, especificamente o sábado, é uma retórica mais do que manjada, pois qualquer que examinar a doutrina adventista verá que guarda o sábado (que é uma bênção especial de Deus) quem já foi salvo pela graça e confia que Deus proverá. Ou seja, guardar a Lei é a demonstração prática de que a pessoa já se foi salva pela graça e recebeu o perdão pela transgressão da Lei através do sangue de Jesus. Portanto, nenhum adventista pretende ser salvo pelas obras, pois os adventistas sabem mais do que todos, pois são o povo que mais estuda a Bíblia, que a salvação é somente pela graça, mas também sabem que a graça leva a santificação e então obediência por amor ao Salvador.

Wilson do Amaral

Autor de Os Meninos da Guerra, 2003 e 2004, e Os Sonhos não Conhecem Obstáculos, 2004.