BUSINESS GOD – PRINCÍPIOS DA RALAÇÃO COMERCIAL COM DEUS

“Obediência quero, não sacrifícios”. - I Samuel 15:22. Este princípio teria livrado milhares de cordeiros, touros e bodes e, especialmente, o Filho de Deus, de serem imolados para pagar, em lugar dos seres humanos, pelos pecados que cometem. O princípio da obediência, que é unicamente o que Deus sempre quis, teria livrado a humanidade de morrer alguma vez; teria livrado os seres humanos do risco de morrer de uma vez por todas, bem como nos teria livrado dos tantos sacrifícios decorrentes da maldade e desobediência que sofremos até hoje. E Deus disse que sacrifico é o que Ele não quer.

Mas o ser humano preferiu o sacrifico em vez da obediência e assim causou a morte dos animais, dos seres humanos e do Filho de Deus, sendo que tudo isso Deus queria ter evitado.

Dizendo-se, porém, embaixadores de Deus, pessoas dizem que Jesus morreu para abolir a Lei, como se somente tivesse havido pecado porque havia uma Lei a determinar o que é pecado. Dão a entender que tirando essa Lei, tira-se também o pecado. De fato, sem Lei não haveria pedado, mas tira-se também a necessidade de um Salvador. Todavia, o fato de não haver Lei para sentenciar como pecado os maus atos não eliminaria as consequências do pecado. Portanto, é imprescindível haver Lei para que não se pratiquem atos cuja conseqüências sejam destrutivas.

A desobediência à Lei é que causou o sacrifício de Jesus. Ele não morreu para abolir a Lei, mas porque ela foi transgredida. Deus criou a Lei para ela ser obedecida, evitando o sacrifício do Filho de Deus. Deus não teria criado a Lei só para ela ser transgredida e então haver necessidade da morte de Seu Filho. Isso seria sadismo. Se fosse assim, pareceria que Deus queria que Seu Filho morresse e criou uma Lei só para chegar a isso. Então Deus teria prazer na morte de Seu Filho, estaria querendo sacrifício e não obediência, o que seria um contra-senso. Mas não é nada disso. A morte de Jesus custou muito sofrimento e dor também para o Pai. E que pai teria prazer na morte de seu filho, ainda mais sendo esse o único?

De igual modo, Jesus não deu Sua vida banalmente. A desobediência causou a morte de Cristo. Por isso Deus disse: “obediência quero”, porque a obediência teria evitado tantos sacrifícios, poupando também a vida do Filho de Deus. Jesus Cristo não deu Sua vida porque ela lhE custava pouco, mas porque nos ama muito e não poderia ver-nos a nos deteriorar sem retrocesso e dar Sua vida era o único meio de dar-nos uma segunda chance. Sua vida, porém, tem muito valor para Ele, muito mais do que o valor que damos a nossa vida. Por isso Ele a deu por nós, pois, tendo muito valor, ela cobria o preço requerido para pagar por nossos pecados e nos redimir deles.

Pregar, porém, que Jesus aboliu a Lei na cruz, torna a vida de Cristo banal ao mesmo tempo em que transfere a culpa pelo pecado humano para a Lei e para Deus que a criou, fazendo-se contra Deus a mesma acusação que Eva e Adão fizeram. - Gênesis 3:12-13. Pregando-se isso, diz-se que Deus deu Seu Precioso Filho para que as pessoas pudessem desobedecer sem mais ter a Lei a lhes acusar os pecados, poupando-lhes o drama de consciência ao continuar transgredindo e causando sacrifícios e sofrimentos eternamente. E justamente a desobediência e o sacrifício são o que Deus não quer.

Nas palavras dos que dizem que Jesus pregou a Lei na cruz, o Filho de Deus tem menos importância para Deus do que a desobediência da humanidade. Tanto é que Deus priorizou a desobediência ao sacrificar Seu Filho para que a humanidade pudesse desobedecer livremente.

Naturalmente que esse é um pensamento ilógico e insensato, manipulado por quem pretende desfrutar das bênçãos de Deus unicamente em prol de satisfazer suas próprias vontades.

Com base em tudo isso, concluímos que dizimistas que não guardam a Lei de Deus não confiam nEle, apenas presumem que Ele tem obrigação para com eles porque “pagam” o dízimo. - Malaquias 3:10.

“Pagar” o dízimo, porém, é uma contradição, pois ninguém tem capacidade de pagar algo a Deus. Na verdade, jamais alguém paga o dízimo, mas o devolve, pois as bênçãos de Deus não dependem de devolvermos o dízimo, mas o dízimo resulta das bênçãos de deus. Ninguém jamais teria o que “dar” ou “pagar” a Deus se antes Ele não tivesse dado para a pessoa, pois Deus é o dono de tudo, porque tudo Ele criou, estando isso carimbado com o selo de Deus no coração de Sua Lei, em Êxodo 20:8-11, onde diz: “lembra-te do dia do sábado para o santificar, (...), pois em seis dias criou Deus o céu e a terra e as fontes das águas, por isto abençoou Deus o dia de sábado e o santificou”.

Portanto, devolve-se o dízimo a Deus em vez de pagá-lo, porque, se produzimos alguma renda, a produzimos com recursos que Ele deixou antes que aqui estivéssemos e também usando da existência, da vida, da força e da saúde que Ele nos dotou e nos dá todos os dias.

Os que abolem a Lei de Deus, porém, com vistas em não guardar o sábado para poder usar mais esse dia na busca por riquezas, inventam que a Lei foi abolida por Jesus na cruz, mas essa retórica diz que não foi a Lei a ser abolida, mas o quarto mandamento, que trata da cessação do trabalho para o descanso sabático, especificamente o mandamento que lhes prejudica o materialismo, pois não gostariam de compartilhar seus cônjuges em adultério e, tampouco, gostariam que alguém cobiçasse seus bens e propriedades. Portanto, mandamentos de seus interesses não foram abolidos.

Ao ser confrontados com o testemunho pessoal de Jesus em favor da Lei e dos profetas antigos em Mateus 5:17 (e no tempo de Cristo a Lei e os Profetas eram as únicas Escrituras), eles, astutamente, inventam que Jesus substituiu os Dez por dois novos mandamentos: “Ama teu Deus acima de todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”.- Lucas 10:27. Dizem isso, porém não amam o próximo, pois ignoram na rua os que não são de sua igreja, não socorrem o necessitado, falam mal uns dos outros e dos demais, dão falso testemunho contra o próximo, exploram a mão-de-obra barata de seus funcionários sem dar-lhes descanso nem no sábado e todo o seu testemunho em favor do que a conversão lhes fez inclui apenas a mudança de vida no aspecto financeiro e material.

Quem vive em função do dinheiro, em quê age melhor que as pessoas que não conhecem a Deus? Esses se apegam ao dinheiro porque se julgam desamparados, pois não acreditam na Providência. Quem julga que Deus é a favor de si (porque é “santo” e devolve o dízimo), enriquecendo-o com o prejuízo dos outros (porque são ímpios), em que são melhores que os do mundo, que se acham superiores e mais merecedores que os demais, por isto agem sem misericórdia para com seus trabalhadores e próximos?

Na verdade, esses que abolem o sábado em favor do ganho material, não amam o próximo como a si mesmo, pois nem mesmo a si mesmos amam, mas apenas ao dinheiro, e isso é prova contundente de que não amam a Deus acima de nada. Portanto, sua falácia sobre os novos dois mandamentos de Jesus a substituir os Dez nada mais é do que hipocrisia para justificar sua transgressão ao sábado em favor da ganância.

Portanto, quem quer desenvolver relação comercial com Deus deve transgredir a Lei e devolver o dízimo, pois esses são os princípios do business God. Somente bens materiais, porém, esse adorador receberá do Criador, o que se converterá em maldição. Dizimistas que abolem a Lei de Deus para transgredir o sábado, não conhecem a Deus, Seu Filho e Seu Espírito Santo, não Os amam acima de nada e jamais deixariam seus bens ou “dariam tudo aos pobres para seguir a Jesus”. - Mateus 19:21. De igual modo, não amam ao próximo como a si mesmos e nem a si mesmos amam (pois não dão descanso para seus corpos e almas, estafando-se além da conta para ganhar dinheiro - I Coríntios 3:16-17), não conhecem a Palavra de Deus, não sabem o significado do Seu sacrifício em favor da humanidade, não sabem o significado de “misericórdia quero e não sacrifícios” - Mateus 12:7, etc., Estão unicamente no começo do caminho em direção a Deus e assim permanecerão até que comecem a estudar a Bíblia à luz da vontade de Deus e não à luz de suas próprias vontades; à luz dos seus interesses comerciais.

Wilson do Amaral