A IRA NÃO PRODUZ JUSTIÇA

"PORQUE A IRA DO HOMEM NÃO PRODUZ A JUSTIÇA DE DEUS"

(Tiago, 1:20)

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DEUS requer certo tipo de conduta santa da parte do homem. Segundo bases neotestamentárias, trata-se da própria santidade divina expressa no homem, mediante o poder do Espírito, que lhe opera no íntimo.

"SEGUI A PAZ COM TODOS E A SANTIFICAÇÃO, SEM A QUAL NINGUÉM VERÁ O SENHOR"

(Hb. 12:14).

No homem remido, a natureza moral de CRISTO vai sendo formada.

"MAS O FRUTO DO ESPÍRITO É: AMOR, ALEGRIA, PAZ, LONGANIMIDADE,BENEGNIDADE, BONDADE, FIDELIDADE". (Gál. 5:22)

Desse modo é que haverá a transformação conforme a natureza metafísica de CRISTO. As várias obras da carne entravam nesse processo de transformação, podendo até mesmo destruí-lo totalmente. Por essa razão é que é dito aqui que a ira do homem, a sua disposição para o mau temperamento, não pode produzir a retidão divina.

As obras da carne fazem estagnar e retardar a implantação da natureza moral de CRISTO em nós. Esse é o pensamento central deste versículo. Pensamentos secundários, como os que dizerm que "a ira nunca ajuda aos outros", ou que "a ira impede o trabalho da igreja", são legítimos, mas não são focalizados aqui. A ira do homem não pode produzir qualquer ação justa aos olhos de DEUS. Esse é outro sentido insuflado e essa passagem, mas que, apesar de verdadeiro, não é o que ao autor queria dizer aqui, basicamente. Pelo contrário, a ira prejudica a alma, porque a ira é uma das manifestações da natureza vil do homem, tal e qual outras obras da carne, que amortecem espiritualmente ao crente e lhe embaraçam o avanço que deve haver em sua conduta diária, na qual ele deve aplicar as lições morais que foi aprendendo. Ao irar-se, o homem realmente entra em conflito consigo mesmo - a vontade própria se alia ao egoísmo carnal, fazendo frente à vontade do Espírito no íntimo. Sendo esse o caso, é difícil, se não mesmo impossivel, que a à vontade de DEUS realize em nós o que foi divinamente proposto. Indivíduo que vive para si mesmo, luta por si mesmo e degrada ao próximo, dificilmente pode estar progredindo espiritualmente. Não pode ser produzida, sob essas condições, a manifestação da retidão e da santidade de DEUS, enquanto o homem vive no egoísmo. A vontade de DEUS é a de produzir uma vida nova em nós, o que deveria ser caracterizado por uma nova santidade - a própria santidade de DEUS:

"POIS, SEGUNDO O SEU QUERER, ELE NOS GEROU PELA PALAVRA NA VERDADE, PARA QUE FÔSSEMOS COMO QUE PRIMÍCIAS DAS SUAS CRIATURAS".(Tiago, 1:18).

Todas as obras da carne impedem essa transformação moral. Não há que duvidar que este versículo, além de ser uma declaração geral da verdade, também tem valor polêmico.

Os membros das igrejas que querem impor os seus caminhos egoístas podem disfarçar isso exercendo a suposta justa indignação em favor da "ordem certa", quando nas igrejas se levantam questões sobre isto ou aquilo. Aqueles que se acham na "luta pelo poder", no seio da igreja, atacam aos outros com ira, e afirmam estar prestando a DEUS um serviço, utilizando-se da "espada de DEUS", em sua defesa das "questões em pauta.

Quão familiar nos parece tudo isso, em nossas igrejas, e quão frequentemente esse teatro do inimigo é armado, entre indivíduos supostamente espirituais; "a justa indignação" raramente se justifica.

Usualmente há muitas questões laterais em qualquer causa, que envolvem elementos do "ego", do orgulho e da carnalidade. A verdadeira justiça se semeia na Paz, e não na atmosfera da contenda.

"ORA, É EM PAZ QUE SE SEMEIA O FRUTO DA JUSTIÇA, PARA OS QUE PROMOVEM A PAZ(Tiago, 3:18).

A ira não pode servir de meio para converter os pecadores ao camino reto de DEUS; não pode produzir em outros essa disposição e transformação moral. Devemos ser gentis e cheios de tato, ao tratarr com as vidas alheias. E não há que duvidar que nenhum conflito aberto e nenhum emprego de força deve haver, forçando homens religiosos a aceitarem certas doutrinas, conforme tão frequentemente tem sucedido na igreja cristã. Também não se deve usar essa suposta "justa indignação", esse zelo ardente, é atiçado pelo inferno, totalmente estranho ao evangelho de CRISTO. Jonas afirmou: "É RAZOÁVEL A MINHA IRA" (Jon. 4:9). No entanto, estava equivocado. A ira do homem e a cólera jamais poderão contribuir para que o indivíduo seja bem visto aos olhos de DEUS, e nem poderão levar outrem à santidade. Deve-se contrastar essa atitude com aquilo que é ilustrado em 1 Tes.2:8: "ASSIM, QUERENDO-VOS MUITO, ESTÁVAMOS PRONTOS A OFERECER-VOS NÃO SOMENTE O EVANGELHO DE DEUS, MAS IGUALMENTE, A PRÓPRIA VIDA; POR ISSO QUE VOS TORNASTES MUITO AMADOS DE NÓS"

Ou com o que se lêm em 1 Tm. 2:8:

"QUERO, PORTANTO, QUE OS VARÕES OREM EM TODO LUGAR, LEVANTANDO MÃOS SANTAS, SEM IRA E SEM ANIMOSIDADE".

FONTES: Bíblia Sagrada

Livro - N.T. Interpretado

Wilson de Oliveira Carvalho

"O ódio aos outros frequentemente é sintoma de uma ferida interna em nós mesmos"

The Grea test Psychologist Who Lived: Jesus and the isdom of the soul

Mark W. Baker

Wil
Enviado por Wil em 15/01/2007
Código do texto: T347888