DIVINA GRAÇA

Se a gente vê uma freirinha idosa, de saúde deficiente, franzina, quase etérea, como a Irmã Dulce, de Salvador, tende a dizer, que está no fim, se acabando, é quase inválida. Nada disso, igual à figura mitológica de Atlas, ela carrega em seus ombros o peso do mundo, isto é, a misericórdia de milhares de sofredores.

Se conversarmos um pouco com Aurélio Costa, um caquinho de gente, sem pernas, amarrado em sua cadeira de rodas, pele e osso, quase surdo, somos tendentes a dizer “Este pobrezinho deve ter recebido uma moratória, mas já pertence ao outro lado”. No entanto, Aurino criou e dirige com amor e admirável eficiência, uma organização de amparo aos lesados, aos deficientes mentais...

Ela, católica, ele, espírita. Ambos não querem saber a que religião pertence o necessitado. Só querem ajudar.

Parece que Deus investiu muito pouco neles, ainda assim, são mais fortes do que um “musculado” narcisista, que depende horas egoisticamente, com seus altares.

Pedro Prudêncio de Morais
Enviado por Pedro Prudêncio de Morais em 11/02/2012
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