LITURGIA DA PALAVRA 01 ABRIL 2012

LEITURAS QUE SERÃO PROFERIDAS NO MUNDO TODO NAS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS NO PRÓXIMO DIA 01/04/2012

FONTE: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

ANIMADOR:

Iniciamos a Semana Santa comemorando a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, como um pobre, e aclamado pela multidão, como rei. Esse é o perfil do Filho de Homem, cuja realeza tem uma manifestação mais plena na cruz. Por isso, esta semana culmina com o Tríduo Pascal, que comemora o mistério da morte e ressurreição de Cristo, suprema solidariedade de Deus em favor dos homens. Neste sentido, hoje a coleta da Fraternidade é uma demonstração de amor e solidariedade com os que mais sofrem, sobretudo diante da situação precária da nossa Saúde Pública. Imitando o povo de Jerusalém, comemoremos a entrada triunfal de Jesus na cidade Santa, e, com Maria, fiquemos juntos dele aos pés da cruz.

RITOS INICIAIS

Solo: Hosana ao Filho de Davi!

Assembléia: Hosana ao Filho de Davi!

Bendito o que vem em nome do senhor! Rei de Israel, hosana nas alturas!

SAUDAÇÃO:

P- Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

T- Amém.

P- A graça e a paz de Deus, nosso Pai,e de Jesus Cristo, nosso Senhor,

estejam convosco.

T- Bendito seja Deus que nos reuniu do amor de Cristo.

P- Meus irmãos e minhas irmãs: durante as cinco semanas da

Quaresma, preparamos pos nossos corações pela oração, pela

penitência e pela caridade. Hoje aqui nos reunimos e vamos iniciar,

com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para

realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em

Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória

desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que,

associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua

ressurreição e de sua vida.

BÊNÇÃOS DOS RAMOS

P- Deus eterno e todo poderoso, abençoai + estes ramos, para que,

seguindo com alegria o Cristo, nosso Rei, cheguemos-nos por ele à

eterna Jerusalém.

Por Cristo, nosso Senhor.

T- Amém.

EVANGELHO (Mc 11,1-10)

P- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

1 Quando se aproximaram de Jerusalém, na altura de Betfagé

e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois

discípulos, (2)dizendo: “Ide até o povoado que está em frente,

e logo que ali entrardes, encontrareis amarrado um jumentinho

que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui!

3 Se alguém disser: ‘Por que fazeis isso?’, dizei: ‘O Senhor

precisa dele, mas logo o mandará de volta’”.

4 Eles foram e encontraram um jumentinho amarrado junto a

uma porta, do lado de fora, na rua, e o desamarraram.

5 Alguns dos que estavam ali disseram: “O que estais fazendo,

desamarrando este jumentinho?

6 Os discípulos responderam como Jesus havia dito, e eles

permitiram.

7 Trouxeram então o jumentinho a Jesus, colocaram sobre

ele seus mantos, e Jesus montou.

8 Muitos estenderam seus mantos pelo caminho, outros

espalharam ramos que haviam apanhado nos campos.

9 Os que iam na frente e os que vinham atrás gritavam:

“Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!

10 Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi!

Hosana no mais alto dos céus!”

P. Palavras da Salvação.

T. Glória a vós Senhor

LITURGIA DA PALAVRA

ANIMADOR:

Terminada a procissão de Ramos, entramos no clima da Paixão do Senhor, ouvindo piedosamente as leituras, que culminam com a narração da Paixão de Jesus.

PRIMEIRA LEITURA (Is 50,4-7)

Leitura do Livro do Profeta Isaías

4 O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba

dizer palavras de conforta à pessoa abatida; ele me desperta

cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um

discípulo.

5 O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás.

6 Ofereci as costas para me baterem a as faces para me

arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas.

7 Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei

abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra,

porque seu que não sairei humilhado.

- Palavras do Senhor

T- Graças a Deus

SALMO RESPONSORIAL 21(22)

MEU DEUS, MEWU DEUS, POR QUE ME ABANDONASTES, E FICAIS LONGE DE MEU GRITO E MINHA PRECE?

1. Riem de mim todos aqueles que me vêem, torce os lábios e

sacodem a cabeça: ao Senhor se confiou, ele o liberte e

agora o salve, se é verdade que ele o ama!

2. Cães numerosos me rodeiam furiosos e por um bando de

malvados fui cercado. Transpassam minha mão e os meus

pés e eu posso contar todos os meus ossos.

3. Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre eles

minha túnica. Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,

ó minha força, vinde logo em meu socorro!

4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da

assembléia hei de louvar-vos! Vós que temeis ao Senhor

Deus, dai-lhe louvores, glorificai-o, descendentes de Jacó!

SEGUNDA LEITURA (Fl 2,6-11)

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses

6 Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a

Deus uma usurpação, (7)mas ele esvaziou-se a si mesmo,

assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos

homens. Encontrado com aspecto humano, (8)humilhou-se a si

mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz.

9 Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que

está acima de todo nome.

10 Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na

terra e abaixo da terra, (11)e toda língua proclame:

“Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.

-Palavras do Senhor

T- Graças a Deus

PAIXÃO DE CRISTO

Evangelho (Mc 14,1-15.47: longo)

L1- Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Marcos

Faltavam dois dias para a Páscoa e para a festa dos ázimos. Os sumos sacerdotes e

os mestres da lei procuravam um meio para prender Jesus à traição, para matá-lo.

Eles diziam:

T- Não durante a festa, para que não haja um túmulo no meio do povo.

L1-Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Quando

estava à mesa, veio uma mulher com um vaso de alabastro cheio

de perfume de nardo puro, muito caro. Ela quebrou o vaso e

derramou o perfume na cabeça de Jesus.

Alguns que estavam ali ficaram indignados e comentavam:

T- Por que este desperdício de perfume? (5)Ele poderia ser vendido

por mais de trezentas moedas de prata, que seriam dadas aos

pobres.

L1- E criticavam fortemente a mulher. Mas Jesus lhe disse:

P- Deixa em paz! Por que aborrecê-las? Ela praticou uma boa ação

para comigo. Pobres sempre tereis convosco e quando

quiserdes podeis fazer-lhes o bem. Quanto a mim não me

tereis para sempre.

Ela fez o que podia: derramou perfume em meu corpo,

preparando-o para a sepultura. Em verdade vos digo, em

qualquer parte que o Evangelho for pregado, em todo o

mundo, será contado o que ela fez, come lembrança

do seu gesto.

L1- Judas Iscariote, um dos doze, foi ter com os sumos sacerdotes

para entregar-lhes Jesus. Eles ficaram muito contentes quando

ouviram isso, e prometeram dar-lhe dinheiro. Então, Judas

começou a procurar uma boa oportunidade para entregar

Jesus. No primeiro dia dos ázimos, quando se imolava o cordeiro

pascal, os discípulos disseram a Jesus.

T- Onde quer4es que façamos os preparativos para

comeres a páscoa?

L1- Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse:

P- Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá

ao vosso encontro. Segui-o e dizei ao dono da casa em que

ele entrar: “!O mestre manda dizer: onde está a sala em

que vou comer a Páscoa com mus discípulos?” Então ele

vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada

com almofadas. Ali fareis os preparativos para nós!

L1- Os discípulos saíram e foram a cidade. Encontraram tudo

como Jesus havia dito, e prepararam a páscoa. Ao cair

da tarde, Jesus foi com os doze. Enquanto estavam à

mesa comendo, Jesus disse:

P- Em verdade vos digo, um de vós, que come comigo, vai me trair.

L1- Os discípulos começaram a ficar tristes e perguntaram a

Jesus, um após outro:

L2- Acaso serei eu:

L1- Jesus lhe disse:

P- É um dos doze, que se serve comigo do mesmo prato.

O Filho do Homem segue seu caminho, conforme está escrito

sobre ele. Ai, porém, daquele que nt4rair o Filho do Homem!

Melhor seria que nunca tivesse nascido!

L1- Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo

pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo:

P- Tomai, isto é o meu corpo.

L1- Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e

todos beberam dele. Jesus lhe disse:

P- Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado

em favor de muitos. Em verdade vos digo, não beberei mais do

fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no

reino de Deus.

L1- Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das

Oliveiras. Então Jesus disse aos discípulos.

P- Todos vós ficareis desorientados, pois está escrito:

“Ferirei o pastor, e as ovelhas se dispersarão”. Mas depois

de ressuscitar, eu vos precederei na Galiléia.

L1- Pedro, porém, lhe disse:

L2- Mesmo que todos fiquem desorientados, eu não ficarei.

L1- Respondeu-lhe Jesus:

P- Em verdade vos digo, ainda hoje, esta noite, antes que

o galo cante duas vezes, três vezes tu me negarás.

L1- Mas Pedro repetiu com veemência:

L2- Ainda que tenha de morrer contigo, eu não te negarei.

L1- E todos diziam o mesmo. Chegados a um lugar chamado

Getêmani, disse Jesus aos discípulos:

P- Sentai-vos aqui, enquanto eu vou rezar!

L1- Levou consigo Pedro, Tiago e João, e começou a sentir

pavor e angústia. Então Jesus lhes disse:

P- Minha alma está triste até à morte. Ficai aqui e vigiai.

L1- Jesus foi um pouco mais adiante e, prostrando-se por terra,

rezava que, se fosse possível, aquela hora se

afastasse dele. Dizia:

P- Abbá! Pai! Tudo é possível: Afasta de mim este cálice! Contudo,

não seja feitro o que eu quero, mas sim o que tu queres!

L1- Voltando, enc0ontrou os discípulos dormindo. Então disse a Pedro:

P- Simão, tu estás dormindo? Não pudeste vigiar nem uma hora?

Vigiai e orai, para não cairdes em tentação! Pois o espírito está

pronto, mas a carne é fraca.

L1- Jesus afastou-se de novo e rezou, repetindo as mesmas

palavras. Voltou outra vez e os encontrou dormindo, porque

seus olhos estavam pesados de sono e eles não sabiam

o que responder. Ao voltar pela terceira vez, Jesus lhes

disse:

P- Agora podeis dormir e descansar. Basta! Chegou a hora!Eis

que o Filho do Homem é entregue nas mãos dos pecadores.

Levantai-vos! Vamos! Aquele que vai me trair já está chegando.

L1- E logo, enquanto Jesus ainda falava chegou Judas, um dos doze,

com uma multidão armada de espadas e paus. Vinham da

parte dos sumos sacerdotes, dos mestres da alei e dos anciãos do

povo. O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo:

L2- É aquele a quem eu beijar. Prendei-o e levai-o com segurança!

L1- Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo:

L2- Mestre!

L1- e o beijou. Então lançaram as mãos sobre ele e o prenderam.

Mas um dos presentes puxou a espada e feriu o empregado do

Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha. Jesus tomou a

palavra e disse:

P- Vós saístes com espada e paus para me prender, como se eu

fosse oum assaltante. Todos os dias eu estava convosco, no

templo, ensinando, de não me prendestes. Mas isso acontece

para que se cumpram as Escrituras.

L1- Então todos o abandonaram e fugiram. Um jovem vestido

apenas com um lençol, estava seguindo a Jesus, e eles o

prenderam. Mas o jovem largou o lençol e fugiu nu. Então

levaram Jesus ao Sumo Sacerdote, e todos os sumos sacerdotes,

os anciãos e os mestres da lei se reuniram. Pedro seguiu Jesus

de longe até o interior do pátio do Sumo sacerdote. Sentado

com os guardas, aquecia-se junto ao fogo. Ora os sumos

sacerdote e todo o sinédrio procuravam um testemunho

contra Jesus, para condená-lo à morte, mas não encontravam.

Muitos testemunhavam falsamente contra ele, mas seus

testemunhos não concordavam. Alguns se levantaram e

testemunharam falsamente contra ele, dizendo:

T- Nós o ouvimos dizer: “Vou destruir este templo feito pelas mãos

dos homens, e em três dias construirei outro, que não será feito

por mãos humanas!”

L1- Mas nem assim o testemunho deles concordava. Então, o

Sumo Sacerdote levantou-se no meio deles e interrogou a

Jesus:

L2- Nada tens a responder ao que estes testemunham contra ti?

L1- Jesus continuou calado, e nada respondeu. O Sumo

Sacerdote interrogou-o de novo:

L2- Tu és o Messias, o Filho de Deus bendito?

L1- Jesus respondeu:

P- Eu sou . E vereis o Filho do Homem sentado à direita do

Todo-Poderoso, vindo com as nuvens do céu.

L1- O Sumo Sacerdote rasgou suas vestes e disse:

L2- Que necessidade temos ainda de testemunhas? Vós o

ouvistes a blasfêmia!

L1- Então todos o julgavam réu de morte. Alguns começaram a

cuspir em Jesus. Cobrindo-lhe o rosto, o esbofeteavam e diziam:

T- Profetiza! Os guardas também davam-lhe bofetadas.

Pedro estava em baixo, no pátio. Veio uma criada do Sumo

Sacerdote, e, quando viu Pedro que se aquecia, olhou bem

para ele e disse:

L2- Tu também estavas com Jesus, o Nazareno!

L1- Mas Pedro negou, dizendo:

L2- Não sei e nem compreendo o que estás dizendo

L1- E foi para fora, para a entrada do pátio. E o galo cantou.

A criada viu Pedro de novo começou a dizer aos que

estavam perto:

L2- Este é um deles.

L1- Mas Pedro negou outra vez. Pouco depois, os que estavam

junto diziam novamente a Pedro:

T- É claro que tu és um deles, pois é da Galiléia.

L1- Aí Pedro começou a maldizer e a jurar, dizendo:

L2- Nem conheço esse homem de quem estais falando.

L1- E neste instante um galo cantou pela segunda vez.

Lembrou-se Pedro das palavras que Jesus lhe havia dito:

“Antes que um galo cante duas vezes, três vezes tu me

negarás”. Caindo em si, ele começou a chorar. Logo pela

manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres

da lei e todo o sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão.

Levaram Jesus amarrado e o entregaram a Pilatos.

E Pilatos o interrogou.

L2- Tu és o rei dos judeus?

L1- Jesus respondeu:

P- Tu o dizes.

L1- E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações contra

Jesus. Pilatos o interrogou novamente:

L2- Nada tens a responder? Vê de quantas coisas te acusam!

L1- Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que Pilatos

ficou admirado. Por ocasião das Páscoa, Pilatos soltava o

prisioneiro que eles pedissem. Havia então um preso chamado

Barrabás, entre os bandidos, que, numa revolta tinha cometido

assassinato. A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir

que ele fizessem como era costume. Pilatos perguntou:

L2- Vós quereis que eu solte o rei dos judeus:

L1- Ele bem sabia que os sumos sacerdotes haviam entregado

Jesus por inveja. Porém, os sumos sacerdotes instigaram a

multidão para que Pilatos lhes soltasse Barrabás. Pilatos

perguntou de novo:

L2- Que quereis então que eu faça com o rei dos judeus?

L1- Mas eles tornaram a gritar:

T- Crucifaca-o!

L1- Pilatos perguntou:

L2- Mas que mal ele fez?

L1- Eles, porém, gritaram com mais força:

T- Crucifica-o!

L1- Pilatos querendo satisfazer a multidão, soltou Barrabás,

mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado.

Então os soldados o levaram para dentro do palácio,

isto é, o pretório, e convocaram toda a tropa. Vestiram Jesus

com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a

puseram em sua cabeça. E começaram a saudá-lo:

T- Salve, rei dos judeus!

L1- Batiam lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e,

dobrando os joelhos, prostravam-se diante dele. Depois de

zombarem de Jesus tiraram-lhe o manto vermelho,

vestiram-no de novo com suas próprias roupas e o levaram

para fora, a fim de crucificá-lo. Os soldados obrigaram um certo

Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que voltava do

campo, a carregar a cruz. Levaram Jesus para o lugar

chamado Gólgota, que quer dizer “Calvário”. Deram-lhe vinho

misturado com mirra, mas ele não o tomou. Então o crucificaram

e repartiram suas roupas, tirando a sorte, para ver que parte

caberia a cada um. Eram nove hora da manhã quando o

crucificaram. E ali estava uma inscrição com o motivo de sua

condenação: “O rei dos judeus”. Com Jesus foram crucificados

dois ladrões, um à direita e o outro à esquerda. Os que por

ali passavam o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:

T- Ah! Tu que destróis o templo e o reconstróis em três dias,

salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!

L1- Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres

da lei, zombavam entre si:

T- A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! O Messias,

o rei de Israel...q7ue desça agora da cruz, para que vejamos

e acreditemos!

L1- Os que foram crucificados com ele também o insultavam.

Quando chegou o meio dia, houve escuridão sobre toda a

terra, até as três horas da tarde. Pelas três horas da tarde,

Jesus gritou com voz forte:

P- Eloi, eloi, lamá sabactani?,

L1- que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me

abandonaste?” Alguns dos que estavam ali perto,

ouvindo-o, disseram:

T- Vejam, ele está chamando Elias!

L1- Alguém correu e embebeu uma esponja em vinagre,

colocou-o na ponta de uma vara e lhe deu de beber,

dizendo:

L2- Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz.

L1- Então Jesus deu um forte grito e expirou.

(Ajoelhemo-nos...Levantemo-nos...)

L1- Neste momento a cortina do santuário rasgou-se de alto

a baixo, em duas partes. Quando o oficial do exército, que

estava bem em frente dele, viu que Jesus bhavia expirado, disse:

L2- Na verdade, este homem era Filho de Deus!

L1- Estavam ali também algumas mulheres, que olhavam de

longe; entre elas, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor

e de Joset, e Salomé. Elas haviam acompanhado e servido a

Jesus quando ele estava na Galiléia. Também muitas outras

que tinham ido com Jesus a Jerusalém, estavam ali. Era o dia

da preparação, isto é, a véspera do sábado, e já caíra a tarde.

Então, José de Arimatéia, membro respeitável do Conselho,

que também esperava o Reino de Deus, cheio de coragem,

veio a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos ficou admirado,

quando soube que Jesus estava morto. Chamou o oficial do

exército e perguntou se Jesus tinha morrido há muito tempo.

Informado pelo oficial, Pilatos entregou o corpo a José. José

comprou um lençol de linho, desceu o corpo da cruz e o

envolveu no lençol. Depois colocou-o num túmulo, escavado

na rocha, e rolou uma pedra à entrada do sepulcro. Maria

Madalena, e Maria, mãe de Joset, observavam onde

Jesus foi colocado.

– Palavras da Salvação

T. Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIO

O Domingo de Ramos é o dia que nos introduz na Semana da Paixão do Senhor. A Liturgia de hoje nos oferece dois evangelhos de Marcos; um para a bênção dos ramos e outro para a Liturgia da Palavra. Para nossa meditação, vamos nos ater ao evangelho da bênção dos ramos (Mc 11,1-10) que relata a entrada triunfal de Jesus em Belém.

Ao entrar em Jerusalém, Jesus é aclamado Rei. No entanto, Jesus é um Rei diferente. Ao contrário dos outros reis que andavam em carros de guerra, Jesus é um Rei manso, humilde e pacífico.

Um Rei capaz de lavar os pés de seus súditos, sem perder sua majestade. Jesus faz justiça devolvendo vida ao povo. E o povo o reconhece como seu Rei, seu Salvador. Por isso, estende seus mantos à sua passagem.

Certamente, enquanto o povo gritava Hosana! “Salva-nos!” os poderosos ficaram preocupados e agitados. A presença de Jesus sempre preocupa e é uma ameaça para aqueles que vivem às custas do suor do povo. A simples presença de Jesus já é um bom motivo para sonharmos com a liberdade.

A Campanha da Fraternidade deste ano nos impulsiona a lutar incansavelmente para que a saúde se difunda sobre a terra. O direito à saúde não pode ser negado a ninguém e, muito menos, deve ser privilégio dos mais abastados.

Como sempre, a Campanha da Fraternidade aborda um tema atual e está em sintonia com os planos de Deus. Jesus sempre pregou igualdade, fraternidade, justiça e deixou transparecer sua grande preocupação para com os doentes. Jesus nos convida a segui-lo e por em prática suas Palavras Quer ver-nos próximos do doente, do pobre e do marginalizado.

No entanto, as atividades libertadoras realizadas por Jesus, desafiam o poder opressor. A vinda do Rei-pobre exige muito de seus seguidores. Exige uma definição, ou o recusamos ou o aceitamos, não existe meio termo. Esse é o grande desafio para o cristão. Ficar com o verdadeiro ou com o falso. Ficar com o antigo ou aceitar a Nova Aliança.

Para ficar do lado de Jesus é preciso abrir mão do poder e assumir o serviço. É uma decisão difícil, que nos coloca numa posição incômoda. Não é fácil aceitar o convite do Salvador. Sua proposta de mudança é radical. Se trouxermos para os nossos dias, significa abrir mão dos grandes lucros e pensar com mais seriedade nos idosos, doentes, aposentados e desempregados.

O Rei é justo e exige preocupação com os dependentes químicos, com os enfermos e com os preços abusivos dos remédios. São mudanças que exigem desprendimento e renúncia; exigem solidariedade e amor ao próximo.

Paz é muito mais do que ausência de guerra. Por tudo isso, temos que ser fortes e assumir de verdade, para não permitir que se repita a mesma cena de dois mil anos atrás. É bom lembrar que os mesmos que exaltaram Jesus, também o condenaram. Exaltar Jesus é aderir ao seu Projeto.

Aderir ao Cristo significa mudar. Quem não muda e não assume o compromisso batismal, é como aquele que hoje estende o seu manto e grita “Hosanas!” e que, em menos de uma semana depois, se posiciona no meio da multidão para gritar: “Crucifica-o! Crucifica-o!”

Jesus espera ouvir-nos gritando Hosanas e apresentando-o ao mundo! Todos precisam conhecer o Verdadeiro Rei, conhecer a Boa Nova da sua presença entre nós. É hora de reconhecer o Rei na pessoa dos pequenos e sofredores. Jesus nos convoca a fazer parte de seu exército na luta contra os que fazem da morte o seu meio de vida.

O convite está feito. Recusar ou aceitá-lo é uma questão de livre escolha.

(1785)

jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br – 01/abril/2012

arquidiocese de são paulo
Enviado por Antônio Oliveira em 26/03/2012
Reeditado em 29/03/2012
Código do texto: T3577818