Já pregado em duro lenho
Por ingrato fariseus
Sem conforto o Homem Deus
Vai ao Gólgota expirar.
Vós que Jesus, amais constante,
Vinde, ó vinde, compungidos,
Seus derradeiros gemidos
Vinde, todos, escutar.
1) Pai perdoai-lhes, porque não sabem o que fazemPor ingrato fariseus
Sem conforto o Homem Deus
Vai ao Gólgota expirar.
Vós que Jesus, amais constante,
Vinde, ó vinde, compungidos,
Seus derradeiros gemidos
Vinde, todos, escutar.
Luc. 23,34
Coberto de mil crimes, a ti, senhor, eu clamo
Perdão eu não mereço, nem mais posso esperar
Mas ouve aquela voz que por mim roga, Ó Deus!
Já não podeis Senhor, deixar de perdoar.
Perdão eu não mereço, nem mais posso esperar
Mas ouve aquela voz que por mim roga, Ó Deus!
Já não podeis Senhor, deixar de perdoar.
2) Hoje mesmo estarás comigo no paraíso.
Luc. 23,43
Quando a morte vier entre horrores
Esta minha vida terrena cortar-me,
Ah! Senhor, tem de mim compaixão! Meu Senhor
Vem no transe funéreo ajudar-me
E depois este misero corpo
Vá minha alma contigo reinar.
3) Eis tua mãe, Eis Teu Filho.
Jo. 19 26, 27
Ah! volve a mim teus olhos,
Maria piedosa,
Mãe amorosa,
Pois sou teus Filho deves me guiar.
Do santo amor neste meu peito
A doce chama, ela, me acende
Um só instante;
Frio, inconstante,
Jamais serei,
Jesus, Maria
Sempre amarei.
Maria piedosa,
Mãe amorosa,
Pois sou teus Filho deves me guiar.
Do santo amor neste meu peito
A doce chama, ela, me acende
Um só instante;
Frio, inconstante,
Jamais serei,
Jesus, Maria
Sempre amarei.
4) Meu Pai por que me abandonaste?
Marc. 15,34
Do Pai abandonado,
Ó meu doce Jesus;
O teu imenso amor
A isto te conduz!
E eu, com as minhas culpas!
Por mísero prazer,
Te hei de abandonar?
Antes, meu Deus, morrer,
Não mais, não mais pecar!
Ó meu doce Jesus;
O teu imenso amor
A isto te conduz!
E eu, com as minhas culpas!
Por mísero prazer,
Te hei de abandonar?
Antes, meu Deus, morrer,
Não mais, não mais pecar!
5) Tenho sede.
Jo. 19,28
Qual lírio cândido
Se o céu ardente
Cruel recusar-lhe
Doce Frescor,
Pendido, lânguido,
Na haste mimosa
O viço, foge-lhe,
Foge-lhe a cor
Assim nas ânsias
Aflito, exangue,
De sede queixa-se
Ó meu Senhor
Quem é tão bárbaro
Que enquanto geme,
O refrigério
De poucas lágrimas
Lhe há de negar?
6) Tudo está consumado.
Jo. 19, 30
Tudo está já consumado
E Jesus com braço forte
Nos abismo, crua morte,
Vencedor, precipitou.
Quem nas culpas cai de novo
VOlve ao domínio fa morte
E perde a celeste vida
Quem Jesus lhe conquistou.
7) Pai, nas tuas mãos entrego o meu espirito.
Luc. 23,26
Morreu Jesus! já cobre-se
De negro manto o céu...
Duro rochedo quebram-se
Rasgou-se o sacro véu!
E o universo, atônito,
Lamenta o seu Senhor.
Só tu, não sentes, mísero,
A dor da natureza
Mais do que penhas ásperas
Serás tua dureza?
Já que teus crimes hórridos
Causaram tanta dor,
Lamenta o teu Senhor.