DIAS DE REFLEXÃO
(Sócrates Di Lima)

Infelizmente a humanidade repete os mesmos atos de havia dois mil anos atrás, não será necessário enumerá-los, está aí diante dos olhos de todos.
Do que adiante uma sexta-feira santa, um domingo de Páscoa, se esses dias são lembrados para comercializar ovos de Páscoa e peixes curtir a praia e tudo mais?
Deveria ser uma data de reflexão, distribuição de amor e solidariedade humana.
Contudo, nem tud...o está perdido, ainda existe uma população no mundo que faz alguma coisa para deixar Deus Feliz e é por isso, que ELE, ainda, acredita no homem.
Do que adianta fazer peregrinação, carregar uma cruz nas costas, chorar, se amanhã tudo será esquecido e continuarão fazendo as guerras, praticando o racismo, furtando, roubando, matando corrompendo, sendo corronpido.
Certo que você sozinho não mudará o mundo, mas, será um a menos a praticar a iniquidade.
Abra o seu coração mais uma vez e olhe para aqueles que sorririam com a sua compaixão, mesmo que seja uma palavra de conforto, de amor. Que Deus abençoe a todos.
Bem aventurado o homem que ainda tem o coração emotivo.



(Texto encontrado no Google)

Paixão e morte de Jesus é o desfecho de uma vida totalmente doada em favor do povo. Jesus é de tal modo obediente a Deus Pai, cumpridor de sua vontade, que a morte precoce se torna para ele inevitável.

Morrer não é o que Jesus deseja, nem o que o Pai projetou para seu Filho, mas é, acima de tudo, conseqüência de suas atitudes.

1º Jesus é a Verdade – Veio para revelar o Pai. Ao mostrar quem é o Pai, Jesus foi coerente, defensor e promotor da Justiça. Encontrou opositores, isto é, pessoas a quem não interessava a prática da justiça. Estavam acomodadas, acostumadas a uma vida injusta. Não aceitaram Jesus, nem sua proposta de mudança de vida. Não quiseram sua presença. Rechaçaram seus ensinamentos. Eliminaram sua pessoa.

 

2º Jesus ensinava e praticava a partilha. Partilha de alimento, de bens terrenos. E convidava todos a fazer o mesmo. Convidava os que queriam segui-lo a despojar-se dos bens materiais, a ter um coração livre para Deus e para o próximo. Ora, muitos possuidores de bens não se dispunham a despojar-se da riqueza, das próprias posses a fim de seguir Jesus. Em sua maioria essas pessoas pertenciam à classe dominante. Para elas, a proposta de Jesus não interessava. Por isso, uniram-se para tirar Jesus de circulação.

 

3º Jesus praticou e ensinou a praticar o serviço aos necessitados. Ele mesmo dizia: “O Filho do Homem veio não para ser servido, mas para servir.” Jesus chamava a atenção de seus discípulos, que discutiam quem deles era o maior. O maior – ensinava Jesus – é o servidor de todos. Neste sentido, emblemática dói a cena do lava-pés: Jesus se dobra diante de cada um dos apóstolos para lavar-lhes os pés: é o amor traduzido em serviço. Deixou-nos uma ordem: “Assim como eu fiz, também vocês façam o mesmo.”

Ora, a prática de Jesus estava bem longe do que as autoridades pensavam e de como se comportavam. O próprio Jesus nos dá o retrato do comportamento daquelas pessoas que exerciam o governo sobre o povo. Os reis e governadores tiranizam as nações. É isso mesmo, as autoridades, longe de beneficiar o povo, exploram-no.

Também nesse caso, a mensagem de Jesus encontrou pessoas de coração endurecido, impermeáveis, impenetráveis. A essas também não interessava a revolucionária presença e a doutrina de Jesus. Trataram de abreviar-lhe a vida.

 

4º Jesus era considerado ameaça ao poder político da época. Porque ele denunciava o poder opressor, diretamente o poder religioso em nome do qual se justificam outros poderes. Por isso, as autoridades do tempo de Jesus não fizeram nenhum esforço para entender sua missão. Não o defenderam diante da possibilidade de condenação; pelo contrário, o condenaram à morte, dizendo que ele queria apoderar-se do lugar do Imperador. Foi o caso de Pilatos, o governador, que optou por soltar um bandido (Barrabás) e mandou condenar Jesus à morte.

 

As circunstâncias, as pessoas, principalmente os que se sentiram incomodados com o projeto de Jesus – projeto de vida e liberdade para todos – foram os responsáveis principais pelo fim da vida terrena de Jesus.

Assim sendo, Jesus não caminhou para a morte como quem não sabe o que está acontecendo, assim de maneira inconsciente, para uma morte tola, sem sentido. Não. Jesus tinha clara consciência do seu fim, resultado de sua vida coerente, assentada na prática da verdade e da justiça.

Nos evangelhos fica bem claro por que matam Jesus. Matam – como a tantos antes e depois dele – por seu tipo de vida, pelo o que ele disse, pelo que fez… Matam Jesus porque estorvou, certamente. Como dizia há pouco, o drama da paixão e morte de Jesus é o desfecho, ou melhor, o coroamento de uma vida toda ela entregue a favor do povo.

Mas a vida de Jesus não termina na morte, como ele mesmo predisse “o Filho do Homem, isto é o Messias, ressuscitará no terceiro dia”. E assim se deu. Jesus não ficou preso nas malhas da morte, como se a morte fosse para ele uma fatalidade. Ao contrário, tendo passado pelo mar do sofrimento e da morte, ressurgiu glorioso e reassumiu o seu ambiente de origem: sentou-se à direita de Deus Pai. Não sozinho, mas levando consigo o povo que ele resgatara, o povo de Deus. Por conseguinte, Jesus que ressuscita dos mortos ressuscita com seu corpo – cabeça e membros – e assim volta para Deus. Assim, quando falamos da páscoa/passagem de Jesus, estamos nos referindo à páscoa/passagem do seu corpo, que é a Igreja, que somos nós. Não só Jesus passa pelo mistério da paixão, morte e ressurreição, mas todo o seu povo celebra e vive esse mistério.

 

QUINTA-FEIRA SANTA

Jesus, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,11)

Na quinta feira santa celebramos o mistério da instituição da Eucaristia. Jesus quis celebrar a páscoa com seus discípulos. A páscoa dos judeus fazia memória da libertação da escravidão no Egito. Além de ser acompanhada de salmos e orações próprias para a ocasião, a celebração previa como alimento um cordeiro, pão sem fermento, ervas amargas, e como bebida, algumas taças de vinho.

Qual é a novidade q eu Jesus traz para a última ceia? A novidade é que Jesus dá um novo sentido para o pão e o vinho. Com efeito, ele toma o pão, e diz aos discípulos: “Isto é o meu corpo que será entregue por vós”, e depois o parte e reparte entre os discípulos. Em seguida toma uma taça de vinho e diz: “Isto é o meu sangue, sangue da nova aliança, derramado por vós para remissão dos pecados”. Portanto, a novidade que Jesus introduz na última ceia é que o pão e o vinho se tornam seu corpo e sangue. E isso será para sempre: “todas as vezes que fizerem isso, façam em memória”. Isto significa que, doravante, celebrar a ceia do Senhor é fazer memória, isto é, tornar presente a sua doação, a sua entrega em favor da humanidade.

O que Jesus celebra de modo ritual na última ceia acontece na realidade sobre a cruz. Ou seja, realmente Jesus derrama seu sangue por nós. Morre por nós.

Na quinta-feira santa, Jesus nos surpreende com o conhecido e sempre lembrado gesto do lava-pés. Jesus dá atenção especial a todos e cada um dos apóstolos. Não descarta nenhum deles, nem mesmo Judas, que já tinha programado a traição do seu Mestre. Passa lavando os pés de cada apóstolo, expressando um gesto que era tarefa de servos. Mas Jesus é o Senhor que serve, pois, na sua comunidade, o maior é aquele que serve a todos – “Eu vos dei o exemplo – disse Jesus nessa ocasião – para que assim como eu fiz, façais também vós.

O lava-pés é gesto de serviço, de doação amorosa ao próximo.

SEXTA-FEIRA SANTA

“Um dos soldados transpassou-lhe o lado com a lança e logo saiu sangue e água” (Jo 19,34)

Jesus, no tribunal de Pilatos, recebe a sentença de morte. Sai, toma a cruz sobre os ombros e caminha para o lugar da crucificação. Caminho dificultoso, no meio da multidão de curiosos, muitos dos quais sem saber quem era o condenado; outros, principalmente um grupo de boas senhoras, fazendo lamentações por Jesus que as havia beneficiado com a palavra, o carinho, as curas…A imaginação nos permite visualizar, ao longo do caminho, alguns tombos de Jesus, oprimido pelo peso do madeiro. Um corpo fragilizado, sem ter tido tempo e condições para repousar, estende-se ao solo. Humilhação. Violência, agressão com palavras e com gestos por parte dos encarregados do cortejo para o sacrifício.

No calvário, faz o último despojamento de si mesmo: entrega suas vestes, entrega suas mãos para serem cravadas no madeiro, entrega sua mãe ao discípulo amado, e num grande suspiro entrega ao Pai seu espírito. Pronto. Tudo está consumado. Tudo foi cumprido em fiel obediência aos planos de Deus Pai. O dom maior, que é a vida de Jesus, acabava de ser ofertado em favor de toda a humanidade. A redenção deixou de ser promessa e se tornou um ato. Rompeu-se o bloqueio entre o céu e a terra. Nossa comunhão com Deus, arruinada pelo pecado, acabava de ser restabelecida pelo sangue derramado de Jesus.

 

SÁBADO SANTO

“Era o dia da Preparação, e o sábado começava a despontar..As mulheres tinham vindo da Galiléia com Jesus…observaram o túmulo e como o corpo de Jesus fora ali depositado, Em seguida voltaram e prepararam aromas e perfumes. E, no sábado, observaram o prescrito.” (Lc 23, 555-56)

Dia de silêncio e de oração; tempo de contemplação e de espera da ressurreição do Senhor.

 

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO

“O anjo disse às mulheres: “Não tenham medo. Eu sei o que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele, não está aqui. Ressuscitado como havia dito.”“ (Mt 28,5-6)

Na madrugada do primeiro dia da semana (domingo) algumas mulheres vão ao túmulo onde fora sepultado Jesus, e não vêem senão a pedra removida e o sepulcro vazio. Ficam, perplexos. Podemos imaginar o alvoroço. Correm para contar aos apóstolos. Estes tem dificuldade para acreditar que Jesus ressuscitou.

Várias aparições de Jesus às mulheres e os apóstolos em momentos e circunstâncias diferentes vão dando ao túmulo vazio. De fato Jesus está vivo e aparece a seus amigos. Devolve a eles a alegria e o conforto da sua presença. Reforça-lhes a fé e a esperança. Conforma-lhes a certeza de que o caminho para Deus agora está livre, desimpedido.

Cristo está vivo. É a vitória da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte. Tudo agora tem sentido: o calvário, a cruz, as quedas. O calvário não poderá ser o fim. Foi sim, a passagem para a glória.

(desconheço o autor)

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 15/06/2012
Código do texto: T3725340
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