Mate-me se for capaz

Mate-me, arrancando meu coração, desfigurando-o em pedaços minúsculos e queimando-os em fogo inquisitório. Tolo em sua ação, não sabe que é impossível matar a essência, nem sequer a substância.

Mate-me, atacando meus sentimentos, reduzindo-os a perversidade e insignificancia através de sua racionalidade. Tolo, não sabe que a razão é fria e limitada e que o amor é quente e infinito.

Mate-me, espalhando inverdades para abalar minha reputação. Tolo, não sabe que a consciência e a verdade são os maiores tesouros de um homem.

Mate-me, reduzindo meu corpo ao pó, apagando toda materialidade de minha existência. Tolo, não sabe que a morte é apenas aparente, que tudo é energia em constante transformação.

Mate-me, se for capaz de fazê-lo será o próprio criador, mas se não for capaz terá que em breve ou longo prazo responder por suas obras.