Via Crucis, o humano sempre presente!

Por que a morte de um homem da Judéia de família importante, mas que não era rica ou politicamente poderosa, atrai tanta gente e se mantém lembrada como um grande momento de dor para todos os homens e mulheres do mundo, mesmo para quem não é cristão, mas que eventualmente conhecem a história desse martírio?

A morte daquele homem, em condições tão humilhantes e dolorosas, relembrada a cada ano, nas diferentes representação da via-crucis, nos lembra de nossa capacidade de realizar o mal nas atitudes dos que pediram a sua morte na lugar de Barrabás, na daquele que o traiu, nas ações dos torturadores e dos executores, na omissão de Pilatos, na manipulação jurídica do Sinédrio e de Caifás, nos abusos de Herodes...

Porém também nos lembra da nossa imensa capacidade de realizar o bem mesmo quando todas as condições são desfavoráveis: nas atitudes de sua mãe, de seu irmão, de Madalena, de Simão Cirineu, de Verônica, das mulheres de Jerusalém...

E também, nas daquele homem que teve seu corpo marcado e carregava um peso imenso; que caiu três vezes, levantou-se e continuou; que se desesperou de dor e humilhação e gritou a Deus: por que me abandonastes?; que perdoou ao ladrão Simas e lhe prometeu o reino de Deus ainda naquele dia e que por fim roga a Deus o perdão a todos, pois toda a maldade é filha da ignorância: Eles não sabem o que fazem, disse pouco antes de declarar que tudo estava consumado.

Com a Via-Sacra podemos sempre lembrar que o caminho do bem e da virtude é uma escolha que pode exigir de nós que mesmo que tenhamos de cair muitas vezes, precisamos nos levantar e sigir em direção ao bem!