No amor, a paz verdadeira.

Todo mundo conhece alguém com alguma dificuldade para amar. Não estou me referindo a incapacidade de gostar de alguém ou de transar intensa e edonisticamente ou de deixar-se usar por alguém ou de usar-se dos outros. Estou me referindo a não ter medo de se aproximar e de ficar curioso e encantado com o outro e não deixar que o medo do novo da novidade impeça-o de se aproximar cuidadosamente e correr até o risco de assustar-se um pouco com a "coisa nova".

Há muita morte e medo numa alma assim! Nesse lugar onde a ideia de paz e tranquilidade é irmã dos silêncios de vozes e onde a poesia tem sempre uma intensão mesquinha e um gesto de carinho ou afeto é um ataque ao isolamento tão amado e venerado como um Deus Invisível, ou seja, essa é uma imponente forma de idolatria!

Conheço bem de perto pessoas assim... que se acham muito livres, mas como não entendem que a voz é a via de ligação entre as pessoas preferem o silêncio ou o discurso vazio, líquido, sem aproximações e mnemônico, adoram falas preferencialmente abstratas e irreais, a procura pela encantamento do mundo, nas pessoas reais e na vida.

Há porem almas ainda mais cheias de morte e dor ainda, pois são mortes e dores silenciosas, como uma hipertensão ou uma diabetes do espírito.

Têm dentro de suas almas um altar erigido à racionalidade formal e tola dos objetivos, metas e recurso como único meio de vida e expressão, ou seja, vivem num mundo de instrumentos e não de seres. Reificam a vida para sentirem-se vivos, pois esconderam seus corações em uma montanha de pedras.

Entre esse há os roubam as vozes, há os que escondem suas vozes, há os que preferem matar a voz alheia e... há os que se protegem com dureza na voz...

A paz amorosa é a paz dos discursos autênticos e sinceros que promovem o único remédio ao Medo e a única salvação para essas pessoas: a Esperança (que é a 2ª mais importante virtude para os cristãos e para tantas outras religiões). Fé, Esperança e Amor, assim se faz uma PAZ COM VOZ!