DÉCIMA SEGUNDA AULA DE TEOLOGIA.

DÉCIMA SEGUNDA AULA DE TEOLOGIA.

POR HONORATO RIBEIRO.

[Décima segunda aula].

Antes de iniciarmos a estudar o Novo Testamento devemos saber primeiro o que significa cristologia. É o estudo profundo da vida de Jesus. Mesmo fazendo-se um estudo profundo sobre Jesus, só chegaram, os exegéticos e historiadores um décimo de conhecimento de sua vida. Nove décimo é mistério e ninguém sabe de nada sobre a vida de Jesus, desde seu nascimento à sua ascensão aos céus. Ninguém sabe como eram os seus olhos, seu nariz, seus cabelos, seus dentes, a sua altura, onde morava, e com quem brincava, quando criança, e como adolescente; quem era seus colegas e como era a sua residência. Nada sobre a sua vida além dos relatos que existem nos quatro evangelhos ninguém sabe mais nada além dos que lemos no Novo Testamento. Repito: somente o que são relatados nos evangelhos e epístolas. Como também nenhum exegético sabe explicar como foi a ressurreição de Jesus. É entrar na mística, pois, Jesus ressuscitado, embora Lucas afirmasse que ele apareceu aos discípulos e pediu comida e comeu com eles, mesmo assim, é um grande mistério a sua ressurreição, pois, a casa onde os discípulos estavam de portas trancadas, Jesus apareceu no meio deles. Mas esse homem que conhecemos pelo nome de Jesus Cristo foi o único que afirmou um auto-biográfico sobre si mesmo. Nenhum homem criador de religiões, os filósofos da Grécia e de sistema político afirmou o que ele afirmou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; eu sou o pão descido do céu. Eu sou a ressurreição e a vida eterna. [o verbo está sempre no presente]. Quem comer desse pão viverá eternamente; Eu sou a luz do mundo; Eu sou a fonte de água viva, quem beber dessa água não terá mais sede; Eu e o Pai somos um só; quem vê o Pai, vê a mim; ninguém vai ao Pai se não por mim; Eu sou a videira e vós sois os ramos; Eu sou a ressurreição e a vida eterna; quem crer em mim não morrerá, mas terá a vida eterna. Esse é o Jesus Cristo que nos liberta das ciladas do mundo materialista e consumista. Nem Buda, nem Maomé, nem Confúcio, nem Moisés, nem Abraão, nem Sócrates e nem os homens mais inteligentes e sábios da Grécia e criadores de religiões e de sistema político afirmaram ser Deus, o Salvador da humanidade. Ninguém afirmou que só irá ao céu se for por intermédio de si mesmo dos seus ensinamentos. Nem um deles afirmou tudo que Jesus auto-afirmou e sobre si mesmo um dualismo: Quem me vê, vê aquele que me enviou, isto é, vê o Pai. E nenhum deles realizou prodígios e milagres que desafiassem os cientistas com suas novas tecnologias, os psicólogos, os psiquiatras controlassem seus psicossomáticos de si mesmos como Jesus. Não houve nenhum homem na história da humanidade que realizasse obras miraculosas como Jesus. Nenhum afirmou que ele seria ressuscitado e voltaria a viver eternamente eliminando e destruindo a morte. Somente Jesus afirmou que ele era o juiz e Deus. Eis o homem que nós iremos estudar e entender um pouquinho de tudo que ele realizou com o estudo teológico e cristológico. [Teo=Deus. Logia=estudo]. Para isso cada um deverá conhecer bem a língua portuguesa, a sua gramática, as flexões verbais e os textos bíblicos do AT e NT, senão, não irá entender nada sobre o que estamos lendo. Principalmente conhecer bem as leituras da Bíblia, desde o livro dos Gênesis ao Apocalipse, se não possuir esse conhecimento, não irá entender nada do que estamos escrevendo como forma de curso teológico. Darei um exemplo: “Por que reparas o cisco que está no olho do teu irmão quando não percebes a trave que está no teu olho?” [Mt 7, 3]. Todo mundo sabe o que é um cisco e o que é uma trave. Essa narração usa uma figura de exagero que chamamos de hipérbole. Fazendo uma exegese o texto está mostrando a tendência nossa de sempre ver os defeitos dos outros e esconder os nossos. A trave simboliza as incoerências, os defeitos em nós mesmos e não nos corrigimos para a perfeição a que nós fomos chamados. O cisco é bem menor e até difícil de ver. Vemos os pequenos erros de nosso irmão, enquanto nós cometemos maiores erros e mais denso mais resistíveis do que os erros que vimos no nosso próximo. O exagero hiperbólico que o texto mostra é uma realidade na vida de cada um de nós. Nascemos com a tendência de ser crítico dos outros e não de nós mesmos como um autocrítico.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 11/06/2013
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