SEPTUAGÉSIMA PRIMEIRA AULA DE TEOLOGIA.

SEPTUAGÉSIMA PRIMEIRA AULA DE TEOLOGIA.

POR HONORATO RIBEIRO.

Agora iremos explicar o que é liturgia eucarística. A Igreja Católica Apostólica Romana, desde os primórdios dos tempos, continua a celebração eucarística, que é a transubstanciação do pão no corpo de Jesus e o vinho no seu sangue. A Igreja continua a celebração com toda comunidade de fiéis a mesma celebração que Jesus celebrou na última ceia. “A Nova Aliança que será derramada por vós e por todos em remissão dos pecados. Fazei isso em memória de mim.” Quem celebra realmente a missa ou celebração eucarística [boa graça] é Jesus representado por um sacerdote e a comunidade. Jesus é o holocausto imolado no altar oferecendo ao Pai para a remissão dos pecados de toda a humanidade. A celebração eucarística, embora a igreja por tradição ou costume, celebre para as almas do purgatório, para um santo qualquer, missa de corpo presente, mas, verdadeiramente a celebração eucarística é unicamente Jesus se entregando ao Pai, imolado no altar como cordeiro, ofertando seu corpo ressuscitado gloriosamente para a remissão dos pecados da humanidade. Somente Ele é quem oferta ao Pai, sacrifício expiatório e salvífico a celebração eucarística. É o sacrifício incruento imolado no altar, onde é celebrado e ofertado ao Pai por toda humanidade e mais a ninguém, pois, o sacrifício não é individual, mas para todos, presentes e ausentes na celebração eucarística. O altar é a mesa do sacrifício incruento da Paixão, morte e ressurreição. Jesus é imolado como holocausto ofertando ao Pai para a remissão dos pecados nas espécies de pão e vinho. Para haver celebração terá de está presente a comunidade, pois, não é somente o presbítero que celebra ou é o celebrante, mas é ele e a comunidade. Mas a maioria dos católicos não sabe o significado da celebração eucarística [missa] e nem sabe distinguir entre missa e culto; nem sabe que a celebração eucarística é celebrada com o padre e a comunidade que também é a celebrante. Por não saber, diz: “Foi padre fulano quem celebrou a missa”. Ignora que ele também é o celebrante. Outros, bem pobre de doutrina, dizem após o culto por um leigo: “Quem celebrou a missa hoje foi o seminarista fulano; foi o diácono fulano”. Foi o ministro da eucaristia. Nenhum deles pode celebrar a eucaristia; porque não foi ordenado a presbítero. O católico que não conhece a doutrina eclesial da igreja e sua liturgia é um tipo de católico tradicionalista e pobre de catequese. Não sabe distinguir o que é culto e o que é missa e nem quando é que começa a celebração da missa, pois essa se inicia com a liturgia da palavra, que são as leituras: uma do Antigo Testamento e a outra de uma epístola, na maioria as de São Paulo. Depois das duas leituras o diácono ou o padre ler o evangelho, que depois de lido é feito a homilia, que somente o padre poderá fazê-la. Depois, segue-se a liturgia Eucarística. Já no culto não. Todas as leituras são feitas pelos leigos e a homilia também. No culto não há consagração do pão e vinho. Quem não fez ou recebeu uma catequese sobre a liturgia eucarística e os sete sacramentos deixados por Jesus: Batismo, crisma, eucaristia, confissão, unção aos enfermos, ordem e matrimônio não pode dizer ou afirmar: “Fui católico”. Ou eu sou católico. [Entre aspas]. De católico nunca foi e nunca entendeu de nada porque não foi catequizado. Apenas ia à igreja, mas nunca leu a Bíblia e ignorava a doutrina catequética da Igreja Católica.

O que é lecionário? Você que diz ser católico e até praticante sabe o que é lecionário? Ele é um livro litúrgico que está escrito o que tem na Bíblia. São as leituras litúrgicas que são selecionadas cuidadosamente para as celebrações de um Batizado, uma Crisma, um Casamento, uma Eucaristia, uma Ordenação, uma Bênção, etc. Que são os sacramentos ministrados pela igreja por um presbítero.

“Na liturgia romana há cinco Lecionários, mas as igrejas usam somente dois na sua liturgia anual nas celebrações eucarísticas.” São os lecionários dominicais e festivos, que são usados durante três anos: Ano A, B e C. Durante esses três anos. O ano A se faz a leitura do evangelho de São Mateus; no ano B, é lido o evangelho de São Marcos e Lucas é no ano C; e o evangelho de São João é reservado para ser proclamado no Natal, na quaresma e no tempo pascal. Oferece três leituras, uma do Novo Testamento ou apóstolo, e o Evangelho. “Há sempre um nexo temático entre o Evangelho e as de outras duas leituras de tal modo que se perceba que toda a Bíblia converge para os Evangelhos, como ponto de encontro com Jesus.” E o lecionário ferial é lido nas celebrações semanais. Nas semanas só há duas leituras: uma epístola e o evangelho do dia. Mas tudo são textos bíblicos. Também é lido um salmo antes da liturgia eucarística.

Para que haja missa ou celebração eucarística é preciso que tenham: O altar, o cálice, a patena, instrumento sagrado em forma de pratinho de metal dourado, que serve para cobrir o cálice e colocar a hóstia já consagrada. O corporal: é um pano de linho o qual o sacerdote estende no altar nele é colocado a hóstia e o cálice. Pala é um instrumento sagrado, quadriculado, revestido de pano de linho onde o sacerdote cobre o cálice. Galhetas são dois pequenos vasos que contêm um a água e o outro o vinho para a celebração. Lecionário: já explicamos acima. Manustégio é uma toalha de linho para o sacerdote purificar as mãos. Missal é o livro onde está escrito a palavra de Deus e sua liturgia. Teca é um pequeno instrumento sagrado onde é colocado hóstias para levar aos doentes; ou pelo sacerdote, diácono ou ministros da eucaristia. “Ambão é uma estante de madeira que é colocada ao lado do altar onde é lida a palavra de Deus e simboliza o sepulcro vazio de Jesus, onde parte o anúncio da Boa Nova e a Ressurreição de Jesus.” Há também, nas celebrações de missas festivas, o ostensório ou custódia, onde se coloca a hóstia consagrada: o Santíssimo Sacramento exposto para a adoração dos fiéis. Nessas missas festivas há o turíbulo um vaso de tampa suspenso por correntes, que coloca brasas acesas para ser colocado o incenso: resina aromática, que exala fumaça para os céus, quando o sacerdote incensa ao redor do altar. Um dos magos ofereceu ao menino Jesus, quando Ele nasceu em Belém. Após a consagração, Jesus está presente de corpo e alma na hóstia. Todos os fiéis poderão comungar, exceto quem cometeu adultério ou pecado mortal. Terá que confessar individualmente com o sacerdote. É um dos sete sacramentos: Penitência ou confissão. Só depois de si confessar poderá comungar. A confissão só tem valor para quem confessou se houver conversão, arrependimento. Lembremos da passagem da mulher adúltera que iria ser morta apedrejada: “Mulher, ninguém te condenou?” Não Mestre, respondeu a adúltera. Disse-lhe Jesus: “Nem eu te condenarei. Vá e não peques mais.” [Uma glosa esse relato]. Também quem não fez a primeira comunhão terá de haver uma preparação catequética para comungar. Hoje a igreja dá cursos para a primeira comunhão, para o batismo, pais e padrinhos, para a crisma e para o matrimônio. A igreja exorta todos os católicos: só poderá ser padrinho ou madrinha quem é casado e não vive em adultério, isto é, separou-se da mulher ou a mulher do marido vivendo com outra, não poderá ser padrinho ou madrinha.

O casamento religioso é indissolúvel. “Jesus respondeu: no princípio da criação, Deus fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e os dois, não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. [Carne significa o homem e a mulher total, isto é, todo o corpo biológico] Não separe, pois, o homem o que Deus uniu.” (Mc 10, 6-9). Se por acaso um morrer, ficar viúvo um dos dois, está livre para um novo matrimônio. É essa a doutrina da fé e da moral cristã. As igrejas evangélicas como não há sacramento nenhum, não têm essa doutrinação. Todos os sete sacramentos foram abolidos por Lutero, o criador do protestantismo, por isso as igrejas evangélicas não têm esses sacramentos. Existe o batismo, que é o de João Batista, que não é sacramento, mas sim batismo de penitência; como também o matrimônio e a consagração do pão e o vinho, que para essas igrejas não são sacramentos [sinal da presença de Deus] e sim simbolismo apenas. Por isso, nessas igrejas poderão casar-se várias vezes; é como o casamento civil, que depois do divórcio poderá se casar novamente. Para a Igreja Católica o casamento é indissolúvel. (Mc 10, 2-9). Quem é católico deverá saber de todas essas coisas que acabei de explicar. Também não pode ter uma fé ingênua e vulnerável, por qualquer um que condena a igreja católica e aponta citação solta na Bíblia, a pessoa acredita e acaba virando a cabeça e desistindo de ser católico. Todo o católico terá que saber a história da Igreja, [Eclesiologia], no tempo da Idade Média, terá que saber a sabedoria de Jesus, por exemplo: Se alguém que não é formado em teologia, exegese, eclesiologia, cristologia, não sabe nada da língua grega, cuja língua foi escrito o Novo Testamento, não sabe o que é Vulgata, e nem a historicidade a cristologia, não é reconhecido mundialmente como crítico ou cientista e que não sabe profundamente sobre hermenêutica, fala coisa com coisa sem saber de nada, e você, que é pobre de catequese e de doutrina cristã, cai nas lábias desses que se dizem saber de tudo, mas, realmente não sabem de nada. São realmente leigos e nada mais. Não se deixe levar com qualquer anúncio de jornal, que faz sensacionalismo ou alguma revista, como a que publicou O Código Da Vinci e achar que é verdade tudo que falou a revista e o livro. [Como assistir ao filme je vous sali Marie e acreditar como verdade]. Não poderá discutir ou entrar em polêmica com pessoa de outra igreja, pois, se você não está preparado ou não foi catequizado, é melhor se calar, mas não vai deixar morrer sua fé por causa de quem também não sabe de nada sobre cristologia, teologia, exegese e eclesiologia. Ele apenas está chutando no gol sem nunca ser craque ou jogasse futebol.

Para terminar esse texto vou explicar o que é Eclesiologia: Eclesiologia é o ramo da teologia cristã que trata da doutrina da Igreja: seu papel na salvação, sua origem, sua disciplina, sua forma de relacionar com o mundo, seu papel social, as mudanças ocorridas, as crises enfrentadas, suas doutrinas, a relação com outras denominações e sua forma de governo. Portanto, você não pode ficar perturbado, quando alguém ou notícias de jornais e revistas falar contra a Igreja Católica Apostólica Romana, pois não conhece de historicidade, eclesiologia, teologia, exegese, para criticar com ofensas caluniosas. Lembre-se, também, que a igreja que não é perseguida não é a de Cristo, pois Ele mesmo afirmou essa veracidade. A Igreja representa a justiça. A igreja que não assume a combater as injustiças política e social, não poderá ser a igreja fundada e inaugurada por Jesus.

hagaribeiro.

Zé de Patrício
Enviado por Zé de Patrício em 12/08/2013
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