A Força Misteriosa

Há aproximadamente 3 mil anos, o rei Davi fez de Jerusalém a capital do antigo Israel. Nessa ocasião, o monarca israelita comprou do jebuseu Araúna uma faixa de terras pela quantia de 600 siclos de ouro , com dimensões de 491 m no lado oriental, 462 m no lado ocidental, 310 m no lado norte, e 281 m no lado sul, perfazendo 148.996 m². Poucos anos depois, sobre esse imóvel, o rei Salomão, seu filho, ergueu o Templo de Jerusalém. Atualmente, sobre essa área de terras encontram-se erguidas a Mesquita de Omar e a Mesquita Al-Aqsa.

Muitas décadas depois, o rei Salomão contratou os serviços do engenheiro e artífice Hiram (Hirão) Abiff, judeu fenício, para que este comandasse a construção do templo que edificou, e cuja inauguração se deu em 952 a.C.

Nos dias em que o povo hebreu deixou o Egito em direção a Canaã (a atual Palestina) e estabeleceu acampamento na região do Monte Sinai, o Eterno instruiu Moisés a consagrar a linhagem de Arão para comandar os serviços religiosos. Isso posto, do ano 1440 a.C. a 189 a.C., essas atividades eclesiásticas foram assim processadas. Entretanto, após essa data, as atividades religiosas passaram a ser exercidas por um banqueiro. É que Antíoco III, do Império Selêucida, ao ser derrotado pelas tropas romanas comandadas pelo cônsul Caio Flamínio, na Batalha de Magnésia, Roma exigiu-lhe indenizações de guerra tão elevadas, que o imperador, para honrar o tributo anual, passou a vender o cargo de sumo sacerdote dos templos de seus domínios territoriais.

Do ano 167 a.C. a 63 a.C., período de tempo em que Israel foi governado pelos Macabeus, estes usaram o título de sumo sacerdote. Também, quando o general romano Cneu Pompeu conquistou Israel, o cargo de sumo sacerdote continuou sendo exercito por alguém da linhagem macabeia, até que, no ano 37 a.C., o Senado romano nomeou Herodes, o Grande, rei da Judeia (o nome de Israel desse período), e este designou um banqueiro saduceu para o cargo de sumo sacerdote.

Dentre as tantas esposas que teve esse monarca idumeu, a judia Mariana, da linhagem dos Macabeus, foi uma delas, e com a qual teve filhos. E, quando da estada do imperador romano, Otávio Augusto, em Jerusalém, Herodes mandou matar Aristóbulo, filho que teve com Mariana, ao acusá-lo de tramar para tomar-lhe o trono. Então, para evitar que o monarca idumeu matasse seu neto, Herodes Agripa, filho de Aristóbulo, que tinha 3 anos de idade, ao regressar a Roma, Augusto levou consigo o garoto Agripa, que foi criado na corte romana com Calígula e Cláudio, estes, futuros imperadores romanos. E, ao se tornar imperador, Calígula nomeou Agripa rei da Judeia, e a governou do ano 37 a 44 da Era Cristã, com o título de Herodes Agripa I.

Tanto o rei Herodes, o Grande, e o sumo sacerdote judaico, como também sumo sacerdotes posteriores, trabalharam arduamente para eliminar a Jesus de Nazaré e a seus seguidores. Essa elite podre formava uma sociedade secreta não oficialmente instituída para defender o Judaísmo, e isso evidencia a existência da Maçonaria ainda antes mesmo dela ser instituída pelo neto do monarca idumeu que governou o antigo Israel.

Assim, trilhando o rastro sanguinário do poder político-religioso judaico contra o Cristianismo, no ano 43 da Era Cristã, após anos de perseguição religiosa, Herodes Agripa I convocou figuras exponenciais palacianas e criou uma sociedade secreta para dar cabo ao crescimento vertiginoso dos seguidores do Nazareno. A esse rabi de classe humilde, Agripa I o chamava de Impostor. Nessa reunião secreta, aos presentes ao evento, o monarca judeu mencionou que Jesus Cristo deu início a uma revolução espiritual e política, e que esta passou a abalar os fundamentos do Judaísmo, devido a seu grande poder, e que esse poder foi deixado como herança a seus seguidores.

Para o rei Agripa I, Jesus Cristo atribuía a si mesmo o poder de realizar milagres, como ainda alegava ser o Messias prometido pelas Escrituras Sagradas, fato que incomodava o monarca. Segundo o soberano judeu, esse rabi não passava de um ser comum; e, portanto, jamais deveria ser aceito pelos judeus como o Messias, e nem ser reconhecida sua divindade.

Nesse evento secreto, o monarca declarou que seus antepassados perseguiram a Jesus Cristo e a seus seguidores, e que ele daria continuidade a esse processo, ao enfatizar: "(...) nós o crucificamos, ele morreu e o enterramos, deixando guardas que vigiaram o seu túmulo. Porém alega-se que ele se levantou, ressuscitou! (...) Nossos pais a atacaram e nós continuamos a atacá-la. E apesar de tudo, espantoso! O seu número aumenta a cada dia. Observai junto comigo como o filho se separa de seu pai, o irmão de seu irmão, a filha de sua mãe, todos se alienando a si próprios para se juntarem àquele grupo. Esse assunto oculta um grande segredo. Quantos homens, quantas mulheres, quantas famílias inteiras abandonaram a religião judaica de modo a seguirem esses impostores, partidários de Jesus Cristo. Quantas vezes elas não foram ameaçadas pelos sacerdotes e pelas autoridades, em vão!"

Essa reunião secreta foi constituída por 9 membros palacianos – Herodes Agripa I, Hiram Abiud, Moab Levy, Adoniram, Johanan, Jacob Abdar, Antipas, Salomão Aberon e Ashad Abia. Hiram Abiud, conselheiro do monarca, sugeriu que o nome da sociedade secreta fosse conhecido como A Força Misteriosa, porque, segundo ele, existia algo misterioso como uma mão, uma força, um segredo, um mistério em ação, para a qual não oferecemos resistência, como se tivéssemos perdido nossas forças para defender o Judaísmo.

Então, dirigindo-se ao monarca, Abiud declarou: “Majestade, baseado na evidência de que não existe meio eficaz para incorporar as nossas ideias, nem uma esperança firme de atacar esta força, indubitavelmente misteriosa, não há alternativa senão estabelecermos uma força misteriosa, semelhante àquela. Eu cheguei à conclusão de que é nosso inevitável dever, a não ser que Vossa Majestade tenha uma ideia melhor, em estabelecer uma associação de grande poder para que essa possa reunir as forças judaicas ameaçadas por esta misteriosa força. É aconselhável que ninguém saiba nada a respeito desta fundação, os seus princípios, e suas ações. Apenas aqueles a quem Vossa Majestade escolher como fundadores conhecerão os segredos da fundação".

Com a criação de A Força Misteriosa, esta teve o firme propósito de extirpar as raízes da semente sagrada semeada pelo Messias e seus seguidores. Foi assim que, ao longo do Século I, devido a ação dessa força destrutiva, inserida em comunidades judaicas espalhadas pelo mundo de então, a Maçonaria perseguiu cruelmente aqueles que espalharam a mensagem do Evangelho, e cujos registros encontram-se devidamente registrados em livros do Novo Testamento; e, em especial, no livro de Atos dos Apóstolos.

Ainda bem antes dessa sociedade secreta ser oficialmente institucionalizada, o apóstolo Paulo de Tarso, quando ainda no Judaísmo, na condição de membro do Sinédrio judaico, autorizou a morte de Estevão , por apedrejamento, como também se destacou como um severo perseguidor de tantos outros seguidores de Jesus Cristo.

Por volta do ano 34, aos 28 anos de idade, o algoz Paulo de Tarso, membro do Sinédrio, cidadão romano, advogado, fariseu eloquente e poliglota afamado, tornou-se seguidor do Nazareno, aquele a quem anteriormente perseguia. E, dessa data até o ano de 66, quando foi decapitado por uma espada romana, fora das muralhas de Roma, nos dias do imperador Nero, Paulo tornou-se uma pessoa perseguida pela A Força Misteriosa, esta já oficialmente institucionalizada pelo monarca judeu.

Extraído do livro – A Babel Illuminati

Autor – RNF Cerqueira

Livraria - http://www.livrariaixtlan.com.br/a-babel-illuminati-rnf-cerqueira.html

Os direitos autorais do autor estão devidamente protegidos.

RNF Cerqueira
Enviado por RNF Cerqueira em 28/09/2013
Reeditado em 28/09/2013
Código do texto: T4502046
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