LITURGIA DA PALAVRA 10 NOVEMBRO 2013

LEITURAS QUE SERÃO PROFERIDAS NO MUNDO TODO NAS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS NO PRÓXIMO DIA 10/11/2013

FONTE: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM

ANIMADOR:

Reunidos para celebrar o mistério pascal, somos chamados a testemunhar a nossa fé e a nossa esperança em Cristo. Neste Ano da Fé, que já se encaminha para o seu solene encerramento, renovemos nossa confiança em Deus e nossa adesão ao mistério revelado por Jesus. Dessa forma, seremos fiéis anunciadores do Reino e praticantes da caridade que brota do amor.

ANIMADOR:

Ouçamos com atenção as leituras que alimentam nossa fé.

PRIMEIRA LEITURA (2Mac 7,1-2.9-14) Leitura do Livro dos Macabeus

Naqueles dias, (1) aconteceu que foram presos sete irmãos,

com sua mãe, aos

quais o rei, por meio de golpes de chicote e de nervos de boi,

quis obrigar a comer

carne de porco, que lhes era proibida.

2 Um deles, tomando a palavra em nome de todos, falou assim:

“Que pretendes? E que procuras saber de nós? Estamos

prontos a morrer antes que violar as leis de Nossos pais”.

9 O segundo, prestes a dar o último suspiro, disse: “Tu, ó

malvado, nos tiras desta vida presente. Mas o Rei do universo

nos ressuscitará para uma vida eterna, a nós que morremos

por suas leis”.

10 Depois deste, começaram a torturar o terceiro. Apresentou a

língua logo que o intimidaram e estendeu corajosamente

as mãos.

11 E disse, cheio de confiança: “Do Céu recebi estes membros;

por causa de suas leis os desprezo, pois do Céu espero

recebê-los de novo”.

12 O próprio rei e os que o acompanhavam ficaram impressionados com

a coragem desse adolescente, que considerava os sofrimentos

como se nada fossem.

13 Morto também este, submeteram o quarto irmão aos mesmos

suplícios desfigurando-o.

14 Estando quase a expirar, ele disse: “Prefiro ser morto pelos

homens tendo em vista a esperança dada por Deus, que um

dia nos ressuscitará. Para ti, porém, ó rei, não haverá

ressurreição para a vida!”

. Palavras do Senhor

Graças a Deus

SALMO RESPONSORIAL 16(17)

AO DESPERTAR ME SACIARÁ VOSSA

PRESENÇA E VEREI A VOSSA FACE!

1. Ó Senhor, ouvi a minha justa causa

escutai-me e atendei o meu clamor!

Inclinai o vosso ouvido à minha prece,

pois, não existe falsidade nos meus lábios.

2. Os meus passos eu firmei na vossa estrada

e, por isso, os meus pés não vacilaram.

Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis,

inclinai o vosso ouvido e escutai-me!

3. Protegei-me, qual dos olhos a pupila

e guardai-me, à proteção de vossas asas!

Mas eu verei, justificado, a vossa face e,

Ao despertar, me saciará vossa presença.

SEGUNDA LEITURA (2Ts 2, 16-3,5)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.

Irmãos, (16) nosso Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que

nos amou em sua graça e nos proporcionou uma consolação

eterna e feliz esperança, (17)animem os vossos corações e

vos confirmem em toda boa ação e palavra.

3,1 Quanto ao mais, irmãos, rezai por nós, para que a palavra

do Senhor seja divulgada e glorificada como foi entre vós.

2 Rezai também para que sejamos livres dos homens maus e

perversos, pois nem todos têm a fé! 3 Mas o Senhor é fiel;

ele vos confirmará e vos guardará do mal.

4 O Senhor nos dá a certeza de que vós estais seguindo e

sempre seguireis as nossas instruções.

5 Que o Senhor dirija os vossos corações ao amor de Deus e à

firme esperança em Cristo.

- Palavra do Senhor.

T. Graças a Deus

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO

EVANGELHO (Lc 20,27-38)

P. O Senhor esteja convosco.

T. Ele está no meio de nós.

P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

T. Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, (27) aproximaram-se de Jesus alguns saduceus

que negam a ressurreição, (28)e lhe perguntaram: “Mestre,

Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado

e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de

garantir a descendência para o seu irmão.

29 Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem

deixar filhos.

30 Também o segundo (31)e o terceiro se casaram com a viúva.

E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos.

32 Por fim, morreu também a mulher.

33 Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete

estiveram casados com ela”.

34 Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as

mulheres casam-se, (35) mas os que forem julgados dignos

da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura,

nem eles se casam nem elas se dão em

casamento; (36) e já não poderão morrer, pois serão

iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram.

37 Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na

passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de

Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’.

38 Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos

vi vem para ele”.

- Palavra da Salvação.

T. Glória a vós, Senhor

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Neste Evangelho, encontramos Jesus rodeado por alguns doutores da lei, chamados saduceus, que o procuraram para testá-lo, para colocá-lo a prova.

O grupo dos saduceus era formado por sacerdotes e leigos da alta sociedade. Eram pessoas ricas e influentes, subordinadas aos romanos e por isso, odiadas pelo povo e também pelos fariseus. No entanto, Apesar da aparente inimizade, por diversas vezes, fariseus e saduceus, uniram-se para combater Jesus.

Encontrar alguma falha em Jesus era para eles uma obsessão. Os saduceus não acreditavam na ressurreição dos mortos e negavam a Providência Divina. Para tentar justificar sua descrença, quiseram saber a opinião de Jesus a respeito da Lei de Moisés que dispunha sobre o matrimônio.

Toda nossa inteligência e raciocínio estão muito longe de entender o que nos espera na eternidade, mas pelo visto, querer enxergar as coisas de Deus com olhos humanos é coisa antiga. Com os saduceus era assim e parece que deles, herdamos a mesma mania.

Assim como os saduceus, nós também temos um conceito bem distorcido a respeito da vida eterna. Encaramos a eternidade como uma simples continuidade desta vida. Preocupamos-nos inclusive, em juntar tesouros, como se fôssemos realmente levá-los e utilizá-los no Paraíso.

Uma certeza nós temos: maravilhas que os olhos humanos jamais viram, Deus Pai reservou para nós no Céu. No entanto, não conseguimos entender a amplitude dessas maravilhas. Nossa postura com relação à vida eterna é parecida com a posição de um migrante ou turista. Parece que vamos somente para uma nova cidade, estado ou país, onde os nossos sonhos serão realizados.

Nosso entendimento é tão limitado, que nos leva a traçar um comparativo com as coisas boas que conhecemos. Por isso achamos que essas maravilhas de Deus se resumem em saúde, segurança, conforto, terra, emprego e uma série de coisas que almejamos, sempre relacionadas com nosso dia-a-dia.

A primeira resposta de Jesus, aos saduceus ressalta que o matrimônio é uma instituição deste mundo em que homens e mulheres morrem. A finalidade do casamento é conservar a espécie, através de novos nascimentos. Mas isso é uma necessidade apenas para este mundo.

Ao professarmos nossa fé, afirmamos que cremos na ressurreição da carne e na vida eterna, portanto, após a ressurreição, não haverá mais morte nem nascimento. A alma não morre, porém a carne ressuscitará e assumirá um corpo imortal, semelhante aos anjos, por isso não haverá necessidade da união entre esposa e marido.

Nunca é demais lembrar que, na mesma oração de profissão de fé, também afirmamos que cremos que Jesus Cristo Ressuscitado, virá para julgar os vivos e os mortos. Por tudo isso, devemos viver a justiça e o amor, pois Jesus disse também que o justo não conhecerá a morte eterna.

A fé e a esperança na ressurreição devem se traduzir num compromisso em defesa da vida. Sabemos o que isso implica para nós enquanto comunidade. Acreditar no Deus dos vivos nos leva a lutar contra a opressão e injustiças. A certeza da ressurreição deve transformar vizinhos em irmãos.

jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br - 10/novembro/2013

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO - JORGE LORENTE
Enviado por Antônio Oliveira em 03/11/2013
Reeditado em 06/11/2013
Código do texto: T4554075
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