LITURGIA DA PALAVRA 13 ABRIL 2014

LEITURAS QUE SERÃO PROFERIDAS NO MUNDO TODO NAS CELEBRAÇÕES DAS SANTAS MISSAS NO PRÓXIMO DIA 13/04/2014

FONTE: www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

DOMINGO DE RAMOS. FOLHETO DUPLO

ANIMADOR:

Iniciamos a Semana Santa, em que comemoramos os últimos atos de Jesus para consumar a sua missão neste mundo. A bênção e a procissão dos Ramos, que agora iniciamos, fazem memória da entrada triunfal de Jesus na Cidade santa, imagem da Nova Jerusalém que acolhe o seu Senhor com júbilo. Participemos deste rito solene, depois mergulhemos no mistério da Paixão.

APÓS A BÊNÇÃO DOS RAMOS, TEMOS A LEITURA DO PRIMEIRO EVANGELHO

Evangelho (Mt 21,1-11)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, (1) Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém e chegaram a

Betfagé, no monte das Oliveiras. Então Jesus enviou dois discípulos, (2) dizendo-lhes:

“Ide até o povoado que está ali na frente, re logo

encontrareis uma jumenta amarrada, e

com ela um jumentinho. Desamarrai-a e trazei-os a mim!

3 Se alguém vos disser alguma coisa, direis: ‘O Senhor

precisa deles, mas logo os devolverá’”.

4 Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo profeta:

5 “Dizei à filha de Sião: Eis que o teiú rei vem a ti, manso e

montado num jumento, num jumentinho, num potro de jumenta”.

6 Então os discípulos fora e fizeram com Jesus lhes havia mandado.

7 Trouxeram a jumenta e o jumentinho e puseram sobre

eles suas vestes, e Jesus montou.

8 A numerosa multidão estendeu suas veste pelo caminho,

enquanto outros cortavam

ramos das árvores, e os espalhavam pelo caminho.

9 As multidões que iam na frente de Jesus e os que o

seguiam., gritavam: “Hosana ao

Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!

Hosana no mais alto dos céus!”

10 Quando Jesus entrou em Jerusalém a cidade inteira se

agitou, e diziam: “Quem é este homem?” E as multidões

respondiam: “Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia”.

- Palavra da Salvação

T. Glória a voz, Senhor.

LITURGIA DA PALAVRA

ANIMADOR:

Neste dia em que comemoramos a solene entrada de Jesus na Cidade Santa, ouçamos as leituras que narram como a paixão de Jesus transformou Jerusalém no palco dos eventos que culminaram com a nossa salvação.

PRIMEIRA LEITURA (Is 50,4-7)

Leitura do Livro do |Profeta Isaias

4 O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu

saiba dizer palavras de conforto à

pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita

o ouvido, para prestar atenção como um discípulo.

5 O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem volteis atrás.

6 Ofereci as costas para me baterem e as faces para me

arrancarem a barba; não desviei o rosto de

bofetões e cusparadas.

7 Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me

deixei abater o ânimo, conservei o

rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.

- Palavras do Senhor

T – Graças a Deus!

SALMO RESPONSORIAL (Sl 21(22)

Ó MEU DEUS E MEU PAI, POR QUE ME ABANDONASTES,

CLAMO A VÓS E NÃO ME OUVIS?

1 Riem de mim todos aqueles que me vêem, torcem os

lábios e sacodem a cabeça: ao

Senhor se confiou, ele o liberte e agora o salve, se é

verdade que ele o ama!

2 Cães numerosos me rodeiam furiosos e por um bando de

malvados fui cercado.

Transpassaram minhas mãos e os meus pés e eu posso

contar todos os meus ossos.

3 Eles repartem entre si as minhas vestes e sorteiam entre

eles minha túnica.

Vós porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, ó minha

força, vinde logo em meu socorro!

4 Anunciarei o vosso nome a meus irmãos e no meio da

assembléia hei de louvar-vos!

Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,

glorificai-o, descendentes de Jacó!

SEGUNDA LEITURA (Fl 2,6-11)

Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.

6 Jesus Cristo existindo em condição divina, não fez do

ser igual a Deus uma usurpação (7) mas ele

esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e

tornando-se igual aos homens. Encontrado com

aspecto humano, (8) humilhou-se a si mesmo, fazendo-se

obediente até a morte, e morte de cruz.

9 Por isso Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o

nome que está acima de todo nome.

10 Assim ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu,

na terra e abaixo da terra, (11) e toda língua proclame:

“Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai.

Palavra do Senhor

T- Graças a Deus.

EVANGELHO (Mt 26,14-27)

LEITOR 1:

Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, (14) um dos doze discípulos, chamado

Judas Iscariotes, foi ter com os

sumos sacerdotes (15) e disse:

LEITOR 2:

O que me dareis se vos entregar Jesus?

LEITOR 1:

Combinaram, então, trinta moedas de prata.

16 E daí em diante Judas procurava uma oportunidade

para entregar Jesus.

17 No primeiro dia da festa dos ázimos, os discípulos

aproximaram-se de Jesus e perguntaram:

TODOS:

Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?

LEITOR 1:

18 Jesus Respondeu:

PADRE:

Ide a cidade, procurai certo homem e dizei-lhe:

O mestre manda dizer: o meu tempo está próximo,

vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com os meus discípulos.

LEITOR 1:

19 Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa.

20 Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos.

21 Enquanto comiam, Jesus disse:

PADRE:

Em verdade dos digo, um de vós vai me trair.

LEITOR 1:

22 Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram

a lhe perguntar:

LEITOR 2:

Senhor, será que sou eu?

LEITOR 1:

23 Jesus respondeu:

PADRE:

Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato.

24 O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura

a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o

Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!

LEITOR 1:

25 Então Judas, o traidor, perguntou:

LEITOR 2:

Mestre, serei eu?

LEITOR 1:

Jesus lhe respondeu:

PADRE:

Tu o dizes.

LEITOR 1:

26 Enquanto comia, Jesus tomou um pão e, tendo

pronunciado a bênção, partiu-o, distribuindo-o aos

discípulos: e disse:

PADRE:

Tomai e comei, isto é o meu corpo.

LEITOR 1:

27 Em seguida, tomou um cálice, deu graças e entregou-lhes dizendo:

PADRE:

Bebei dele todos.

28 Pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança que é

derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados.

29 Eu vos digo: de hoje em diante não beberei desse fruto

da videira, até ao dia em que, convosco beberei o vinho

novo do Reino do meu Pai.

LEITOR 1:

30 Depois de terem cantado salmos, foram para o monte da Oliveiras.

31 Então Jesus disse aos discípulos:

PADRE:

Essa noite, vós ficareis decepcionados por minha causa.

Pois assim diz a Escritura:

“Ferirei o pastor de as ovelhas do rebanho se dispersarão”.

32 Mas, depois de ressuscitar, eu irei à vossa frente para a Galiléia.

LEITOR 1:

33 Disse Pedro a Jesus:

LEITOR 2:

Ainda que todos fiquem decepcionados por tua causa,

eu jamais ficarei.

LEITOR 1:

34 Jesus lhe declarou:

PADRE:

Em verdade eu te digo, que esta noite,m antes que o

galo cante, tu me negarás três vezes.

LEITOR 1:

35 Pedro respondeu:

LEITOR 2:

Ainda que eu tenha de morrer contigo, mesmo assim não te negarei.

LEITOR 1:

E todos os discípulos disseram a mesma coisa.

36 Então Jesus foi com eles a um lugar mamado

Getsêmani, e disse:

PADRE:

Sentai-vos aqui, enquanto eu vou até ali para rezar!

LEITOR 1:

37 Jesus levou consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu,

e começou a ficar triste e angustiado.

38 Então Jesus lhes disse:

PADRE:

Minha alma está triste até á morte. Ficai aqui e vigiai comigo!

LEITOR 1:

39 Jesus foi um pouco mais adiante, prostrou-se com o

rosto por terra e rezou:

PADRE:

Meu Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice.

Contudo, não seja feito como eu quero; mas sim como tu queres.

LEITOR 1:

40 Voltando para junto dos discípulos, Jesus encontrou-os

dormindo, e disse a Pedro

PADRE:

Vós não fostes capazes de fazer uma hora de vigília comigo?

41 Vigiai e rezai, para cairdes em tentação; pois o espírito

está pronto, mas a carne é fraca.

LEITOR 1:

42 Jesus afastou-se pela segunda vez e rezou:

PADRE:

Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que eu

beba, seja feita a tua vontade!

LEITOR 1:

43 Ele voltou de novo e encontrou os discípulos dormindo,

porque seus olhos estavam pesados de sono.

44 Deixando-os, Jesus afastou-se e rezou pela terceira vez,

repetindo as mesmas palavras.

45 Então voltou para junto dos discípulos e disse:

PADRE:

Agora podeis dormir e descansar. Eis que chegou a

hora e o Filho do Homem é entregue nas mãos dos pecadores.

46 Levantai-vos! Vamos! Aquele que me vai trair,

já está chegando.

LEITOR 1:

47 Jesus ainda falava, quando veio Judas, um dos doze,

com uma grande multidão armada de espadas e paus.

Vinham a mandado dos sumos sacerdotes e dos

anciãos do povo.

48 O traidor tinha combinado com eles um sinal, dizendo:

LEITOR 2:

Jesus é aquele que eu beijar; prendei-o!

LEITOR 1:

49 Judas logo se aproximou de Jesus, dizendo:

LEITOR 2 :

Salve , Mestre!

LEITOR 1:

E beijou-o.

50 Jesus lhe disse:

PADRE:

Amigo, a que viste?

LEITOR 1:

Então os outros avançaram, lançaram as mãos sobre

Jesus e o prenderam

51 Nesse momento, um dos que estavam com Jesus

estendeu a mão, puxou a espada, e feriu o servo do sumo

sacerdote, cortando-lhe a orelha.

52 Jesus, porém, lhe disse:

PADRE:

Guarda a espada na bainha! Pois todos os que usam

a espada, pela espada morrerão.

53 Ou pensas que eu não poderia recorrer ao meu Pai e

ele me mandaria logo mais de doze legiões de anjos?

54 Então, como se cumpriram as Escrituras, que dizem

que isso deve acontecer?

LEITOR 1:

55 E naquela hora, Jesus disse à multidão

PADRE:

Vós viestes com espadas e paus para me prender,

como se eu fosse um assaltante. Todos os

dias, no Templo, eu me sentava para ensinar, e vós

não me prendestes.

LEITOR 1:

56 Porém, tudo isso aconteceu para se cumprir o

que os profetas escreveram. Então todos os

discípulos, abandonando Jesus fugiram.

57 Aqueles que prenderam Jesus levaram-no à casa do

sumo sacerdote Caifás, onde estavam reunidos os

mestres da lei e os anciãos.

58 Pedro seguiu Jesus de longe até o pátio interno da

casa do sumo sacerdote. Entrou e sentou-se com os

guardas para ver como terminaria tudo aquilo.

59 Ora, os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam

um falso testemunho contra Jesus a fim de

condená-lo à morte.

60 E nada encontraram, embora se apresentassem

muitas falsas testemunhas. Por fim, vieram duas

testemunhas (61) quem afirmaram:

TODOS:

Este homem declarou: posso destrruir o templo de Deus

e construí-lo de novo em três dias”.

LEITOR 1:

62 Então o Sumo Sacerdote levantou-se e perguntou a Jesus:

LEITOR 2:

Nada tens a responder ao que estes testemunham contra ti?

LEITOR 1:

63 Jesus, porém, continuava calado. E o Sumo Sacerdote lhe disse:

LEITOR 2:

Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o

Messias, o Filho de Deus.

LEITOR 1:

64 Jesus respondeu:

PADRE:

Tu dizes. Além disso, eu vos digo que de agora em diante

vereis o Filho do Homem sentado à direita do

Todo-poderoso, vindo sobre as nuvens do céu.

LEITOR 1:

65 Então o sumo sacerdote rasgou suas vestes e disse:

LEITOR 2:

Blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas?

Pois agora mesmo vós ouvistes a blasfêmia.

66 Que vos parece?

LEITOR 1:

Responderam:

TODOS:

É réu de morte!

LEITOR 1:

69 Pedro estava sentado fora, no pátio. Uma criada

chegou perto dele e disse:

LEITOR 2:

Tu também estavas com o Galileu!

LEITOR 1:

70 Mas ele negou diante de todos:

LEITOR 2:

Não sei o que tu estas dizendo.

LEITOR 1:

71 E saiu para a entrada dói pátio. Então uma outra criada

viu Pedro e disse aos que estavam ali.

LEITOR 2:

Este homem também estava com Jesus, o Nazareno.

LEITOR 1:

72 Pedro negou outra vez, jurando:

LEITOR 2:

Nem conheço esse homem!

LEITOR 1:

73 Pouco depois, os que estavam ali aproximaram-se de

Pedro e disseram:

TODOS:

É claro que tu também és um deles, pois o teu modo

de falar te denuncia.

LEITOR 1:

74 Pedro começou a maldizer de a jurar, dizendo que não

conhecia esse homem! E nesse instante o galo cantou.

75 Pedro se lembrou do que Jesus tinha dito: “Antes que

o galo cante, tu me negarás três vezes”. E saindo dali,

chorou amargamente.

27,1 De manhã cedo, todos os sumos sacerdotes e os

anciãos do povo convocaram um conselho contra Jesus,

para condená-lo à morte.

2 Eles o amarraram, levaram-no e o entregaram

a Pilatos o governador.

3 Então Judas, o traidor, ao ver que Jesus fora

condenado, ficou arrependido e foi devolver as

trinta moedas de prata aos sumos sacerdotes

e aos anciãos, (4) dizendo:Pequei, entregando

à morte um homem inocente.

LEITOR 1:

Eles responderam:

TODOS:

O que temos nós com isso? O problema é teu.

LEITOR 1:

5 Judas jogou as moedas no santuário, saiu e foi se enforcar.

6 Recolhendo as moedas, os sumos sacerdotes disseram:

TODOS:

É contra a lei colocá-las no tesouro do templo, porque

é preço de sangue.

LEITOR 1:

7 Então discutiram em conselho e compraram com elas o

Campo do Oleiro, para aí fazer o cemitério dos estrangeiros.

8 É por isso que aquele campo até hoje é chamado de

Campo de Sangue.

9 Assim se cumpriu o que tinha dito o profeta Jeremias:

“Eles pegaram as trinta moedas de

prata – preço do precioso, preço com que os filhos

de Israel o avaliaram – (10) e os deram

em troca do Campo do Oleiro, conforme o Senhor me ordenou!

11 Jesus foi posto diante do governador, e este o interrogou:

LEITOR 2:

Tu és o rei dos judeus?

LEITOR 1:

Jesus declarou:

PADRE:

É como dizes,

LEITOR 1:

(12) e nada respondeu, quando foi acusado pelos

sumos sacerdotes e anciãos.

13 Então Pilatos perguntou:

LEITOR 2:

Não estás ouvindo de quantas coisas eles te acusam?

LEITOR 1:

14 Mas Jesus não respondeu uma só palavra., e o governador

ficou muito impressionado.

15 Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar

o prisioneiro que a multidão quisesse.

16 Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso,

chamado Barrabás.

17 Então Pilatos perguntou à multidão:

LEITOR 2 :

Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus,

a quem chamam de Cristo?

LEITOR 1:

18 Pilatos bem sabia que eles haviam entregado

Jesus por inveja.

19 Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua

mulher mandou dizer-lhe:

LEITOR 2:

Não te envolvas com esse justo, porque esta noite,

em sonho, sofri muito por causa dele.

LEITOR 1:

20 Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos

convenceram as multidões para que pedissem

Barrabás e que fizesse Jesus morrer.

21 O governador tornou a perguntar:

LEITOR 2:

Qual dos dois quereis que eu solte?

LEITOR 1:

Eles gritara,m

TODOS

Barrabás.

LEITOR 1:

22 Pilatos perguntou:

LEITOR 2:

Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?

LEITOR 1:

Todos gritaram:

TODOS

Seja crucificado!

LEITOR 1:

23 Pilatos falou:

LEITOR 2:

Mas, que mal ele fez?

LEITOR 1:

Eles, porém, gritaram com mais força:

TODOS

Seja crucificado

LEITOR 1:

24 Pilatos viu que não conseguia e que poderia haver

uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos

diante da multidão, e disse:

LEITOR 2:

Eu não sou responsável pelo sangue deste homem.

Este é um problema vosso!

LEITOR 1:

25 O povo todo respondeu:

TODOS:

Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos.

LEITOR 1:

26 Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus,

e entregou-o para ser crucificado.

27 Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao

palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele.

28 Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto

vermelho; (29) depois teceram uma coroa de espinhos,

puseram a coroas em sua cabeça, e uma vara em sua

mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e

zombaram, dizendo:

TODOS:

Salve, rei dos judeus

LEITOR 1:

30 Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça.

31 Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e,

de novo o vestiram com suas próprias roupas.

Daí o levaram para crucificar.

32 Quando saiam, encontraram um homem chamado Simão,

da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus.

33 E chegaram a um lugar chamado Gólgota que quer dize

“lugar da caveira”.

34 Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber.

35 Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio,

repartindo entre si as suas vestes.

36 E ficaram ali sentados, montando guarda.

37 Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua

condenação: “Este é Jesus, o rei dos judeus”.

38 Com ele também crucificaram dois ladrões,

uma direita e o outro à esquerda de Jesus.

39 As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando

a cabeça dizendo:

TODOS:

Tu que ias destruir o templo e construí-lo de novo em três

dias, salva-te a ti mesmo! Se és o

Filho de Deus, desce da cruz!

LEITOR 1:

41 Do mesmo modo, os sumos sacerdote e os anciãos,

também zombaram de Jesus:

TODOS:

42 A outros salvou... a si mesmo não pode salvar!

É rei de Israel... Desça agora da cruz! E acreditaremos nele.

43 Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama!

Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus.

LEITOR 1:

44 Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram

crucificados co m Jesus, o insultavam.

45 Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve

escuridão sobre toda a terra.

46 Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:

TODOS:

Eli, Eli, lama sabactâni?

LEITOR 1:

Quer quer dizer: “Meu Deus, meu Deus,

por que me abandonaste?”

47 Alguns que ali estavam, ouvindo-o, disseram:

TODOS:

Ele está chamando Elias!

LEITOR 1:

48 E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a

em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara,

e lhe deu para beber.

49 Outros, porém, disseram:

TODOS:

Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!

LEITOR 1:

50 Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.

(TODOS SE AJOELHAM EM SILÊNCIO E, A SEGUIR, SE LEVANTAM)

LEITOR 1:

51 E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo,

em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram.

52 Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos

ressuscitaram!

53 Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus,

apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas.

54 O oficial e os soldados que estavam com ele

guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo o que havia

acontecido, ficaram com muito medo e disseram:

“Ele era mesmo o Filho de Deus!”

55 Grande número de mulheres estava ali, olhando de longe.

Elas haviam acompanhado Jesus desde a Galiléia,

prestando-lhe serviços.

56 Entre elas estava Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago

e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

57 Ao entardecer veio um homem rico de Arimatéia, chamado

José, que também se tornara discípulo de Jesus.

58 Ele foi procurar Pilatos e pediu o corpo de Jesus.

Então Pilatos mandou que lhe entregassem o corpo.

59 José, tomando o corpo, envolveu-o num lençol

limpo. (60) e o colocou e,m um túmulo novo, que havia

mandado escavar na rocha. Em seguida, rolou uma grande

pedra para fechar a entrada do túmulo, e retirou-se.

61 Maria Madalena e a outra Maria estavam ali sentadas,

diante do sepulcro.

62 No dia seguinte, co mo era o dia depois da preparação

para o sábado, os sumos sacerdotes e

os fariseus foram ter com Pilatos, (63) e disseram:

TODOS:

Senhor, nós nos lembramos de que quando este impostor

ainda estava vivo, disse: “Depois de três dias eu ressuscitarei!”

64 Portando, manda guardar o sepulcro até ao terceiro dia,

para não acontecer que os discípulos venham roubar o corpo

e digam ao povo: “Ele ressuscitou dos mortos”” pois essa

última impostura seria pior do que a primeira.

LEITOR 1:

65 Pilatos respondeu:

LEITOR 1:2

Tendes uma guarda. Ide e guardai o sepulcro como

melhor vos parecer.

LEITOR 1:

66 Então eles foram reforçar a segurança do sepulcro:

lacraram a pedra e montaram guarda.

- Palavras da salvação

T. Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

O Domingo de Ramos nos introduz na Semana da Paixão do Senhor. A Liturgia de hoje nos oferece dois evangelhos de Mateus; um para a bênção dos ramos (Mt 21,1-11) e outro para a Liturgia da Palavra (Mt 26,14-27.66). Para nossa meditação, vamos nos ater ao evangelho da bênção dos ramos que relata a entrada triunfal de Jesus em Belém.

Uma grande multidão se apresenta empunhando ramos de palmeira e de oliveira. Gritam hosanas e aclamam: “Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o Filho de Davi!” Quando Jesus entrou em Jerusalém, a cidade ficou agitada e todos perguntavam: “Quem é este homem?”

Jesus, ao contrário dos reis que andavam em carros de guerra, em imponentes cavalos entra em Jerusalém montado num jumentinho. Jesus é um Rei manso, humilde e pacífico. Mas, ao mesmo tempo, esse Rei é também forte e firme.

Jesus faz justiça devolvendo vida aos excluídos, humildes e necessitados. E o povo o reconhece como seu Rei, seu Salvador. Por isso, estende seus ramos e seus mantos à sua passagem.

Enquanto o povo gritava “Hosana!” - “Salva-nos!” os poderosos ficaram preocupados e agitados. A presença de Jesus é uma ameaça para aqueles que vivem às custas do suor do povo. A simples presença de Jesus já é motivo para sonharmos com a liberdade. Onde Jesus está presente, a opressão está ausente.

As atividades libertadoras realizadas por aquele chamado de o profeta Jesus de Nazaré da Galileia desafiam o poder opressor. A vinda do Rei-pobre exige opção, exige uma definição, ou o recusamos ou o aceitamos, não existe meio termo. Esse é o grande desafio. Ficar com o verdadeiro ou com o falso. Ficar com o antigo ou aceitar a Nova Aliança.

Jesus se molda ao nosso modo de ser. É como um sapato confortável e, ao mesmo tempo, é também como aquela pedrinha incômoda que aparece não sabemos de onde. Para estar com ele é preciso abrir mão do poder e assumir o serviço. É dificílima essa decisão, por isso ainda hoje essa dúvida nos incomoda.

Não é fácil aceitar a proposta do Salvador. Todos aguardavam um rei vingador e rodeado de soldados para exterminar os inimigos do povo. A decepção é geral, o Rei se apresenta exigente, sem armas e com propostas de mudanças.

Mudanças radicais que se trouxermos para os dias de hoje significam abrir mão dos grandes lucros e pensar mais seriamente nos desempregados, nos aposentados, nos idosos e menores abandonados. O Rei exige preocupação com os índios, com os enfermos, e com os preços abusivos dos remédios e impostos.

Todas essas mudanças exigem muito de cada um de nós. Exigem desprendimento e renúncia. Exigem humildade, solidariedade e amor ao próximo. Exigem adesão e muito cuidado para não repetirmos a mesma cena daquela época.

Aderir ao Cristo significa mudar e cuidar para não assumirmos a mesma postura daqueles a quem criticamos, e chamamos de assassinos. É bom lembrar que os mesmos que exaltaram Jesus, também o condenaram.

Mudar significa gritar a Boa Nova da presença de Deus entre nós. É recusar ou aceitá-lo. Quem não muda e não assume o seu compromisso batismal é como aquele que hoje estende o seu manto e grita “Hosana! Hosana!” e que alguns dias depois, lá está, no meio da multidão e gritando: “Crucifica-o! Crucifica-o!”

jorge.lorente@miliciadaimaculada.org.br – 13/abril/2014

arquidiocese de são paulo e jorge lorente
Enviado por Antônio Oliveira em 09/04/2014
Reeditado em 11/04/2014
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