O Desafio Que Nos Levará, ao Renovo Imortal.

Aqui no capítulo quinze da primeira carta aos coríntios o apóstolo Paulo trata de assuntos que nosso intelecto dificilmente pode ou poderá entender, mas, somente no momento que vivenciarmos o entenderemos. Durante todo capítulo ele discorre sobre temas como a ressurreição, o corpo que teremos após a ressurreição, a transformação necessária de cada Cristão. Se fossemos discorrer sobre cada assunto seria necessário um livro com vários capítulos. Então nesta feita nós estudaremos os últimos versículos deste capítulo onde ele nos mostra três importantes itens que deve ser presente na vida e na mente de todos os Cristãos.

1 – Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. (1Co 15:53). Aqui ele nos ensina sobre a necessidade da mudança nos versículos anteriores ele fala sobre a semente que ao ser semeada morre para que nasça a árvore, mas, a árvore mesmo que seja diferente da semente traz nela o princípio da semente. Ele está ensinando aos de sua época e também para nós que a morte não é o fim, mas, sim a continuidade da vida de um Cristão. Ele afirma que tal como somos, e com este corpo que possuímos, não estamos preparados para habitar no Reino de Deus, ou seja, podemos estar bem equipados para enfrentar a vida neste mundo, mas não para a vida no mundo vindouro. Por exemplo: Qualquer pessoa pode correr para alcançar seu trem da manhã, mas para competir em uma maratona deve fazer um longo e árduo treinamento; uma pessoa pode nadar em uma piscina, mas para competir em um campeonato de natação, terá que se preparar e treinar muito, ou seja, terá que se transformar em um nadador ou em um maratonista. O ser humano tem que mudar sempre para entrar num grau de vida mais alto. Paulo insiste em que em primeiro lugar antes de poder entrar no Reino de Deus devemos mudar. Interiormente aqui na terra, quando deixamos de lado a solidariedade com Adão, e buscamos seguir a vida em amor e verdade com Cristo Jesus, mesmo que isso custe a abnegação dos prazeres e desejos. E após o advento desta mudança virá a mudança completa onde o mortal se tornará imortal.

2 – E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. (1Co 15:54). Aqui Paulo faz uma declaração triunfante, que ninguém precisa temer a mudança. Ou seja, à morte, o ser humano sempre temeu e teme a morte. E por que tememos a morte? Em parte a tememos por termos medo do desconhecido, e, ai passamos pela vida fugindo da morte ou tentando explicá-la. Também o apego pelas coisas deste mundo nos faz apegarmos a uma sobrevivência as vezes dolorosa e forçada. Há também um outro tipo de medo que a sombra da morte nos traz, e este provém da consciência de ter pecado. Se o ser humano sentisse que pode encontrar-se com Deus facilmente, e com consciência limpa de pecado, então morrer seria, como uma doce e suave volta para casa. E, é deste terceiro tipo medo que Paulo trata aqui neste versículo; o medo que vem da consciência do pecado. Mas de onde provém essa consciência de pecado? Reside na sensação de estar sob a lei: O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. (1Co 15:56). Ele diz isso para que os legalistas da época olhassem além da lei, porque enquanto o homem veja em Deus só a lei de justiça, se encontrará para sempre na posição de um criminoso perante diante de Deus, sem esperanças de absolvição e com a segurança da condenação. Mas quando ele diz o seguinte: Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. (1Co 15:57). Ele está afirmando que, Jesus veio exatamente para abolir isto. Veio para nos dizer que Deus não é lei, mas sim amor; que o centro do ser de Deus não é a legalidade, mas sim a graça; que nos dirigimos não a um juiz, mas sim a um Pai que espera que seus filhos cheguem ao lar. E justamente devido a isso Jesus Cristo nos deu a vitória sobre a morte, e o temor a ela desaparece na maravilha do eternal amor de Deus.

3 – E ao terminar este capítulo, Paulo faz o que para ele é comum de. Ele num repente converte a teologia em um desafio e faz isso quando diz: Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. (1Co 15:58). As especulações intelectuais se tornam intensamente em um desafio a prática transformadora; o voo da mente se converte repentinamente numa demanda de ação. Ele nos exorta a caminharmos servindo em amor e verdade, sempre cumprindo o maior mandamento de Jesus, que é o amor, amor capaz de perdoar e de servir o perdoado. Desafio de buscarmos enxergar com o olhar do amor, que aquele que hoje errou amanhã se arrependerá e estará conosco novamente no caminho de Deus. Desafio de seguirmos firmes e inabaláveis o propósito de Deus para nossas vidas, que é a vida eterna.

E o que aprendemos aqui? Aprendemos que a vida cristã pode ser difícil, mas a meta vale imensamente a luta do caminho. E que mesmo diante de uma aparente perda, em Cristo sempre seremos vitoriosos. E que vale a pena sempre praticar o bem, mesmo que seja em detrimento de certos prazeres ou desejos que o mundo possa nos ofertar. E está sabença se firma na ressurreição de Jesus Cristo. Porque hoje vivemos na terra, usamos da terra, temos um corpo terreno, mas, em um tempo certo teremos uma vida no reino de Deus, diante de Deus em um corpo espiritual.

Que o amor de Deus Pai nos torne um em Cristo Jesus.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 29/08/2014
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