Jerusalém Celestial a Cidade da Inclusão.

A cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são iguais. Mediu também a sua muralha, cento e quarenta e quatro côvados, medida de homem, isto é, de anjo. (Apo 21:16,17) Quando estudamos esta passagem que está no livro da revelação (Apocalipse), vemos que João tinha em mente a passagem do livro do profeta Ezequiel, no capítulo quarenta versículo três. E quando estudamos a história do povo israelita duas coisas se faz aparente no que diz respeito medição da Cidade Santa.

1 – Em primeiro lugar, a forma da cidade. A cidade santa tinha a forma cúbica, segundo os historiadores e quase todas as cidades eram construídas na forma de um quadrado por exemplo: Babilônia e Nínive tinham esta forma. Mas a cidade santa tinha uma peculiaridade, não era somente quadrada, mas também cúbica. A altura era idêntica à longitude e à largura. Isto é muito significativo, pois está peculiaridade trazia consigo o símbolo da perfeição. Para o povo da época forma cúbica era a forma perfeita. Tanto que vemos Platão e Aristóteles na Grécia antiga chamar de cúbicos aos homens que trazia consigo alguma perfeição. E está maneira de pensar também fazia do pensamento judeu. E vemos a forma quadrada no altar das ofertas queimadas e no peitoral dos sumo sacerdotes, (Êx 27:1; 30:2; 28:16). Vemos também isso acontecer em outras passagens do livro de Ezequiel, (Ez 41:21; 43:16; 45:2; 48:20). E podemos ver a importância da forma cúbica no templo que salomão construiu, pois o Santos dos Santos era cúbico: No mais interior da casa, preparou o Santo dos Santos para nele colocar a arca da Aliança do SENHOR. Era o Santo dos Santos de vinte côvados de comprimento, vinte de largura e vinte de altura; cobriu-o de ouro puro. Cobriu também de ouro o altar de cedro. (1Rs 6:19,20). Até aqui entendemos então que a forma cúbica era o símbolo da perfeição total, e isso nos leva a entender que a nova Jerusalém é o Santíssimo em perfeição total. E Deus Pai se fará presente em toda a cidade, sendo assim, nas ruas da Nova Jerusalém Deus está presente de maneira tão plena e perfeita como no Santíssimo do Templo da antiga Jerusalém. E nós como habitantes da Nova Jerusalém, habitaremos com Deus e em Deus, e nisto podemos confiar pois está é a promessa de Jesus Cristo: Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou. (Joã 14:1-4).

2 – Mas a algo mais interessante na Nova Jerusalém, quando observamos as dimensões da cidade vemos que: Cada lado da cidade mede 12.000 estádios sabendo que cada estádio perfazia uma medida linear de cento e oitenta e cinco metros. Chegaremos a uma medida de 4.928.400Km², É uma cidade com o tamanho de uma grande nação, Esta magnitude implica um simbolismo. Não se trata apenas de representar uma dimensão gigantesca de uma cidade. O que João deixa transparecer é que na Nova Jerusalém haverá lugar para todos, ou seja, nela há espaço suficiente para todos que nela quiserem habitar. Isso nos leva a refletir o seguinte; hoje os lideres de algumas igrejas tendem a limitar as dimensões de suas Igrejas, eliminando delas os que, em seu conceito, não merecem pertencer a elas, ou não estão de acordo com seu modo de administração ou governo. Na Igreja terrestre não deveria acontecer, mas é muito frequente que haja tão pouco lugar para estar dentro dela que muitos acabam por ficar de fora. Na Jerusalém celestial há tanto espaço que ninguém precisa ser expulso, ou seja, haverá sempre lugar para todos independentes dos eitos preceitos. Porque em Jesus Cristo não há lugar para eitos, preceitos ou preconceitos, nEle somente algo brilha intensamente, e isto é, o imensurável amor perdoador.

Mas ainda a um item que se faz interessante neste relato, é a altura da muralha. Podemos notar que a muralha e desproporcional as antigas muralhas que eram construídas para defenderem as cidades. A muralha da Babilônia media trezentos pés de altura, mas a altura dos muros da Nova Jerusalém tem a medida aproximadamente do pórtico do templo construído por Salomão. E aqui mais uma vez cabe a nós entendermos simbolismo. Os muros da Nova Jerusalém não tem como objetivo defender a cidade, porque todos os seres hostis, espirituais ou humanos, já foram eliminados ou lançados no lago de fogo e enxofre. Sua única utilidade era delimitar a extensão da cidade. E por este motivo a sua altura não é de uma fortaleza mas sim de uma demarcação, e uma demarcação simbólica. Pois a Nova Jerusalém é uma cidade de inclusão, e, não de exclusão. Porque Deus, em sua cidade santa, está muito mais interessado em incluir a todos os nomes que em excluir a alguns.

E o que aprendemos com isso? Aprendemos que enquanto Cristão, devemos seguir o exemplo do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que em seu amor inclui a todos. Ele derrama sua bençãos a todos sem distinção. Ele ama o inamável e perdoa o imperdoável. Mas o triste é que na cidade que é o nosso coração só a lugar para os diletos. E mesmo assim se eles estiverem dentro dos nossos eitos, preceitos. Pois se eles deixarem de seguir un destes itens de imediato são expulsos. Então cabe a cada um de nós orarmos incessantemente pedindo que Ele nos capacite a amar o inamável e a perdoar o imperdoável, porque na cidade santa só não há lugar para quem pratica, o anticristianismo da insensibilidade de coração. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre a força motivadora de nossos feitos.

(Molivars)

Molivars
Enviado por Molivars em 11/09/2014
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