Somente a União do Amor Pode Transformar o Mundo.

Nos dias de hoje vemos o ódio tomar contar de toda a humanidade, mas este não é um mal contemporâneo este mal vem a muito acompanhando a humanidade. Já na igreja primitiva isto acontecia e vemos isto quando Paulo admoesta a igreja de Filipos: Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. (Flp 2:1-3). O perigo que ameaçava a Igreja de Filipos era o da desunião. Em certo sentido este é o perigo de toda Igreja ainda hoje em dia. E sendo um dos deveres da igreja ser luz do mundo ela deve abster-se de tais coisas.

Nos versículos três e quatro vemos o apóstolo nos apresenta as duas grandes causas de desarmonia e desunião: Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. (Flp 2:3,4).

1 – Em primeiro lugar ele fala da ambição egoísta; a palavra aqui usada é: “εριθεια eritheia”; segundo a (TDNT); No NT uma distinção requerida, um desejo de colocar-se acima, um espírito partidário e faccioso. Ou seja, aquele que busca obter benefícios e vantagens às custas de outras pessoas. Sempre existe o perigo de que as pessoas trabalhem não para o progresso coletivo, mas sim para um progresso pessoal, ou para saciar uma ambição.

2 – Logo vem o desejo de prestígio pessoal. Pode-se dizer que na verdade o prestígio é para muitos uma tentação maior ainda que a riqueza. Ser admirado, respeitado, poder sentar-se numa plataforma, ser conhecido, ter uma certa fama e até ser adulado, constitui para muitos o que mais se pode ambicionar. Mas o cristão não aponta à sua própria exibição mas sim ao seu desaparecimento. Quando realiza boas obras não o faz para que os homens lhe rendam honras, senão para que glorifiquem ao Pai que está nos céus. O cristão não deseja que os olhos dos homens se centrem nele, mas em Deus. Ou seja, a vida daquele que serve na obra de Jesus Cristo seja, qual for o seu ministério dever ser desprovido e egocentrismo.

Mas antes de Paulo mostrar os defeitos que levam a desunião em uma igreja ele nos dá o remédio nos versículos um e dois ele diz: Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. (Flp 2:1,2). E então frente ao perigo da tão malfadada desunião ele nos mostra cinco itens que servem de amalgama que mantém e sempre manterá a igreja unida, fazendo dela luz para o mundo um mundo que está permeado pelo ódio.

1 – Andar e estar em Cristo; todo aquele que se denomina cristão, deve andar e estar em cristo, e se realmente estivermos em Cristo o poder amoroso dEle nos manterá em uma unidade fraternal. Ninguém pode caminhar desunido com seu semelhante e ao mesmo tempo estar unido a Cristo. Se a pessoa tiver a Cristo como companheiro de caminhada, inevitavelmente é companheiro de todo caminhante. Ninguém pode viver a atmosfera de Cristo e viver ao mesmo tempo odiando a seus semelhantes. Conhecemos o verdadeiro Cristão quando, vemos o seu bom relacionar com tudo e todos.

2 – O praticar do amor; O poder do amor cristão nos conservará em unidade uns com os outros. O amor cristão está embasado na benevolência e na boa vontade invencível, que busca desconhecer o ódio, e não que outra coisa que não seja o bem de outros. O amor cristão não é uma mera reação do coração como o é o amor humano. Em outros estudos estudamos sobre os quatro tipos de amores: storge, amor familiar; fíleo, amor afinidade ou amizade; eros, amor entre homem e mulher, estes três tipos de amores vem de uma reação contida nas emoções da alma. Mas o quarto tipo de amor é o ágape que o amor vontade que vem de uma vitória da vontade que se leva a cabo com a ajuda de Jesus Cristo. Não significa só amar os que nos amam, os que nos agradam ou os que são dignos de ser amados. Significa uma boa vontade invencível até para com aqueles que nos odeiam. É o poder de amar os que não nos agradam; é a capacidade semelhante à de Jesus Cristo de amar o que não é amável nem digno de amor. Aqui está a verdadeira essência da vida cristã, é praticar ou não deste amor que nos levará a vida eterna ou a morte eterna.

3 – Abrir-se ao atuar do Espirito Santo; a participação do Espírito Santo em nossa vida dos Cristãos impedirá a desunião. O Espírito Santo é aquele que liga o homem com Deus e o homem com o homem. É o Espírito aquele que nos revela o que Deus deseja que façamos; é o Espírito Santo que difunde a partir de nossos corações o amor de Deus; é o Espírito Santo que nos capacita a viver uma vida de amor que é a vida de Deus. Se a pessoa viver em desunião com seus semelhantes dá prova de que seu dom não advém do Espírito Santo.

4 – A piedosa Compaixão; uma vida que observa a piedade e a compaixão é uma vida que sempre primara para ter com outrem uma estreita união. Como Aristóteles o enunciou há muito tempo, os homens não foram destinados a ser lobos vorazes, mas sim a viver juntos em comunidade. A desunião rompe a própria estrutura da vida, e leva o ser humano a perder a semelhança que tem com Deus pai o criador.

5 – Caráter de pessoal que tem como primazia a união; e por último Paulo apela para o caráter pessoal daquele que tem um ministério. E vemos isto quando ele diz: sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento. (Flp 2:2b). Ele afirma que não pode ser feliz enquanto saiba que existe desunião na Igreja que tanto ama. Paulo não ameaça os cristãos de Filipos, porque não cabe ao pastor Cristão ameaçar; pelo contrário, apela com o amor que sempre deve ser o acento do pastor assim como foi o acento do Senhor. Ou seja, Paulo a exemplo de Jesus Cristo nos constrange com o amor.

Então entendemos que em tempos de ódio e desunião no mundo, a Igreja deve primar por ensinar a todos o praticar do amor. Para que a Igreja amorosamente unida no praticar do amor seja luz transformadora de uma realidade tão perversa que se aproxima.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 02/03/2015
Código do texto: T5156145
Classificação de conteúdo: seguro