Ser Cristão não está em não fazer, mas sim em fazer mais e melhor.

Vemos aqui neste relato o que significa realmente ser Cristão, e também vemos mais uma vez Jesus nos ensinar que ser Cristão não está somente baseado no não faça, porque a pedra de esquina de todo ensinamento Cristão está baseada no faça melhor: E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? (Mar 10:17). Estudaremos este relato até o versículo vinte e dois do presente capítulo e o faremos em duas partes. A fim de que possamos entender que Jesus nos ensinou que ser Cristão, não está em não somente em não fazer nada de mal, mas sim em fazer o bem custe o que custar. E vemos Jesus nos ensinar isto também em: Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas. (Mat 7:12). Só para que possamos entender a lei aqui pronunciada segundo o (TDNT), é: “νομος nomos” que tem entre seus significados o seguinte: A ética cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, especialmente o preceito a respeito do amor.

Este é um dos relatos mais vívidos dos evangelhos e que devemos trazer guardado em nossos corações. Primeiro devemos notar como chegou este jovem e como Jesus o recebeu. O jovem veio correndo e se lançou aos pés de Jesus. Hoje nos sabemos que Jesus é o filho de Deus que morreu para nos salvar. Mas na época Jesus era para muitos um profeta indigente de Nazaré que estava a ponto de converter-se em um proscrito. Na época se fez interessante a imagem deste jovem e rico aristocrata que caía aos pés de Jesus gritando, “Bom Mestre!”. Imediatamente Jesus respondeu: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus. (Mar 10:18). como se jesus dissesse: "Nada de adulações! Não me chame bom! Reserva essa palavra para Deus Pai!" Está é uma resposta que deveria fazer parte da vida de todo aquele que exerce um ministério na igreja. Até mesmo porque a igreja não deste ou daquele a igreja é de nosso Senhor Jesus Cristo.

É evidente que está pessoa se aproximou do Jesus movido por uma emoção arrebatadora. Também é evidente que Jesus, exercia uma fascinação pessoal sobre ele. Jesus fez duas coisas que todo evangelizador, todo pregador, todo aquele que canta ou louva, todo professor todos os bispos, pastores, presbíteros, diáconos e obreiros devem recordar e copiar sempre.

1 – Jesus o faz refletir; naquele momento na qualidade de mestre diz ao rapaz: "Detenha-se e reflita! Está embargado e palpitante pela emoção. Não quero o que você se aproxime de mim em um arroubo apaixonado. Pense com calma o que faz." Jesus não o estava paralisando. Dizia-lhe, desde o começo, que calculasse o preço. Num primeiro instante pode até parecer que a intenção de Jesus foi de detê-lo em seco e jogar água fria sobre esse entusiasmo juvenil. Mas quando refletimos com intuito de entender vemos que Jesus pediu a ele e pede a nós que tenhamos uma ação concreta ao nos aproximarmos dEle. É certo que muitos de nós ao levantarmos as mãos e aceitar Jesus como nosso salvador o fazemos pela emoção. Mas também é certo que devemos seguir buscando entender e conhecer a vontade de Deus para as nossas vidas. Sempre guardando no coração que ser Cristão está em fazer a vontade de Deus e não a nossa. E como veremos a frente fazer a vontade de Deus está em cumprir o seu maior mandamento, a saber: Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. (Mat 22:37-40).

2 – Jesus apontou para onde deveria centrar a sua conversão Ele disse: "Você não pode se converter em cristão por uma paixão sentimental por mim. Mas sim o seu amor deve ser devotado a Deus." E este exemplo devemos trazer guardado em nossos corações que ministremos um louvor, uma pregação ou um ensino. Pois todo aquele que louva, todo aquele que prega e todo aquele que ensina transmite a verdade através da própria personalidade e aqui se estriba o maior perigo dos grandes mestres e ministros. O perigo consiste em que o aluno, o estudioso, o jovem ou o ouvinte, podem desenvolver um vínculo pessoal com o professor ou o pregador ou com os ministros a ponto de acreditar que se trata de um vínculo com Deus. Os ministros jamais devem ficar em primeiro plano. Sempre devem apontar para Deus, o púlpito de uma igreja deve ser Cristocêntrico e não antropocêntrico. Em todo ensino ou ministração verdadeira há tem que ter da parte daquele que ensina ou ministra uma certa medida de autoanulação. É verdade que não podemos anular por completo a personalidade e a lealdade pessoal a aquele que trabalha na obra porque o respeito e a gratidão também fazem parte do amor. Mas isso não deve ser tudo. Pois os ministros em geral em última instância, não são mais que marcos que conduzem a Deus. Somos semeadores do jardim de Deus Pai. (Continua).

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 19/03/2015
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