Jesus Momentaneamente Crucificado, Mas eternamente Vitorioso.

Esta passagem narra a morte de Jesus, e quando a estudamos vemos alguns fatos interessante e também vemos duas atitudes gloriosas de Jesus na hora da morte. Estudaremos primeiro os acontecimentos, um dos fatos interessante e que Jesus sofreu por nós um tríplice castigo pois não era de costume flagelar alguém que ia ser crucificado. O flagelo por si só era uma punição, ou seja, ou o cidadão era condenado a ser açoitado ou crucificado. As duas penas não era imposta a ninguém. Mas como podemos ver Jesus foi humilhado, flagelado e crucificado. E se isto não bastar para que entendamos quão grande é o amor de Cristo pela humanidade, estudemos mais um pouco:

1 – Já era quase meio dia, e trevas cobriram toda a terra até as três horas da tarde; (Luc 23:44). As horas que antecederam a morte de Jesus se fez escuro o dia. Foi como se o próprio Sol não suportasse olhar o que as mãos dos seres humanos tinham feito. E aqui entendemos que o mundo a nossa volta se torna gris quando Cristo Jesus não está presente em nossas vidas. Como João diz: “Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens.” (João 1:4). Cristo é a luz a alumia o mais profundo de todos os seres humanos, somente nEle há vida em sua plena expressão. E diante desta luz é impossível ficar indiferente, pois a luz revela aquilo que realmente somos e sentimos. E diante de tal revelação podemos reagir de duas maneiras diferentes. Podemos ficar envergonhados e com a vergonha vem a revolta e com a revolta muitos buscam matar a Cristo. Ou podemos reagir buscando entender e compreender quem e o que realmente somos e sentimos. E em posse de tal entendimento buscarmos mudar o que somos, tendo como balizador o amor de Cristo Jesus. E tal mudança nos levará cada vez mais próximos de Deus e da vida e vida eterna.

2 – O véu que separava o santíssimo rasgou de cima para baixo: “E o véu do santuário rasgou-se ao meio.” (Luc 23:45b). Este véu guardava o lugar santíssimo onde morava a própria presença de Deus, ao qual ninguém podia entrar salvo o sumo sacerdote, e só uma vez ao ano no Dia da Expiação. Jesus abriu o caminho que nos leva à presença de Deus, que até então ficava em secreto. Foi como se o coração de Deus, escondido até esse momento, se fizesse revelado a todos os seres humanos. A vinda de Jesus, sua vida e sua morte, rasgou o véu que ocultava a face de Deus de toda a humanidade. Jesus disse: Quem me vê, vê o Pai. (João 14:9c). Na cruz todos os seres humanos viram e ainda podem ver expressão máxima do amor de Deus, como jamais viram ou verão.

3 – O instante da morte de Jesus comoveu profundamente o centurião e a multidão que ali estava. A sua morte tinha obtido o que sua vida não tinha podido obter; tinha quebrado os duros corações dos seres humanos. Já estava sendo cumprida sua declaração: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (João 12:32). Vemos aqui a obra da cruz começando a atuar na vida dos seres humanos, pois a obra da cruz quebranta até o mais duro dos corações.

E agora veremos duas gloriosas atitudes de Jesus mesmo diante do sofrimento e da iminente morte, atitudes estas que cada Cristão enquanto seguidores de Jesus Cristo deve fazer aflora em seu caráter.

1 – Jesus morreu com uma oração em seus lábios: “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Luc 23:46). Aqui vemos Jesus mencionar uma frase do salmo trita e um versículo cinco, onde o salmista diz: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade.” Mas até aqui vemos que Jesus vai além Ele acrescenta a palavra Pai em sua oração. Segundo alguns historiadores esse versículo era a primeira oração que toda mãe judia ensinava a seu filho para que fosse a última coisa que dissesse de noite. Assim como hoje nós ensinamos os nossos filhos a orarem antes de se entregarem ao sono. A mãe judia ensinava a seu filho a dizer, antes de que chegasse o sono e sonhos viessem: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito.” E Jesus Cristo tornou ainda mais bela esta oração quando em seu começo Ele acrescenta a palavra Pai. Como é lindo ver que até na cruz e na hora doída da morte Jesus se entrega como um menino que dorme nos braços de seu pai. É triste ver que muitos de nós Cristão segue pela vida querendo impor a Deus suas vontades e desejos. Quando na realidade deveríamos ser como Jesus o foi, Ele anulou a sua vontade e fez a do Pai.

2 – E após o clamor em alta voz o evangelista diz: E, dito isto, expirou. (Luc 23:46). Três dos evangelhos nos falam a respeito deste grande grito (comp. Mateus 27:50; Marcos 15:37). Mas como já estudamos em outra feita vemos que João não menciona o clamor, mas, sim que Jesus morreu dizendo: “Está consumado!” (João 19:30). A palavra que foi traduzida para consumado no grego é: “τελεω teleo “, que quando conjugado no tempo perfeito é: “TETELESTAI”. Está palavra não é um grito de dor ou de lamento, mas sim um brado de vitória. Portanto Jesus morreu com um grito de triunfo em seus lábios. Não disse: “Está consumado!” como quem foi abatido até cair de joelhos e finalmente golpeado, como alguém que admite sua derrota. Mas, sim como um vencedor que ganhou seu último encontro com o inimigo, como quem concluiu uma tarefa tremenda. Este foi um brado de quem lutou e venceu o mundo, de quem venceu todas as tentações e fraquezas que se abatem em nós seres humanos. Um brado de quem quitou todos os pecados dos seres humanos. Consumado! É o brado de quem entrou na morte para vencê-la na ressurreição. Tetelestai e o brado de um Jesus momentaneamente crucificado, mas eternamente vitorioso.

E, é para fazermos parte desta eterna vida vitoriosa que Cristo Jesus nos chama, Ele pagou um preço caro por nós. E em troca Ele somente nos pede que pratiquemos o amor, Ele não nos prometeu uma vida fácil aqui na terra, mas nos prometeu uma vida vitoriosa na eternidade. Porque amar não é para os fracos e indecisos, amar é para aqueles que não temem a cruz. Amar é para aqueles que não temem a cusparada da injuria, a bofetada da ingratidão, a coroa da humilhação e os cravos do ódio. Amar e para aquele que é capaz de perdoar o imperdoável. E podemos ver isso quando Ele diz: Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. (Mat 16:24). E disto podemos ter a certeza de que, aquele que decidir fazer a vontade do Pai e seguir a Jesus Cristo em amor e verdade jamais estará só. Porque o Espirito Santo sempre será com ele. Até a chegada do juízo, onde iremos para vida eterna e vida eterna na presença de Deus Pai. Que a paz de Cristo Jesus seja o arbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 03/04/2015
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