CONSIDERAÇÕES ACERCA DA GRAÇA DE DEUS

A graça por si mesma se autodefine, como dom gratuito. E que em relação a Deus para com os homens, é aquilo que recebemos mesmo sem que mereçamos. Tais os frutos que a natureza nos oferta e o orvalho caindo em toda vegetação. Assim também são as bençãos que vem do Trono de Deus, cuja manifestação é uma prerrogativa Dele, dispensa sem medida sobre nós, e, cujo critério não há como deduzir e/ou imaginar em que grau e medida nos proporciona. Mas entre uma coisa e outra, há diferenças, diria que a graça é o benefício da comunhão entre Deus e o homem, algo que flui por estarmos em sintonia com o divino. Quando buscamos estar na mesma frequência com o satélite maior, Deus. Daí Ele nos proporciona a graça que é um pacote de ingredientes que se interligam e se interrelacionam. Via de regra, sermos imagem e semelhança de Deus, é o caminho, embora sejamos criaturas, mas na co-participação em Cristo, de sermos chamados Filhos de Deus, nos habilita a desfrutar da preciosidade da graça que vem até nós como águas cristalinas duma fonte inesgotável. Já as bençãos, embora para se obtê-las temos que ter a graça, ou seja um pré-requisito para melhor alcançá-las, quando estamos na presença de Deus, ela surge em nossas vidas como um estado permanente, um gozo ou alegria que vem do Espiríto Santo, portanto, mais do que um benefício, é uma dádiva. Salvo quando Deus também abençoa aquele que mesmo não sendo merecedor, mas pela sua infinita misericórdia dá àquele que pouco ou nada merece para receber, mas somente Deus pode avaliar, quer seja pela própria pessoa que haverá de reconhecê-Lo com tal, ou em virtude, de que quando abençoa um fillho Seu, um servo, outro porém usuflui de alguma maneira, mesmo não estando-Lhe servindo, nem mesmo por reconhecer que o que recebera veio de Deus. Embora da mesma forma, Ele fez o benefício da chuva, do sol, da lavoura, dos frutos, e etc...sem distinção para todos desfrutarem, não sabemos qual o propósito do nosso Criador, Ele melhor o sabe, a que fim e propósito pode ser ou serem aplicadas na vida de cada um de nós. Pois as bençãos, quando requisitadas ou não, em oração, são presentes que mesmo sem saber ou pedir, fazemos por merecer pelo agrado e a critério do nosso Deus, que de uma maneira ou de outra, nos predestina a recebê-las, sendo abençoados por justa medida. Todavia, muitas das vezes abençoa aqueles que merecendo agora, pode deixar de merecer depois, por desobediência a sua palavra, e, para resgate de alguém que encontra-se perdido e, embora não reconheça-O agora, poderá a vir ser um grande instrumento nas Suas mãos, que em tempo oportuno Lhe renderá o devido louvor e adoração, não que Ele precise disso, mas haverá de agradá-Lo de alguma forma como todo pai que presenteia seu filho e tem o devido reconhecimento, sendo tão somente agradecido. "Que a graça e as doces consolações do Espiríto Santo sejam com todos vós, amém!"

Rio, em 02 Jul 07