Estudando a parábola do semeador. (Parte 3).

Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram. (Mat 13:7). Aqui vemos Jesus dizer sobre os espinhos e isso nos remete a imagem de um jardim onde o jardineiro semeia as suas sementes em um solo que outrora fora um terreno povoado por espinhos. E ao semear, o solo pareceria estar muito limpo. É fácil fazer que um jardim pareça limpo, limitando-se a capiná-lo e a arar a terra: mas ficam as sementes dos cardos e os espinhos, estão ali prontas para germinar prontas para voltar a sair. Todo bom botânico ou bom jardineiro sabe que os espinhos crescem num ritmo e com um vigor que poucas plantas conseguem igualar. E resultado será que a boa semente e a erva daninha que estavam adormecidos cresceram juntos. Mas os espinhos são tão fortes que afogaram a vida da semente e esta virá a morrer, enquanto que eles floresceram.

E quais espinhos são estes que estamos falando? Dentro de nós existem muitos espinhos e as vezes este chegam a serem filhos diletos. E em muitas ocasiões falamos deles como se tais fossem qualidades. A nossa alma está povoada de sentimentos e desejos que são reais espinhos que afogam a palavra e os ensinamentos de Cristo. No Evangelho segundo Marcos vemos Jesus dizer: Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem. (Mar 7:21-23). Vemos também o apóstolo Paulo em sua carta aos Gálatas citar alguns destes espinhos: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam. (Gál 5:19-21). Estes são os espinhos que sufocam o amor, tornando o nosso coração duro e nos fazendo frios diante da necessidade de outrem, impedindo-nos de praticar do gracioso perdão.

Estes espinhos florescem porque o deixamos. No mundo de hoje somos levados pelos interesses e pressionados pelo mundo e pela sede de ter e as vezes pela sede de poder. Um ouvinte da palavra que tem tantos interesses na vida, estes interesses frequentemente se tornam mais importantes que o praticar do amor, e sendo assim afogam o Evangelho. O que caracteriza a vida moderna é que cada vez está mais cheia de coisas, de atrativos e cada vez mais acelerada. O ser humano está muito ocupado para ter tempo de orar. O ser humano já não tem tempo de amar e segue a vida buscando ser servido, ocupando-se com seus próprios interesses. E tais atitudes vão de encontro com o Evangelho que está firmado no servir em amor e verdade. Estamos muito ocupados em ganhar em ser reconhecido que frequentemente nos frustramos quando tais expectativas não são atendidas. Quando deveríamos servir ou fazer as coisas calcados na gratidão pelo amor que Deus nos mostrou e que Jesus nos ensinou de forma vívida e vivida.

E mais nesta correria as vezes não temos tempo para estudar a palavra Deus. Não estou aqui dizendo que deveríamos esquecer-nos das coisas da vida, até mesmo porque são as coisas da vida que nos ensinam a viver. Mas sim devemos ficar sempre alerta ao desequilíbrio que nos leva a destruição. Na maioria das vezes nos ocupamos demais com o bom que não enxergamos o melhor.

E o que aprendemos aqui?

– Aprendemos que os espinhos são os sentimentos que vão de encontro aos mandamentos de Cristo Jesus, e que a palavra de Deus e a cara semente da mais belas flores da vida.

– Aprendemos que devemos ir além de ouvir a palavra devemos praticá-la.

– Aprendemos que devemos manter limpo o solo do nosso coração, e só podemos fazer isso com a ajuda do Espírito Santo e em oração.

– Aprendemos que devemos nos manter alerta e em auto-observação, para que ao surgir do menor brotinho dos espinhos citados no texto possamos pedir que o Espírito Santo elimine-o de dentro de nós, pois fazendo assim, manteremos o solo fértil e a palavra de Deus dará frutos dentro de nós. Porque nisto consiste o que Jesus disse: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. (Mat 26:41).

Que o amor de Cristo Jesus seja o arbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 15/01/2016
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