Coração Sagrado

"Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar... Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-la conforme o direito”.

(EZ 34,15-16)

O Coração de Jesus é mesmo muito impressionante: só sabe amar. Incansavelmente, só sabe amar.

Hoje, toda a Igreja celebrou a grandiosidade do Coração Sagrado de Jesus. Em todo o mundo se falou do seu amor misericordioso e compassivo, benevolente e corajoso, humilde, manso, mas muito audacioso e perspicaz. Um coração que só pulsa por amor, que só sabe amar e que, não sabe fazer outra coisa pela humanidade sofrida além de amar, amar e amar.

Quiçá um dia nós aprendêssemos ou mesmo nos convencêssemos da grandiosidade deste Coração Sagrado e ainda que um por um instante fugaz, buscássemos imitá-lo no tratamento para com aqueles que, como nós, são tão miseráveis e pecadores, pobres e necessitados de amor, compreensão, carinho, atenção...

Imagino, lendo estas palavras, o Olhar de Jesus à Maria Madalena. Ele simplesmente a amou. Não perguntou o que ela fizera até aquele instante nem importava, simplesmente amou... Que olhar fabuloso, capaz de curar, porque a fitou de igual para igual. Ele se inclinou, diz a Palavra, e a fitou com amor. Pronto! basta! foi o suficiente para transformar aquele coração ferido que já não acreditava mais em nada nem em si mesma. Esse é o jeito de Jesus. Não há condenações, julgamentos premeditados ou preconceitos, há, nada mais do que AMOR.

Ezequiel traduz com muita profundidade do que é formado o Coração Sagrado de Jesus: Amor, Misericórdia, compaixão, perdão...

Talvez você seja uma dessas ovelhas citadas pelo profeta, ferido, perdido, extraviado, ou forte e seguro. Não importa! O que nos interessa é que o próprio Jesus, Sublime pastor com um coração cheio de amor e misericórdia, vem nos buscar, cuidar de nós, de nossas feridas, mágoas, dores... Ele mesmo vem cuidar de nós...

Não pergunta o que fizemos nem por onde andamos, mas, como pastor que ama suas ovelhas, se inclina para amar-nos, cuida das nossas feridas, nos põe em seus braços e nos reconduz, seguros, ao seu Coração Sagrado.

(Clóvis Albuquerque)