Comentário da Liturgia da Festa
do Diácono São Lourenço.
(IICor 9,6-10;Sl 111 ;Jô 12,24-26)
A primeira leitura fala da generosidade que brota do coração. O texto original diz: “Há quem seja pródigo e aumente a sua riqueza, e há quem guarde sem medida e se empobreça” (Pr 11,24).Paulo fala das dificuldades das comunidades onde uma ajudava a outra. Ele diz que é uma graça ter o necessário e partilhar com o irmão. Só faz assim quem tem amor no coração, é temente a Deus e desapegado das coisas materiais.
No Evangelho Jesus diz que pela paixão e morte chegará à glória através da comparação da semente de trigo, sepultada na terra para dar fruto. A mesma sorte caberá a seus seguidores. Portanto o servo há de acompanhar Jesus aonde quer que ele vá: à cruz e à glória. Jesus passou a vida na terra fazendo o bem. Eis aqui o nosso projeto de santidade. A bondade precisa estar dentro do coração de cada um de nós.
O diácono São Lourenço, padroeiro dos diáconos, de quem celebramos hoje a memória, é um exemplo de verdadeiro e fiel seguidor de Jesus Cristo. Foi preso pelo Imperador Valeriano que queria se aproveitar das riquezas do diácono, que fazia tantas esmolas e caridade, e das da própria Igreja. Ele administrava os bens da Igreja e distribuía entre os pobres as esmolas colhidas entre os fiéis. Lourenço traz para diante do Imperador uma multidão de pobres, coxos, viúvas e enfermos assistidos pela Igreja e lhe diz: Aqui está o tesouro da Igreja. Por isso foi levado ao martírio. Foi colocado numa grelha em brasa, como se fosse carne e morreu assado lentamente.
Diz o Salmo 111: Feliz o homem que é caridoso e prestativo. E Lourenço na sua fidelidade louvava feliz ao Senhor enquanto era morto queimado. As chamas da fogueira jamais poderiam vencer as chamas do amor, da caridade cristã que o inflamava interiormente.Ao dar a vida de coração livre naquelas cenas de atrocidades os mártires tocavam os corações endurecidos que se convertiam e se tornavam novos cristãos, novos adeptos da Igreja.
Hoje há outros tipos de martírios.Precisamos fazer cada um de nós a anosas parte contra a cultura da morte que aí está. Que o sangue de Jesus encoraje os que lutam pela vida.
“Viver é dar a vida e tem-se a vida à medida que ela é dada.”
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